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Problema crônico

Janja diz que crise hídrica é "paradoxo" a ser combatido no Pantanal de MS

Cumprindo a primeira agenda em Mato Grosso do Sul, como parte do projeto "Vozes do Bioma", nesta quarta-feira (08) que irá levar as demandas do Pantanal à COP30, Janja destacou a importância da preservação

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Durante a primeira visita a Mato Grosso do Sul, a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, afirmou, no início da noite desta quarta-feira (8), que garantir o acesso à água potável para comunidades indígenas e tradicionais no Pantanal é um “paradoxo”, diante da escassez hídrica em um dos biomas mais ricos em recursos naturais e hídricos do país.

"Água é vida, sem água eles não bebem, sem água eles ficam doentes, as nossas crianças indígenas ficam doentes. Me parece um paradoxo que a gente pense em levar água às pessoas em um bioma como esse", declarou a primeira-dama.

A agenda faz parte do projeto “Vozes do Bioma”, do qual participaram também a médica com atuação na área de igualdade racial e direitos humanos, Jurema Werneck, e a advogada e coordenadora do segmento de direitos humanos, Denise Dora, que são enviadas especiais da COP30.

Juntamente com as especialistas, Janja visitou todos os biomas brasileiros. O primeiro ocorreu em Manaus; o segundo a receber a comitiva de mulheres foi a Mata Atlântica, no Rio de Janeiro; e o terceiro aconteceu em Porto Alegre, sobre o bioma Pampa.

O penúltimo e quinto bioma foi o Pantanal, em Campo Grande, em um evento que reuniu mulheres e lideranças indígenas e quilombolas para ouvir as demandas do Pantanal sul-mato-grossense, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), encerrando no Cerrado em Brasília.

Enviadas especiais

A primeira-dama explicou o papel das enviadas especiais, que estiveram em todos os biomas ouvindo os dilemas climáticos vividos pelas comunidades, nos quais estiveram em pauta os temas Mulheres, Igualdade Racial e Periferias, Direitos Humanos e Transição Justa.

“Viemos ao bioma do Pantanal, principalmente, para ouvir as mulheres sobre a vida delas nesse bioma e como estão enfrentando as mudanças climáticas. Estamos fazendo essas escutas pelos biomas brasileiros, para levar à COP30 as vozes desses biomas e discutir esses temas em Belém”, disse Janja.
 

Destacando as mudanças climáticas na região, Janja disse ter conhecido o pantanal há três décadas e espera que bioma seja recuperado como em outros tempos.

“A gente veio aqui falar de biomas, sobre como as mudanças climáticas impactam a vida das pessoas. Pra mim, é muito difícil falar, eu, que conheci o Pantanal há 30 anos, ver hoje imagens dele sem água, passando por meses e meses de seca. Então, hoje, a gente ter que aportar recursos para levar água às pessoas me parece um paradoxo num bioma como esse”, pontuou Janja.

Para a primeira-dama, é preciso que o Pantanal passe por um processo de restauração e consiga voltar a ser “o que era há muito tempo”.

“Essa não é uma tarefa só do governo federal; é uma tarefa de todos nós, é uma tarefa global", frisou Janja.

Problema crônico

Entre as situações emblemáticas apontadas por Janja, vividas pelas comunidades - da falta de água -, em um Estado conhecido pelos recursos hídricos, a primeira-dama ressaltou que o governo Federal, por meio da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, está antecipando entregas relacionadas à COP30 para acelerar o acesso à água potável nas comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul.

Com relação à questão da água, ponto levantado entre denúncias e demandas, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou que sanar esse problema foi uma determinação do presidente Lula.

“Quitamos com os organismos internacionais logo no início do governo. Foram mais de R$ 500 milhões quitados para que a gente tivesse acesso a fundo perdido do Focem [Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul], que atende os estados de fronteira. Dos valores destinados ao Brasil, conseguimos 20 milhões de dólares para colocar no Ministério dos Povos Indígenas”, pontuou Simone.

São recursos, conforme explicou a ministra, que estão prontos para serem aprovados ainda em dezembro deste ano, o que vai permitir levar água às aldeias indígenas no estado que possui a terceira maior população indígena do país.

Água é vida. Sem água, eles não bebem; eles ficam doentes; as nossas crianças indígenas ficam doentes. Sem água, os nossos indígenas não semeiam, não plantam, não colhem para sua subsistência e, portanto, não vivem com dignidade”, destacou Simone.

A ministra destacou ainda a vulnerabilidade ambiental do estado e defendeu que as políticas públicas voltadas ao Pantanal e às populações tradicionais precisam ir além dos repasses financeiros.

“É um bioma frágil, que precisa não só de investimentos, mas de um olhar com atenção”, afirmou.

Serão atendidas as seguintes regiões com população indígena:

 

  • Campo Grande;
  • Aquidauana;
  • Terenos;
  • Dourados;
  • Ponta Porã;
  • Corumbá.

Acesso à água 

Durante o encontro, Tebet lembrou que o Ministério do Planejamento tem recebido lideranças quilombolas, como representantes da comunidade Tia Eva, em Campo Grande. Segundo ela, o governo trabalha para garantir a titulação definitiva de territórios quilombolas e levar essas propostas à COP-30.

Os investimentos anunciados beneficiarão comunidades nas regiões de Ponta Porã, Corumbá, Dourados e Campo Grande.

“A partir do ano que vem, eles vão receber esse recurso. Ele já foi aprovado e será ratificado dia 2 de dezembro, em Brasília”, afirmou Tebet.

Entre o aporte financeiro, está a aprovação de recursos no Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que corresponde a mais de R$ 96 milhões para levar água para potável para a população indígena - em que parte do montate virá para atender Mato Grosso do Sul.

Outro recurso que está aprovado e será liberado no dia 2 de dezembro é o projeto com a Itaipu Binacional, que entra com R$ 45 milhões, e o governo do Estado, com R$ 15 milhões.

“Estamos apertando Itaipu pra ver se sai até janeiro do ano que vem, que é pra água potável nas aldeias, aí é só de Mato Grosso do Sul”, concluiu.

Crise hídrica Pantanal 

A crise hídrica no Pantanal, considerada a pior em décadas, é causada por um conjunto de fatores que incluem secas severas e prolongadas, desmatamento no Cerrado (a principal fonte de água para o Pantanal), e o avanço da agropecuária.

A situação é agravada por eventos climáticos extremos como o El Niño e, em 2024, o fenômeno La Niña, que reduzem as chuvas e as áreas alagadas do bioma, resultando na seca do Rio Paraguai, na perda de biodiversidade e na insegurança hídrica e alimentar para as comunidades pantaneiras.

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operação

Funcionárias são flagradas lavando garrafas em fábrica clandestina de bebidas alcoólicas

Durante vistoria na manhã desta quinta-feira (6), o estabelecimento localizado em Terenos não comprovou a origem do álcool e foi flagrado rotulando garrafas recicladas

06/11/2025 18h00

Divulgação Polícia Civil

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Durante ação em uma fábrica clandestina, a polícia flagrou quatro funcionárias lavando garrafas de bebidas recicladas e colocando nova rotulagem no local, que fica na Estrada Colônia Nova, em Terenos. O local foi interditado.

A ação ocorreu por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), com apoio de fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Segundo informações dos fiscais do Mapa, a fábrica estava com a atividade de produção suspensa desde março de 2023, sendo proibida qualquer tipo de fabricação de bebidas no local.

No entanto, a equipe policial flagrou, além do proprietário, quatro funcionárias, e o local foi novamente interditado nesta quinta-feira (6).

Segundo informações da equipe que esteve no local, as funcionárias estavam lavando garrafas e colocando novos rótulos, como “Vodka Shirlof – 900 ml – sh – 36% vol.”.

Além disso, a fábrica apresentava vestígios de que estaria produzindo e envasando bebidas, já que foram encontrados vários rolos de rotulagem de produtos referentes às seguintes bebidas:

  • Vodka Shirlof;
  • Coquetel Alcoólico Shirlof Blueberry;
  • Gin Shirlof.

A equipe verificou que as garrafas eram lavadas apenas com detergente e estocadas sem condições adequadas de higiene, muitas delas já rotuladas.

O local não possui autorização para a fabricação de bebidas e também não conta com um técnico responsável pela produção. A origem do álcool utilizado na fabricação da bebida não foi comprovada.

Divulgação Polícia Civil

Apreensão

Durante a batida, foram apreendidas oito garrafas de bebidas prontas para consumo em cima do “forno”, uma máquina usada para embalar o fardo com seis unidades cada.

Segundo o informe da fiscalização, a produção anterior havia sido encaminhada para venda.

Por não possuir autorização e pelo descumprimento das práticas previstas em lei, assim como pela ausência de comprovação da origem do álcool utilizado, o responsável pela fábrica foi autuado em flagrante por crime contra as relações de consumo, que prevê:

  • II – vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou composição esteja em desacordo com as prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;
  • IX – vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria em condições impróprias ao consumo.

A pena prevista varia de dois a cinco anos de prisão.

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Que pena, amor

Raça Negra tem show cancelado em Campo Grande

Em nota, a assessoria da banda afirmou que houve descumprimento de cláusulas contratuais

06/11/2025 17h47

Show do Raça Negra é cancelado em Campo Grande por quebra de contrato

Show do Raça Negra é cancelado em Campo Grande por quebra de contrato Divulgação

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O show do grupo musical Raça Negra, que estava marcado para acontecer no dia 23 de novembro no Shopping Bosque dos Ipês em Campo Grande, foi cancelado nesta quinta-feira (6). 

A informação foi divulgada em nota oficial pela assessoria da banda. 

Segundo o informe, a decisão acontece devido ao descumprimento de cláusulas contratuais. 

A banda lamentou o ocorrido e reforçou o desejo de voltar a Campo Grande para reencontrar o público. 

Veja na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A banda Raça Negra, em respeito ao público e aos fãs, comunica o cancelamento do show que seria realizado no dia 23 de novembro, em Campo Grande/MS, devido ao descumprimento de cláusulas contratuais por parte da contratante. A banda lamenta o ocorrido e reafirma o desejo de retornar em breve a Campo Grande/MS para reencontrar seu público e seus fãs.

O evento teria a participação de outros artistas, como Vai Quem Quer, Juci Ibanez, Sandro Bacelar, Daran JR e Niny de Castro.

Ingressos

O valor dos ingresso eram variados: na Área VIP, a inteira custava R$ 200 e a meia-entrada, R$ 100. Lançado em outubro, ainda havia a opção VIP Solidária por R$ 105 a partir da doação de um brinquedo.

Já os bistrôs, com serviço open bar, as mesas de quatro lugares estavam no valor de R$ 1.600. Para quem escolheu o setor de mesas, também com open bar, os preços para oito lugares variavam conforme a localização. No Setor A, cada mesa custava R$ 4.600; no Setor B, R$ 4.300; e no Setor C, R$ 3.900. 

A organização responsável pelo evento, ABP Eventos e Prod. LTDA, afirmou que o cancelamento do show se deu por "quebra de contrato e desacordo comercial".

O devolvimento do valor dos ingressos a quem já comprou começará a partir do dia 14 de novembro nos próprios cartões e nas contas onde foram feitas as compras pelo PIX. 

Em caso de dúvidas, o telefone disponibilizado pela agência é o 67 99921-0099. 

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