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MEIO AMBIENTE

Incêndios que já consumiram 486,4 mil hectares no Pantanal foram criminosos

Governo federal demonstra preocupação com fogo que devasta o bioma e métodos de punição para os responsáveis

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Com pelo menos quatro grandes áreas pegando fogo no Pantanal,o Secretário Extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente (MMA),  André Lima, alerta que as causas dos incêndios não são por geração espontânea, e a maioria pela prática criminosa de ateamento de fogo no bioma. Até o dia 16 de junho deste ano 486,4 mil hectares já foram devastados na região.

Em encontro na sala do Centro Integrado de Comando e Controle Estadual, para alinhar ações de combate aos incêndios no Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o secretário extraordinário do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, enfatizou a importância da realização de campanhas para que a população não coloque fogo na vegetação, em terrenos e matas.

“A maior parte destes incêndios não é espontânea, ele é acionado, e têm uma ignição provocada por humanos. Seja alguém que acendeu uma fogueira, fez um churrasco ou queimou um lixo. Estamos em alerta máximo, qualquer ignição pode gerar uma situação dramática, então agora é hora de não acender fogo”, declarou o secretário extraordinário.

Sobre a logística e investimentos do governo federal no combate as chamas no Pantanal, Lima explicou que os recursos devem vir do Ministério da Defesa, porém, o mesmo, está empenhado em outras duas frentes, enviar recursos para o povo do Rio Grande do Sul devido as enchentes, e no combate ao garimpo ilegal nas terras yanomami, na Amazônia.

“Nós tivemos uma reunião com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, que prontamente chamou uma reunião que trata da questão dos desmatamentos e queimadas. Ontem [segunda-feira] nós fizemos a primeira reunião da sala de situação, coordenada pela Casa Civil, onde nós apresentamos um conjunto de demandas e necessidades do ponto de vista de logística, de aeronave, de embarcação, de comunicação, porque o grande desafio é fazer com que os brigadistas cheguem no local, fiquem no local e possam fazer o bom combate no local”, declarou.

Questionado em coletiva de imprensa sobre a identificação dos possíveis responsáveis pelos incêndios criminosos, o secretário-executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Artur Falcette, afirmou que está sendo investigado em conjunto com o Imasul.

“Nesse momento a gente trabalha na investigação de todas essas ocorrências. A responsabilização é uma frente de atuação bastante importante do Estado nesse momento, o Corpo de Bombeiros junto com a Polícia Militar Ambiental e o Imasul atuam agora na investigação. Quando a gente conseguir fazer a responsabilização, o Estado vai proceder normalmente com a atuação do agente causador” ,informou o secretário-executivo da Semadesc.

De acordo com dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), até o dia 16 de junho deste ano já foram consumidos pelo fogo no Pantanal 486.425 hectares do bioma, valor que já representa quase o dobro do que foi devastado no mesmo período de 2020, ano em que o bioma registrou a pior queimada da história. 

Naquele ano, até o dia 16 de junho, foram consumidos 247.400 hectares, o que representa, que neste ano, o aumento é de 96,6% na área devastada. Em todo 2020 foram destruídos 3.632.675 hectares do bioma.

COMBATE

Atualmente o efetivo do Corpo de Bombeiros no Pantanal sul-mato-grossense é de 85 militares, e se espera um aumento de combatentes do fogo que se espalha na região, que deve ultrapassar de 100 bombeiros que trabalham na brigada ou nas 13 bases avançadas de combate, que ficam dentro do bioma.

Em entrevista para o Correio do Estado, o Subcomandante-Geral do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, coronel Adriano Noleto Rampazo, elencou algumas dificuldades que a corporação passa no combate aos incêndios no Pantanal. 

“Os locais que estão pegando fogo são de difícil acesso. Um dos incêndios, que passou pela Estrada Parque Pantanal, derrubou uma ponte e conseguimos proteger outras duas pontes que não cairão. Estes danos são prejuízos importantes, que impedem a nossa locomoção pela rodovia”, disse o Subcomandante.

Além da dificuldade terrestre, o coronel Rampazo também informou que os pontos no Pantanal onde pegou fogo, junto com as condições climáticas, são outros fatores que dificultam.

“Para combater o incêndio, depende do acesso e das condições do vento e do tempo. Eles [incêndios] começaram simultaneamente na beira do rio, local este de difícil acesso. E a força do vento na semana passada fez o fogo aumentar, deixando o trabalho de combate inviabilizado. Não estamos na nossa força máxima ainda, mas vamos reforçar para continuar combatendo e, assim, diminuir os prejuízos ambientais”, enfatizou.

SAIBA

Os meteorologistas já haviam alertado, no início do mês de junho, a volta de incêndios florestais neste período, devido a seca. Não há previsão de chuvas entre os próximos dias no bioma, deixando o mato propenso para queima.

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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