A população tem ampliado a fiscalização da classe política, e tem feito essa cobrança nas ruas, não somente por meio de protestos em marcha ou nas praças, mas também por meio de painéis publicitários (outdoors) e panfletagem. O protesto mais recente é contra os três senadores da bancada de Mato Grosso do Sul: Simone Tebet (PMDB), Waldemir Moka (PMDB) e Delcídio do Amaral (PT), que votaram a favor do ajuste fiscal do governo federal, que onera os empresários.
No início do ano, quem protestou também por meio de outdoors foi a Central Única dos Trabalhadores, que expôs em painéis espalhados pela cidade, os deputados federais que votaram a favor do projeto de lei que libera a terceirização.
No caso específico do protesto contra os senadores, o alvo é o voto deles favorável ao projeto de lei da Câmara (PLC) 57/2015, aprovado no Senado no dia 19 de agosto, prevê a revisão da política de desoneração da folha de pagamentos e aumenta as alíquotas incidentes sobre a receita bruta das empresas de 56 setores da economia. A aprovação do texto com as mudanças feitas pela Câmara gerou críticas dos senadores, mesmo da base do governo. Qualquer mudança que o Senado fizesse faria com que o texto, que faz parte do ajuste fiscal, voltasse à outra Casa, atrasando a entrada em vigor da proposta.
(*) A reportagem, de Tainá Jara, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.