Passado dois anos das últimas considerações feitas sobre a possível nova área à abrigar o "lixão" de Campo Grande, o impasse se mantém entre o poder público e a concessionária responsável pela destinação de resíduos na Capital, a Solurb.
"O processo está em licenciamento ambiental, que é público, e a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) tem todo ele para análise.
Por parte da empresa foram propostas algumas áreas e, dentro delas, o processo que corre na Secretaria é de escolha da melhor", explica o gerente da Solurb, Renato Ferreira.
Ainda não foi batido o martelo sobre qual será o novo destino do lixo campo-grandense, sendo que, ainda em 2020, a Solurb listou três possíveis áreas para instalação do novo aterro sanitário.
São elas a Fazenda Santa Paz, que fica distante 30 km do Centro da cidade - 6,3 km do núcleo habitacional mais próximo - e outras duas, que já foram descartadas.
Entre as excluídas uma fazenda às margens do Córrego Ceroula, na saída para Rochedo, e uma fazenda na Região das Três Barras, com acesso pela MS-040, 35 quilômetros a Sudoeste do Centro de Campo Grande.
Renato explica que na atual fase do processo, a empresa tende a se afastar das decisões, "E quem entra para analisar qual a melhor área e como funciona, é a parte técnica da SEMADUR", diz o gerente.
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Ele aponta que apenas com o processo de análise técnica finalizado, será possível indicar se a área realmente será o destino final do lixo.
Sobre o longo período de indecisão e qual seria a saída mais vantajosa, o gerente diz que o melhor cenário "é o que a Secretaria entender que é o melhor".
"A gente fornece várias áreas justamente por causa disso. A gente adquire, faz estudo ambiental em todas elas para dizer que temos essas opções. Caso nenhuma seja possível, a Secretaria retorna, ou caso seja possível, também já aponta qual que é o melhor entre elas para fazer o empreendimento", expõe.
Renato ainda frisa que as áreas propostas estão dentro da legislação, mas que realmente quem bate o martelo são os técnicos da Semadur.
"A gente apresenta com uma certa antecedência, para que a cidade não incorra na possibilidade de ficar sem um local para dispôr o resíduo. Mas todo mundo está empenhado, acredito que não teremos problemas", finaliza.
A Semadur foi contatada para detalhamento do atual processo de licenciamento, mas até o fechamento da matéria não foi obtida resposta.




