Na manhã desta quinta-feira (27), Fábio Wilhans Rodrigues de Miranda, conhecido como “Piroca”, deixou o presídio da Gameleira I, em Campo Grande, onde estava preso desde setembro de 2024, acusado de participar de assalto conhecido como “Novo Cangaço” e roubo de malote com R$ 23 mil em Ponta Porã.
Para a imprensa, o advogado José Roberto da Rosa que recebeu o cliente na saída do presídio, afirmou que a absolvição é a prova de que a justiça tarda mas não falha. “Desde o início, estávamos insistindo que ele não tinha absolutamente nenhuma relação com o roubo ao banco", disse.
Fábio foi preso no dia 19 de setembro de 2023, em condomínio da cidade por equipes da 1ª Delegacia de Polícia e da Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), apontado como o motorista do carro que deu fuga ao assaltante. O crime ocorreu no dia 2 de setembro de 2024.
Na época, as imagens das câmeras de segurança mostraram que um veículo branco deixou um dos criminosos nas proximidades do local do assalto. O homem desembarcou, abordou uma funcionária do banco ainda dentro do carro, anunciou o assalto com arma de fogo em punho e ordenou que ela entregasse o malote com dinheiro.
Na ocasião da prisão, Fábio já tinha antecedentes criminais por suposta participação em um assalto a banco ocorrido em 2013 em Antônio João, em ação do chamado "Novo Cangaço".
Em contrapartida, o advogado informou que, neste caso, Fábio havia passado em um comércio de um amigo quando deu carona para Valdeci, apontado como autor do crime, até um supermercado, a uma quadra do local onde ocorreu o crime. "Ele deixou o rapaz no local solicitado e só depois, essa pessoa praticou o crime e fugiu de motocicleta com um comparsa", disse.
“O tempo todo o colocaram como autor do roubo, ficou preso por sete meses e agora foi absolvido. A justiça as vezes é um absurdo! Foram longos meses vivendo em condições insalubres de um presídio e agora a justiça entende que ele não teve participação no roubo”, completou o advogado.