Cidades

SEGURANÇA PÚBLICA

Latrocínio cresce quase 4 vezes em MS e preocupa autoridades

Os registros de vítimas desse tipo de crime saíram de 6 em 2023 para 22 no ano passado, um aumento que não seguiu a tendência de queda que vinha desde 2019

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As autoridades de segurança pública de Mato Grosso do Sul estão em alerta após a alta de casos de latrocínio (roubo seguido de morte) no ano passado. Em comparação com 2023, o número cresceu quase quatro vezes no Estado, saindo de 6 para 22 vítimas em 2024.

Esse aumento interrompeu uma queda que já durava seis anos: desde 2018 não se registrava um número tão grande de vítimas desse tipo de crime.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, o delito de latrocínio foi um dos dois tipos de crimes contra a vida que tiveram aumento no ano passado em Mato Grosso do Sul – o outro foi o feminicídio.

Por ser um tipo de crime considerado hediondo, a pena para quem comete latrocínio varia de 20 a 30 anos, e o condenado não tem direito a benefícios como progressão de regime e anistia.

Para Videira, um dos fatores que podem ter contribuído para essa alta seria um perfil que ele chamou de “o mais violento dos criminosos” e o desejo de eles não serem pegos.

“Muitos eram autores buscando não serem presos ou serem identificados. São sujeitos altamente perigosos e muitos de fora do Estado”, declarou o titular da Sejusp ao Correio do Estado.

O secretário também afirmou que esse aumento serviu de alerta para a Pasta, a qual busca, por meio do investimento da delegacia que investiga esses casos, uma forma de conter o ímpeto de quem comete esse tipo de crime.

“Temos tratado esses casos com muita rigidez, porque muitos das ocorrências que pareciam ser um homicídio simples você descobre que sumiu algo de dentro da casa da vítima e se tornam latrocínio, então temos que continuar investindo na Delegacia [Especializada] de Homicídios [e Proteção à Pessoa – DHPP], que é por onde esses casos entram. Estamos focando nisso para que os autores não fiquem impunes”, disse Videira.

Em maio do ano passado, uma portaria publicada com mudanças na delegação de investigações de homicídios sem autor conhecido, como no caso das execuções, colocaram essas ocorrências sob a guarda da DHPP.

Para isso, naquela mesma época, o quadro de funcionários da delegacia especializada foi ampliado, recebendo mais oito investigadores do Grupo de Operações e Investigações (GOI).

O investimento na delegacia, segundo Videira, é um outro fator que contribuiu para a identificação do tipo de crime e dos autores.

“Praticamente todos os autores foram identificados. O investimento que fizemos foi focando muito nisso, porque se esse sujeito comete um roubo seguido de morte uma vez, ele pode fazer outras vezes”, analisou o secretário.

A reincidência pode ser observada em pelos menos um dos latrocínios registrados no ano passado. Em junho de 2024, o taxista Devanir da Silva Santos, de 35 anos, foi morto em Ribas do Rio Pardo por um trio armado que teria obrigada a vítima a fazer saques em sua conta bancária.

Nesse caso, conforme os investigadores, os três envolvidos eram de fora de Mato Grosso do Sul, sendo dois vindos da Bahia e o terceiro, do estado de São Paulo. Um deles – o que teria executado a vítima – já teria passagem por um outro crime de latrocínio, dessa vez ocorrido no Paraná.

CONFRONTO

O titular da Sejusp ainda revelou que muitos dos autores envolvidos nesses casos de roubo seguido de morte também foram mortos em confronto com a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

“Alguns desses autores morreram em embates com a polícia. Por ser um tipo de crime cujos acusados ficam mais tempo presos, muitos deles não querem ir para a prisão ou voltar para lá, como foi o caso de um fazendeiro que foi morto em Corumbá, tinha dois ex-detentos como seus funcionários e que ambos o mataram para roubar alguns pertences”, ressaltou Videira.

O exemplo citado pelo secretário ocorreu em fevereiro do ano passado. João Luiz Martins Cavalheiro, de 75 anos, foi morto a facada por dois de seus funcionários, os quais roubaram uma caminhonete Chevrolet S10 LTZ e outros pertences. Nesse caso, a dupla foi presa.

Porém, o mesmo não ocorreu em setembro do ano passado, quando Weslei Galvani, de 38 anos, foi morto em um confronto com o Batalhão da Polícia Militar de Choque. 

O homem era suspeito de ter roubado e matado um policial militar em 2014.

Segundo dados reportados em matéria do Correio do Estado, no ano passado, 86 pessoas foram mortas por policiais no Estado, uma redução de 55% em relação ao quantitativo de 2023, quando 131 pessoas perderam a vida em supostos confrontos com policiais.

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CÃO POLICIAL

Morre Lion, cão do Batalhão de Choque que auxiliou na apreensão de drogas

Animal faleceu de velhice e vinha enfrentando problemas de visão e audição

08/01/2025 08h47

Lion, pastor alemão do BPMChoque

Lion, pastor alemão do BPMChoque DIVULGAÇÃO/BPMChoque

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Lion, cão farejador da raça Pastor Alemão, pertencente ao Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPMChoque), morreu aos 14 anos de idade, nesta terça-feira (7), em Campo Grande.

Ele faleceu de velhice e vinha enfrentando problemas de visão e audição. Dos 14 anos de vida, 7 se dedicou à “carreira policial”, auxiliando em inúmeras missões e apreensão de drogas.

Ao se aposentar, se tornou o companheiro inseparável do Cabo PM Paulo, seu tutor e binômio por 6 anos.

Ao Correio do Estado, Paulo enalteceu a imagem do cão como ferramente extremamente útil na atividade policial.

“Ele contribuiu como exemplo do quão útil é a ferramenta do cão na atividade policial, tanto no uso do faro aguçado, na detecção de drogas, no impacto psicológico diante de uma abordagem com a presença do cão e a parte cinoterápica, que é a questão dos eventos sociais, a imagem do animal para as crianças, que aproxima a polícia da sociedade. O cão serve para aproximar e mostrar que a polícia é um parceiro das crianças e da população de bem”, disse o militar

O Batalhão de Choque homenageou o animal em suas redes sociais.

“Por 7 anos, Lion foi mais que um cão farejador, foi o parceiro inseparável do policial militar do Batalhão de Choque, Cabo PM Paulo, seu binômio em missões que marcaram a história da nossa unidade. Juntos, enfrentaram desafios e cumpriram com excelência o dever de servir e proteger. Após sua aposentadoria, ele passou 6 anos ao lado de quem mais confiava, recebendo o cuidado e o carinho do cabo Paulo, que sempre esteve ao seu lado, em serviço e na vida. Hoje, nos despedimos de Lion, um guerreiro que deixou um legado de lealdade, coragem e parceria. Sua ausência será sentida, mas sua memória viverá em cada missão e em cada história compartilhada. Obrigado, Lion!”

Lion deixa o legado de companheirismo e honra em razão das inúmeras miussões que participou para servir e proteger a sociedade sul-mato-grossense.

Confira algumas fotos de Lion:

CÃO FAREJADOR

Cães farejadores são treinados para detectar substâncias específicas usando seu olfato altamente desenvolvido.

Seu faro é capaz de detectar drogas, substâncias ilícitas, explosivos, armas e pessoas desaparecidas. 

Tipos de cães farejadores

1. Pastor Alemão: Inteligente e confiável, frequentemente usado em operações de busca e resgate
2. Labrador Retriever: Excelente faro e temperamento amigável, comum em detecção de drogas e explosivos
3. Belga Malinois: Altamente especializado em detecção de substâncias perigosas
4. Cocker Spaniel: Útil em detecção de explosivos e drogas

Cidades

Salário não cai na conta e servidores municipais ficam frustrados

O prazo dado pela Prefeitura de Campo Grande para o pagamento dos servidores, conforme informações repassadas à ACP, será nesta quinta-feira (08)

07/01/2025 18h45

Prefeitura de Campo Grande

Prefeitura de Campo Grande Divulgação

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Os servidores municipais que aguardavam receber nesta terça-feira (7) acabaram demonstrando insatisfação ao encontrar com a conta zerada. O salário de janeiro é referente ao mês trabalhado de dezembro.

Contudo, até o momento, o dinheiro não "pingou" nas contas dos servidores, que se depararam surpresos com a situação. Conforme apurado pela reportagem do Correio do Estado, servidores que não quiseram se identificar ficaram indignados com o cenário, e denunciam outros problemas de remuneração com a Prefeitura de Campo Grande

"Ninguém recebeu [o salário]. O que ela fez foi adoçar a boca dos apoiadores durante a campanha, pagando quase que concomitantemente com o estado", disse um servidor que não recebeu. Outros relataram à reportagem que além do salário de janeiro, o décimo terceiro também não chegou na conta.

Além disso, conforme apurado, os professores convocados não conseguem sequer consultar o holerite no portal do servidor.

Em nota, o secretário jurídico do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACPMS) Leonel Alves do Bonfim, informou que o problema aconteceu em razão da não consideração do sábado como dia útil pelo município.

"Para a prefeitura, servidor público por ser regime estatutário, o sábado não é considerado dia útil. Então amanhã (8) será o quinto dia útil e confirmaram que amanhã estará na conta dos servidores", disse.

Com relação ao pagamento do décimo terceiro salário dos professores convocados o secretário jurídico da ACP explicou que é proporcional e o pagamento será efetuado em caráter indenizatório. 

"O acerto do décimo terceiro é o proporcional de férias dos convocados será em caráter indenizatório, pois os contratos encerraram dia 21. Nos informaram que será pago junto com os dias de dezembro. Quanto ao sistema, geralmente os holerites ficam disponíveis assim que fazem o pagamento", relatou.

A reportagem do Correio do Estado entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para entender a situação e saber se há um prazo para a regularização dos depósitos. Contudo, não tivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

O presidente da ACP, o professor Gilvano Bronzoni, contou que entrou em contato com a Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin) e foi informado de que um problema no sistema ocasionou o não pagamento do salário dos professores.

“O vencimento de dezembro e as férias cobramos hoje da Sefin e nos disseram que amanhã estará na conta. Disseram que houve problemas técnicos. Não é bom esse atraso.”

O prazo dado pela Prefeitura de Campo Grande para o pagamento dos servidores, conforme informações repassadas à ACP, será amanhã (08), no quinto dia útil do mês.

Anúncio dos secretários 

A prefeita Adriane Lopes anunciou os primeiros nomes das secretarias, como bem acompanhou o Correio do Estado, sem nenhuma novidade com "caras conhecidas". Entre os nomeados está Márcia Helena Hokama, que segue à frente da Secretaria de Fazenda (Sefaz).

Diante da insatisfação dos servidores, a reportagem solicitou contato com a titular da pasta, mas, até o fechamento do material, não obteve resposta.

O anúncio dos primeiros titulares foi feito na última sexta-feira (03), com nomes conhecidos, como:

  • Andréa Alves Ferreira Rocha - Secretaria de Administração e Inovação (Semadi);
  • Ademar Silva Junior - Secretaria de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico (Semades);
  • Leandro Basmage - Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec).

Outros nomes foram divulgados na segunda-feira (06) e ao estilo “time que não se mexe”, todos os nomes já faziam parte da gestão anterior.
 

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