O reator número quatro da usina de Daiichi voltou a ser atingido por um incêndio, às 5h45 de quarta-feira (horário local, 17h45 desta terça em Brasília), segundo informações da Tokyo Electric Power Co. (Tepco). O fogo, que começou na mesma parte do reator que havia sido atingida por um incêndio mais cedo, foi controlado cerca de três horas depois, segundo a imprensa japonesa.
A Tepco informou que o novo foco de incêndio teve origem justamente devido às chamas anteriores. Ao contrário do que havia sido constatado, o fogo não foi apagado na primeira ocasião. O incêndio teria sido descoberto por um funcionário da empresa que passava pelo local e constatou que havia fumaça saindo da parte nordeste da construção.
O primeiro incêndio, descoberto no início da terça, atingiu um compartimento que faz parte do sistema de refrigeração do núcleo do reator. Aliado a uma explosão no reator dois, o incidente fez os níveis de radiação ao redor da usina subirem brevemente, chegando a 167 vezes acima da dose média anual.
A usina de Fukushima Daiichi possui seis reatores. No sábado, houve uma explosão no reator 1, seguida por uma explosão no reator 2 no domingo, e no 3, na segunda. O reator 4 sofreu com os dois incêndios, enquanto o 5 e o 6 não apresentam grandes riscos, mas estão sob observação devido ao aumento gradativo de temperatura das barras de combustível dos dispositivos.
O Japão luta para evitar um desastre nuclear em Fukushima. Foi decretada uma área de segurança de um radio de 20 quilômetros a partir da usina devido aos vazamentos de material radioativo, o que forçou a evacuação de mais de 200 mil pessoas que viviam na região. Além disso, outras 140 mil pessoas estão em um raio de 30 quilômetros do complexo. As autoridades ordenaram que elas fiquem dentro de casa para evitar exposição às partículas nocivas.