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Investigações não descartam incêndio criminoso no Museu Nacional

Investigações não descartam incêndio criminoso no Museu Nacional

G1

07/09/2018 - 19h00
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Os investigadores da Polícia Federal não descartam a hipótese de que o incêndio que destruiu quase todo o acervo do Museu Nacional no último domingo tenha sido criminoso. De acordo com reportagem do telejornal RJTV, da TV Globo, peritos da Polícia Federal também já sabem onde o fogo começou, mas a informação não foi divulgada para não atrapalhar as investigações do caso.

Na terça-feira, reportagem de 'O  Globo' revelou que, com base em relatos de funcionários e seguranças, policiais federais acreditavam que o incêndio tenha começado no segundo andar, nos setores de exposição permanente com móveis da monarquia, arqueologia brasileira e etimologia. O local ficava acima da casa de força, espaço que era de acesso restrito, destinado a abrigar equipamentos responsáveis pela produção de energia de toda edificação. Em entrevista na segunda-feira, a vice-diretora do museu, Cristiana Serejo, já havia informado que o fogo teve origem naquela área.

Nesta sexta-feira, foi celebrada uma missa de desagravo ao museu na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, no Centro. A cerimônia cobrou mais atenção ao patrimônio histórico do país. Na ocasião, o trineto do imperador dom Pedro II e bisneto da Princesa Isabel, dom Fernando de Orleans e Bragança, de 70 anos, não poupou críticas, tanto a gestão do Museu Nacional quanto à própria família.

"Recuperar 20 milhões de peças não é algo possível. Perdemos um museu maravilhoso pela omissão absoluta. Seria melhor se houvesse uma administração compartilhada, outro tipo de gestão, e não deixar nas mãos da universidade", disse dom Fernando, saudado por defensores da volta da monarquia após a missa.

O governo federal estuda a possibilidade de retirar da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a responsabilidade pela administração do museu. Segundo interlocutores do governo, a proposta ganhou força nesta semana, após pressão das empresas que se prontificaram a financiar a restauração do prédio e recuperação do acervo.

Representantes de entidades financeiras e empresas públicas e privadas estiveram no Palácio do Planalto durante a semana participando de reuniões do comitê executivo criado pela Presidência da República para elaborar um projeto de reconstrução do museu. Nas reuniões os possíveis patrocinadores do projeto deixaram claro que estão dispostos a ser financiadores da reforma mas querem que haja novas condições de gestão.

AÇÃO

Hospital Universitário realiza reunião com indígenas de Dourados para fortalecer acesso a saúde

Com compromisso de oferecer um atendimento mais humanizado, o Comitê do HU dialogou com lideranças na casa de reza da Aldeia Bororó

22/03/2025 11h00

O encontro do HU de Dourados com os indígenas ocorreu na Oga Mitã'i Potyrory - Casa de Reza Ñandesy Tereza, reuniu profissionais de saúde, representantes da comunidade indígena e gestores do hospital integrante da Rede Ebserh.

O encontro do HU de Dourados com os indígenas ocorreu na Oga Mitã'i Potyrory - Casa de Reza Ñandesy Tereza, reuniu profissionais de saúde, representantes da comunidade indígena e gestores do hospital integrante da Rede Ebserh. Foto: Divulgação / HU-UFGD

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Com o objetivo de qualificar o atendimento à população indígena e fortalecer o diálogo intercultural, o Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD) realizou nesta semana uma reunião com indígenas da aldeia Bororó na Casa de Reza Ñandesy Tereza.

No encontro promissor que ocorreu na quinta-feira (19), a troca de saberes entre a comunidade indígena e os profissionais da saúde foram pilares para o Hospital Universitário firmar um compromisso com o atendimento mais humanizado para a saúde indígena em Dourados. 

A ação realizada pelo Comitê de Saúde Indígena (CSIN) buscou construir, de forma coletiva, o Seminário de Saúde Indígena, previsto para ser realizado no dia 8 de abril, no auditório da UFGD.

“Este seminário será um espaço formativo aberto à comunidade interna e externa, no qual o cuidado intercultural será abordado a partir da perspectiva e vivência das pessoas indígenas, protagonistas nesse processo de cuidado”, explicou Jacqueline Cristina Dos Santos Fioramonte, enfermeira e coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde com ênfase em Atenção em Saúde Indígena do HU-UFGD/Ebserh.

A coordenadora do programa também explica a importância deste encontro dentro do território indígena. “A cada dia se torna mais evidente a necessidade de aproximação do cuidado terciário com o território, pois é no território que as pessoas vivem, constroem sua saúde e compartilham o cuidado no cotidiano, dentro das casas e com suas famílias. Reconhecer esse contexto torna-se fundamental para qualificar as ações de saúde”, destacou Jacqueline.

Participaram do encontro o superintendente, Hermeto Paschoalick, o gerente de Atenção à Saúde, Tiago Amador Correia, a gerente administrativa, Danielly Vieira Capoano, membros do Comitê de Saúde Indígena, coordenação e tutora da Residência em Saúde Indígena, coordenação da residência em Saúde Mental e Atenção psicossocial, residentes psicólogos, nutricionistas e enfermeiros de Saúde Indígena do HU-UFGD/Ebserh. Representantes da comunidade indígena, incluindo lideranças religiosas, também estiveram presentes.

Ao final do encontro, os participantes receberam a benção da Ñandesy Tereza, uma das lideranças espirituais da comunidade, marcando simbolicamente a intenção de fortalecer o respeito e a integração entre os saberes tradicionais e os serviços de saúde ofertados pelo Hospital Universitário.

ASSISTÊNCIA PRECÁRIA

Desde fevereiro de 2023 reportagens do Correio do Estado já denunciavam a assistência e acesso precário da saúde nas comunidades indígenas de Dourados.

Conforme já informado pelo jornal, mesmo com repasses milionários, saúde indígena administrada pelo Hospital e Maternidade Indígena Porta da Esperança, em Dourados, está desassistida.

Durante a visita a unidade hospitalar, uma ex-funcionária do local, que preferiu não se identificar para a reportagem, informou que presenciou diversos casos de desassistência, negligência e falta de alimentos e de materiais de higiene para os pacientes indígenas internados no hospital.

A equipe do Correio do Estado que esteve presente na época no território indígena, também visitou o Posto de Saúde Indígena Jaguapiru l.

No local indagamos duas servidoras públicas que atendiam os indígenas na farmácia do posto sobre a disponibilidade no estoque de alguns medicamentos básicos como dipirona e paracetamol, em resposta, a farmacêutica nos informou que não tinha estes medicamentos no posto.

Questionamos se é recorrente a falta de medicamentos no posto, informação que nos foi passada pela comunidade indígena. As atendentes responderam que há sim falta de remédios disponíveis para os indígenas.

Foi perguntado também quais são os sintomas mais recorrentes de atendimento na unidade, de acordo com o relato, dores de cabeça, dor no corpo como na coluna por exemplo, são os mais recorrentes.

NOVE MIL MORADORES

Justiça intervém e barra eleição no maior condomínio de Campo Grande

Pleito para o cargo de síndico do Condomínio Village Parati aconteceria neste domingo (23), porém ação judicial movida por um dos moradores a suspendeu

22/03/2025 10h15

Vista aérea do Condomínio Village Parati

Vista aérea do Condomínio Village Parati Foto: Reprodução

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Conhecido por ser o maior condomínio de casas de Campo Grande, o Village Parati teve sua eleição barrada pela Justiça sob alegação de irregularidades no processo eleitoral.

Atualmente, o síndico é Edson Pigosso Junior, mandato que vai até dia 31 de março e cargo que já ocupou de 2012 a 2016. De acordo com Marcos Paulo Ozorio Oliveira, um dos moradores do condomínio e autor da ação judicial, o síndico teria cometido “erros insanáveis” no processo eleitoral, como definido, em uma reunião formada apenas pelos seis candidatos aos cargos disponíveis, que a eleição ficaria sob responsabilidade da Departamento Jurídico e Administrativo do condomínio.

Nesta mesma reunião, foi definida a data da eleição, marcada para dia 23 de março, das 9h até 15h, do qual os moradores votariam para síndico, subsíndico comercial, subsíndico residencial e conselheiro fiscal, com prazo para candidaturas de 26 de fevereiro a 05 de março, outro ponto dito por Marcos como uma fuga das regras eleitorais que constam no regimento do condomínio.

Ainda, o autor do processo diz que, como não houve deliberação em assembleia geral, tais atitudes tornam o processo eleitoral “viciado e insanável”, principalmente pelo departamento jurídico do condomínio ter como representante um advogado de confiança do síndico.

Ao Correio do Estado, Edson, que recebe um salário mensal de R$ 6,8 mil (4,5 salários mínimos), afirmou que um administrador judicial irá conduzir a eleição e, provavelmente, deve voltar ao cargo, do qual ocupará por mais dois anos, ou seja, até 2027. 

Sobre Marcos, o síndico disse que o referido nunca se candidatou ou quis se candidatar ao cargo, mas que ele seria um “laranja” para outro interessado em assumir a função, mas que não pode se candidatar por não ter certidão negativa, ou seja, documento oficial que comprova a ausência de dívidas fiscais e tributárias ou mesmo pendências processuais em nome de um cidadão, algo exigido pelo condomínio.

Em captura de tela enviada à reportagem, o suposto interessado no cargo aparece em um grupo de moradores dizendo que “nossa ação já está conclusa para despacho, agora é só ter fé e acreditar que vamos poder colocar o meu nome no pleito”. Ainda, termina afirmando que vai buscar recursos em todas as áreas e diz em “fazer a melhor gestão de todos os tempos”, se tornando referência nacional. Confira a mensagem abaixo:

Vista aérea do Condomínio Village ParatiFonte: Reprodução

“Utilizaram de um texto mau escrito de 10 anos atrás para basear um pedido e o juiz sem conhecimento do assunto da legislação condômino caiu nessa. Eu ainda não fui citado pela justiça, mas nem vou esperar ser. Decidi suspender a eleição e ser eleito numa eleição feita pela justiça”, disse Edson.

Diante dos fatos, a Justiça determinou a suspensão de edital eleitoral e determinou o reinicio do processo eleitoral com uma comissão definida em assembleia geral, seguindo a Convenção de Condomínio e o Regimento Interno Eleitoral. Ainda, a partir do próxima dia 1º, um administrador judicial será nomeado para dar sequência a eleição.

SAIBA

Hoje, o Village Parati conta com 2.256 casas (de 41 a 51 m²), sendo o maior condomínio horizontal do Brasil, além de ter 9 mil moradores, população maior do que em 23 municípios sul-mato-grossenses. A taxa do condomínio é de R$ 157,00 e, segundo o síndico, 83% pagam em dia, o que rende uma arrecadação anual de, aproximadamente, R$ 4 milhões. Cerca de 55 funcionários trabalham no local, alguns próprios e outros terceirizados.

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