Cidades

ITAIPU

Itamaraty ganhará escritório em Campo Grande para discutir rota bioceânica

Anuncio foi feito pelo embaixador Otávio Brandelli

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Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Brasil, conhecido como Itamaraty, deve ganhar um local em Campo Grande, segundo revelou o conselheiro da Itaipu Binacional, Carlos Marun. 

O anúncio da criação do escritório na Capital foi feita pelo secretário-geral da pasta, embaixador Otávio Brandelli, durante reunião do Conselho de Administração da Itaipu. “Nós estávamos discutindo a rota bioceânica e a ponte bioceânica quando ele fez o anúncio”, disse Marun ao Correio do Estado.

Ministério já tem escritórios em Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), São Paulo (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Manaus (AM), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).

O escritório será para tratar assuntos pertinentes à Mato Grosso do Sul, conforme o conselheiro. [Brandelli] destacou a importância desta rota [bioceânica], destacou a importância do Mato Grosso do Sul no agronegócio e destacou o fato de ser um estado fronteiriço que faz fronteira com dois países, a Bolívia e o Paraguai”, comentou. Ainda não há data para o início das atividades do Itamaraty em Campo Grande. 

ROTA BIOCEÂNICA 

A rota terá aproximadamente 4 mil km de rodovias que atravessarão o continente sul-americano no sentido leste-oeste, a partir do Porto de Santos, cortando o Paraguai e a Argentina e chegando aos portos chilenos de Arica e Iquique. A maior parte do trabalho deverá ser realizada pelo Paraguai, que precisará asfaltar mais de 600 km de suas rodovias, que ainda estavam sem pavimentação, sendo que o trajeto terá 2.396 km entre Campo Grande (MS) e Antofagasta, no Chile.

A rota será um atalho de 7.000 km até os mercados asiáticos e deve diminuir em até duas semanas o tempo de viagem das exportações do Centro-Oeste do Brasil até a China, Japão e países do sudoeste asiático. Com a rota, parte da produção brasileira, que atualmente deixa o país pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), será exportada pelos portos chilenos a preços mais baixos. Para viabilizar a rota, Paraguai e Brasil vão construir uma ponte entre as cidades de Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta, no Paraguai, com previsão de início em 2021. Também irá ampliar a BR-267 em Mato Grosso do Sul.

CRIME AMBIENTAL

Empreiteira do novo acesso a Bonito vira alvo do MPE após poluir Rio Mimoso

Empresa foi multada em apenas R$ 50 mil

06/09/2024 12h45

Poluição formada no Rio Mimoso pode configurar desastre ambiental

Poluição formada no Rio Mimoso pode configurar desastre ambiental Foto: Montagem

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A empreiteira responsável pelas obras de pavimentação em Bonito virou alvo do Ministério Público Estadual (MPE ) nesta sexta-feira (06) por um suposto desastre ambiental na região.

Segundo a ocorrência registrada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), desde o início do ano, em abril, a empresa, conhecia por “Via Magna Infraestrutura LTA”, vem sendo notificada sobre a omissão aos possíveis danos ambientais que a mesma vem causando no Rio Mimoso. 

Conforme o processo, a empreiteira é responsável pelas obras de pavimentação que percorrem as margens da Rodovia MS-345 e, durante as obras, devido a movimentação do solo, foi culpada de lançar materiais no curso natural das águas pluviais que direcionam aos rios de Bonito.

Em defesa, a empresa chegou a apresentar a Licença de Operação e Instalação da obra. No entanto, após uma vistoria no local, o MPE autuou a empreiteira nas infrações previstas no artigo 54 da lei 9.605/98 e multada em R$50.000,00 (cinquenta mil reais)

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.


Além da poluição, o Rio Mimoso foi afetado por um assoreamento decorrente da erosão de terra causada pelas obras da empreiteira. 

Posteriormente, além das infrações cíveis e administrativas aplicadas, foi decidido que a conduta da empresa configurou crime ambiental. Atualmente, a empresa é alvo do MPE e deve ser investigada por ser responsável pelo turvamento e poluição do rio. 

 

 

Via Magna Infraestrutura 

Campeã de diversos editais públicos, a empresa Via Magna também é a atual responsável por diversas obras de implantação e pavimentação asfáltica em Mato Grosso do Sul. 

Somente na rodovia MS-345, trecho próximo ao Rio Mimoso, são cerca de 50 km sob responsabilidade da empresa, que faturou mais de matade de todo investimento direcionado a rodovia

Além disso, a empresa também é responsável pelo trecho de entroncamento da BR 119 até próximo da ponte “gangorra” parcialmente interditada

A ponte, surgiu após um investimento de R$ 340 milhões na MS-345 foi feito na pavimenta de 100 quilômetros, ligando os municípios de Anastácio e Bonito. Antes da pavimentação, a maior parte dos motoristas saía de Campo Grande e passava por Sidrolândia, Nioaque, Guia Lopes da Laguna (Jardim) e chegava a Bonito.

Com a abertura do inquérito civil,  a empresa tem 20 dias para apresentar a Promotoria de Justiça do Estado uma defesa ou esclarecimento acerca dos fatos investigados

Rio Mimoso

Rio Mimoso é um dos principais atrativos naturais de Bonito, conhecido por suas águas cristalinas e pela rica biodiversidade. Ele abriga diversas espécies de peixes, além de ser um habitat importante para aves e outros animais.

Famoso por sua beleza natural, o rio atrai milhares de turistas anualmente, que buscam contato com a natureza e praticam atividades como snorkeling e mergulho.

A poluição causada pela empreiteira pode resultar em danos à saúde humana, provocar morte dos animais e destruição significativa da flora. 

Poluição formada no Rio Mimoso pode configurar desastre ambiental Seta vermelha indica erosão e seta branca indica banca de resíduos sólidos lançados no rio

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influência

"Patrola" assina outro contrato milionário no interior de MS

O empreiteiro venceu licitação em Ladário e terá direito de faturar até R$ 3,76 milhões por ano para aluguel de máquinas pesadas e caminhões

06/09/2024 12h45

Mesmo após denúncias, empresa de André

Mesmo após denúncias, empresa de André "Patrola" mantém contratos milionários com órgãos públicos estaduais e municipais

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Depois de conseguir três contratos que juntos somam R$ 25,34 milhões com a prefeitura de Corumbá, o empreiteiro André Luiz dos Santos, o André Patrola, venceu uma licitação na vizinha Ladário que pode lhe garantir outros R$ 3.767.784,24 por ano.

O contrato em Ladário, cujo extrato foi publicado no diário oficial do Estado nesta sexta-feira (6), é para locação de máquinas pesadas e caminhões. Ele venceu uma disputa que já estava em suas mãos, pelo menos, desde 2019. 

Aquele contrato sofreu sete aditivos e por conta disso o empreiteiro recebeu pelo menos R$ 15,8 milhões desde então para locação de máquinas no município de apenas 342 quilômetros quadrados, o quarto menor do Estado. 

Esse novo contrato tem validade por 12 meses, a partir de 28 de agosto. Mas, levando em consideração o que ocorre normalmente, tende a ser prorrogado para até 60 meses, já que a legislação permite dos chamados aditamentos. 

André Patrola também presta serviço de aluguel de máquinas e caminhões para a prefeitura de Corumbá. Um contrato tornado público no dia 26 de junho informa que ele pode faturar até R$ 5,134 milhões por ano. A empresa dele também já controlava esse serviço para Corumbá, município  com 64.438 quilômetros quadrados.

Além da locação de máquinas, Patrola tem dois outros contratos com a prefeitura de Corumbá para manutenção de estradas rurais e ruas urbanas sem asfalto. Juntos, somam quase R$ 21 milhões por ano. 

Estes três contratos com a prefeitura de Corumbá foram oficializados horas antes de o então secretário de obras,  Ricardo Ametlla, ser exonerado do cargo. Dois dias antes ele fora alvo de uma operação da Polícia Federal por suposto envolvimento em esquema de corrupção.

A PF apontou que ele era o real dono de empresas que faturaram R$ 17 milhões em contratos com a prefeitura, mas colocou em nome de "laranjas". O último ato legal que fez como secretário foi oficializar a assinatura dos contratos com André Patrola. 

DENÚNCIA

O empreiteiro, que também tem contratos multimilionários com a administração estadual e outras prefeituras, ganhou notoriedade por conta da operação Cascalhos de Areia, deflagrada em 15 de junho do ano passado. 

No começo de agosto deste ano o Ministério Público Estadual concluiu a investigação e apresentou denúncia à Justiça envolvendo André Patrola e outras 11 pessoas. Conforme o MPE, eles desviaram pelo menos 45 milhões em contratos envolvendo locação de máquinas e manutenção de ruas sem asfalto em Campo Grande. 

Os investigadores se debruçaram sobre contratos que somaram mais de R$ 300 milhões em contratos assinados em 2018 e prorrogados por cinco anos ou mais. 

Conforme as denúncias que chegaram ao MPE à época, André Patrola utilizava “laranjas” para vencer licitações e recebia por serviços que jamais eram realizados.

Um destes era  Adir Paulino Fernandes, de 66 anos, um queijeiro que dizia ter faturamento mensal de R$ 2,5 mil e era proprietário legal de uma empresa que havia faturado em torno de R$ 220 milhões em contratos com a prefeitura de Campo Grande nos últimos cinco anos. 

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