Cidades

MISSÃO OFICIAL

Israel banca viagem e permanência de comitiva de MS "presa" em meio a guerra

Nova nota de Governo de Mato Grosso do Sul confirma que os três servidores estaduais permanecem em Tel Aviv, à espera de um retorno próximo ao Brasil

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Em missão oficial há 10 dias, comitiva de Mato Grosso do Sul tem viagem e permanência bancada pelo governo israelense.

Em nova nota do Governo de Mato Grosso do Sul, divulgada na manhã desta terça-feira (17), foi confirmado que os três servidores continuam em território israelense, mais especificamente em Tel Aviv, em segurança e à espera de um retorno em breve ao Brasil. Confira o comunicado:

"O governo de Mato Grosso do Sul esclarece que os três servidores estaduais  permanecem em Tel Aviv (Israel), em segurança, à espera de um retorno próximo ao Brasil. A viagem foi feita a convite do governo israelense, organizada pelo Consórcio Brasil Central, com intuito de fortalecer a cooperação internacional e promover a troca de experiências em áreas estratégicas para o desenvolvimento da região do Brasil Central. Além de audiências com autoridades locais, como o presidente israelense, Isaac Herzog, a comitiva realizou visitas técnicas voltadas às áreas de segurança pública, saúde, inovação tecnológica, agricultura e desenvolvimento social. Custos de retorno e permanência estão sendo bancados pelo país sede da visita".

Lembrando que, representando o estado, estão em Israel: Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul; Christinne Maymone, secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES); e Marcos Espíndola, responsável pelo setor de tecnologia da pasta.

Segundo apurado pelo Correio do Estado, uma dessas pessoas citadas cogitou não ir na missão e pediu conselhos para colegas, que não a encorajaram. Porém, pelo fato de ser uma viagem estrangeira “de graça”, optou por ir mesmo assim.

Via nota oficial publicada nesta segunda-feira (16), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmou que os parlamentares brasileiros que foram na missão oficial do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC) ignoraram a instrução vigente há quase dois anos. Leia: 

“A Embaixada do Brasil em Israel mantém, desde outubro de 2023, alerta consular que desaconselha toda viagem não essencial àquele país e recomenda, desde então, que os brasileiros e brasileiras que se encontravam em Israel considerassem deixar o país. Com o início dos ataques de Israel ao Irã e o consequente fechamento do espaço aéreo israelense, os dois grupos de autoridades convidadas aguardam informações e providências com relação a seu retorno ao Brasil”.

No domingo (15), o Correio do Estado apurou com integrantes do governo que há duas possibilidades para o retorno dos três secretários locais: a primeira delas é esperar em Tel Aviv até que o espaço aéreo israelense seja reaberto; a outra é deixar a zona de conflito por meio de travessia da fronteira com a Jordânia.

Nesta segunda, Crhistinne Maymone reforçou que todos estão em segurança e como está a logística para tentar voltar ao Brasil, após não conseguir ir na primeira leva de políticos brasileiros que cruzaram a fronteira com a Jordânia.

"Estamos todos bem, somos 22 pessoas desta comitiva. Estamos seguros em um hotel. Temos todo o apoio das Embaixadas de Israel e do Brasil, em especial do Ministério das Relações Exteriores de Israel", explicou Crhistinne.

"As embaixadas estão analisando as possibilidades de sairmos por terra, mas é um momento bem difícil e tenso. Nós, no Brasil, não conseguimos imaginar. Esperamos voltar em breve com segurança", acrescentou a secretária-adjunta.

Por fim, ela pede orações pelas pessoas que estão no País. "Contamos com a oração de todos vocês", conclui.

Resgate de brasileiros

Além dos sul-mato-grossenses, uma comitiva de prefeitos brasileiros viajou a Israel no dia 8 de junho, a convite do governo local, para um evento de inovação em segurança pública e precisou se abrigar em bunkers devido aos ataques israelenses contra o Irã.

Com o espaço aéreo fechado, o Itamaraty informou, no sábado (14), que conversou com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para abrir uma rota de retirada das comitivas de políticos brasileiros por terra até a fronteira com a Jordânia, assim que as condições de segurança em Israel permitirem.

Nesta segunda-feira (16), o primeiro grupo, composto por 12 pessoas, conseguiu cruzar a fronteira com a Jordânia, em segurança. Os sul-mato-grossenses ficaram de fora deste primeira leva.

Fazem parte do primeiro grupo que conseguiu deixar Israel após as operações do Aeroporto Internacional de Tel Aviv serem suspensas: 

  • Álvaro Damião, prefeito de Belo Horizonte (MG);
  • Cláudia da Silva Lira, vice-prefeita de Goiânia (GO)
  • Márcio Lobato Rodrigues, secretário de Segurança Pública de Belo Horizonte;
  • Welberth Porto de Rezende, prefeito de Macaé (RJ);
  • Johnny Maycon, prefeito de Nova Friburgo (RJ);
  • Cícero de Lucena, prefeito de João Pessoa (PB);
  • Janete Aparecida Silva Oliveira, vice-prefeita de Divinópolis (MG);
  • Flávio Guimarães Bittencourt do Valle, vereador do Rio de Janeiro;
  • Gilson Chagas e Silva Filho, secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ);
  • Francisco Vagner Gutemberg de Araújo, secretário de Planejamento de Natal (RN);
  • Davi de Matos Carreiro, chefe-executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas).
  • Nélio Aguiar, tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios (CNM).

“Graças a Deus, deu tudo certo na viagem […] e já estamos aqui, na Jordânia, fazendo os procedimentos de visto”, informou, em uma mensagem de vídeo, Nélio Aguiar, pouco após chegar à Jordânia, de ônibus. 

Também em mensagem de vídeo, o prefeito de João Pessoa, Cícero de Lucena, contou que, ao chegar à Jordânia, o grupo foi acolhido por funcionários da embaixada do Brasil. “Agora, vamos seguir para a Arábia Saudita, já que, lá, o espaço aéreo está aberto. Continuamos com bastante segurança e tranquilidade”, comentou Lucena.

Segundo o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), seis prefeitos que integravam a comitiva optaram por ficar em Israel e se juntarem a outro grupo de autoridades brasileiras que também aguarda resgate.

Segundo o senador, os seis prefeitos se juntaram ao grupo do Consórcio Brasil Central, que também está em território israelense e deve ser resgatado em breve pelas autoridades brasileiras. O grupo é formado por 22 gestores estaduais, dentre eles os sul-mato-grossenses.

"O governo avalia alternativas para o retorno dos integrantes restantes, inclusive por meio de voos comerciais, com apoio logístico e financeiro do governo de Israel", afirma o senador.

Além dos prefeitos, governadores e outras autoridades públicas, o Senado também está planejando o resgate de um grupo de 56 brasileiros que estavam em missão religiosa na Galiléia.

Conflito

A viagem das autoridades públicas brasileiras ocorre em meio à guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas.

Além de ocupar a Faixa de Gaza, Israel abriu, na semana passada, uma nova frente de guerra, bombardeando o Irã durante a madrugada da última sexta-feira (13).

Segundo Tel Aviv, os alvos dos ataques foram instalações militares e nucleares. De acordo com fontes iranianas, ao menos nove pessoas morreram e uma centena ficou ferida já neste primeiro ataque israelense. 

A retaliação iraniana não demorou e, no mesmo dia (13), mísseis balísticos atingiram Tel Aviv e Jerusalém.

*Colaborou Eduardo Miranda e Glaucea Vaccari

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transporte coletivo

Prefeita contrapõe Consórcio, apresenta recibos de pagamento e diz que greve é ilegal

Adriane disse que Município tem cumprido todas as obrigações contratuais e que já tomou medidas administrativas e judiciais para encerrar a greve

16/12/2025 16h00

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus

Prefeita apresentou comprovantes de pagamento ao Consórcio Guaicurus Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Contrapondo as declarações do Consórcio Guaicurus, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), que já havia negado estar devendo o concessionário de transporte coletivo, apresentou, nesta terça-feira (16), comprovantes de pagamentos realizados. Adriane também afirmou que a greve dos ônibus é abusiva e que, caso não haja solução em audiência nesta tarde, o problema será resolvido na Justiça.

Conforme reportagem do Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus afirma ter dívida de R$ 15,2 milhões, conta que vai de débitos com fornecedores a funcionários. Pela falta de pagamento aos funcionários, a greve foi iniciada nessa segunda-feira (15).

A prefeita disse que todos os repasses devidos ao consórcio estão em dia.

"Todas as verbas que são contratuais, que tem relação do Município com o Consórcio Guaicurus foram feitos os repassos, ou seja, a subvenção de R$ 19 milhões, pagamento de vale-transporte de R$ 16 milhões, o Governo do Estado transferiu R$ 7 milhões, ele fez um acordo de R$ 13 milhões neste ano e R$ 4 milhões ficou para o ano que vem, acordado com o consórcio, então todas as verbas que implicam o Poder Público foram transferidas", disse o secretário municipal de Governo, Ulisses Rocha.

"O que existe é o Consórcio discutindo na Justiça um reequilíbrio da tarifa, aí ele aponta que há uma distorção de x milhões de reais, que isso está sendo apurado e discutido. Ele [consórcio] quer que o município aumente o preço da tarifa técnica para ele poder receber mais valores, essa é a discussão. Então não tem cadê o dinheiro, o dinheiro foi pago. Se o dinheiro foi repassado para funcionários e tem funcionários sem receber, o que a prefeitura pode fazer diante disso?", acrescentou.

Conforme os documentos apresentados pela prefeita, neste mês foram pagos R$ 3.005.705,19 líquidos ao Consórcio Guaicurus.

Além disso, com relação às subvenções das gratuidades do vale-transporte, de janeiro a dezembro foram repassados mais de R$ 19,5 milhões ao concessionário pela prefeitura, além de mais R$ 7,3 milhões pelo Governo do Estado.

A subvenção das gratuidades são referentes aos estudantes da Rede Pública municipal e estadual, pessoas com deficiência (PCD) e idosos.

"Além das gratuidades, o Município aporta também o vale-transporte dos nossos servidores, que são adquiridos e utilizados pelos servidores do município e, rigorosamente está em dia esse repasse. As questões judiciais serão discutidas na justiça, dentro da legalidade e da realidade, tanto do Consórcio como do Município", disse a prefeita.

Adriane disse ainda que, além das gratuidades, o Consórcio Guaicurus recebe dinheiro de pessoas que utilizam o transporte coletivo e pagam por ele e questionou ainda onde o Consórcio Guaicurus estaria investindo o dinheiro.

"O dinheiro que é a responsabilidade do Município foi pago e, se o Município está rigorosamente em dia, a empresa também teria que estar rigorosamente em dia com os pagamentos dos seus funcionários", disse.

Por fim, a prefeita disse que há um processo em andamento na Justiça do Trabalho e que uma audiência a ser realizada nesta tarde pode por um fim na greve, que ela classifica como ilegal, pois houve a paralisação total dos ônibus.

Greve

A greve dos motoristas foi deflagrada nessa segunda-feira, ocasionada pelo não pagamento do salário dos funcionários do Consórcio Guaicurus, que deveria ter sido depositado no quinto dia útil do mês. Outro motivador é o anúncio das empresas do consórcio de que também não devem honrar o pagamento do 13º salário, que deve ser depositado até o dia 20 deste mês.

O Consórcio Guaicurus afirma que o não pagamento salarial se deve à dívida do poder público com a concessionária. Conforme o grupo de empresas, não teriam sido pagos valores referente ao subsídio das gratuidades e do vale-transporte dos servidores, que totalizaria R$ 13,2 milhões.

A informação, no entanto, é negada tanto pela Prefeitura de Campo Grande quanto pelo governo do Estado, que também contribui com o subsídio.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em decisão judicial, que 70% dos motoristas trabalhem durante a paralisação, por se tratar de um serviço essencial de transporte coletivo urbano.

O valor da multa diária era de R$ 20 mil, mas, após nova decisão do Desembargador Federal do Trabalho, César Palumbo, subiu para R$ 100 mil.

Ele exige que os motoristas cumpram com urgência a decisão, que tem caráter de mandado judicial.

Cidades

Vestibular UFGD: gabarito preliminar será divulgado nesta quarta-feira (17)

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

16/12/2025 15h45

Foto: Divulgação

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulga nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital. 

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

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