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Lei do Feminicídio completa 10 anos com impunidade como desafio

Brasil registra cerca de mil assassinatos de mulheres por ano

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A Lei do Feminicídio completou dez anos de vigência neste domingo (09). Sancionada em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff, a norma inseriu no Código Penal o crime de homicídio contra mulheres no contexto de violência doméstica e de discriminação. 

Em outubro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.994/24 e ampliou a pena para quem comete o crime. A punição, que variava entre 12 a 30 anos de prisão, passou para mínimo de 20 e máximo de 40 anos.

De acordo com números do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), o Brasil registra cerca de 1 mil assassinatos de mulheres por ano.

O banco de dados é mantido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a partir de informações enviadas pelos estados à pasta. Até outubro de 2024, foram registrados no país 1.128 mortes por feminicídio no país.

No Judiciário, também foi registrado um volume alarmante de processos envolvendo feminicídios. No ano passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) registrou 8,3 mil processos sobre o assassinato de mulheres. Em 2023, existiam 7,4 mil processos.

As movimentações processuais relacionadas a medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha também foram alvo de análise pelo CNJ. Houve 827,9 mil procedimentos desse tipo em 2024.

De acordo com o CNJ, surgiram no Judiciário brasileiro, no mesmo período, 959,2 mil novos casos de violência doméstica. O número é equivalente a 2,6 novas ações diárias.

Para ampliar o monitoramento da atuação do Judiciário no combate à violência contra a mulher, o Conselho vai lançar na terça-feira (11) um novo painel eletrônico sobre os processos envolvendo violência doméstica.

Com a nova plataforma será possível verificar a atuação individual das varas especializadas em violência doméstica e das unidades judiciárias com competência exclusiva para atuar nesse tipo de processo.

Dia da Mulher

Neste sábado (08), Dia Internacional da Mulher, diversos atos pelo país pediram o reconhecimento do direito das mulheres. Entre as pautas reivindicadas, o combate efetivo ao feminicídio.

Feminicídio zero

Na semana passada, durante o Carnaval, o Ministério das Mulheres lançou a campanha Feminicídio Zero na Sapucaí. A campanha contou também com o apoio dos ministérios da Igualdade Racial e da Saúde.

Feminicídio Zero é uma mobilização nacional permanente do Ministério das Mulheres, que conta com diferentes frentes de atuação com comunicação ampla e popular, implementação de políticas públicas e engajamento de influenciadores.

Pequim+30

Na semana passada, a Organização das Nações Unidas Mulheres (ONU Mulheres) publicou um relatório que relata retrocessos nos direitos das mulheres. O documento mostra o balanço da jornada de 159 dos 189 países signatários da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim.

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Governo alerta para sites falsos de inscrição para CNU 2025

Inscrições para novo concurso ainda não estão abertas

19/03/2025 20h00

Governo alerta para sites falsos de inscrição para CNU 2025

Governo alerta para sites falsos de inscrição para CNU 2025 JOEL RODRIGUES/AGÊNCIA BRASÍLIA

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) alertou, nesta quarta-feira (19), que sites falsos – criados por golpistas – estão sendo divulgados na internet como canais de inscrição para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), prevista para agosto de 2025. Porém, as inscrições ainda não estão abertas.Governo alerta para sites falsos de inscrição para CNU 2025Governo alerta para sites falsos de inscrição para CNU 2025

Os endereços que simulam a inscrição são enganosos e oferecem risco de roubo de dados pessoais, além de pagamentos indevidos por inscrições que não existem.

O Ministério da Gestão afirmou que está tomando medidas para derrubar os sites falsos, com o apoio do Centro Integrado de Segurança Cibernética do Governo Digital (Cisc GOV.BR).

Esta é a segunda vez que a pasta avisa sobre a tentativa de golpe envolvendo o maior certame já realizado no país. O alerta está fixado na rede social do ministério.

Futuro concurso

Em fevereiro, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, já havia confirmado a realização de novo concurso unificado. No entanto, o futuro edital deve ser publicado nas próximas semanas.

edital é o documento oficial que serve para divulgar e regulamentar um processo seletivo para o preenchimento de vagas em órgãos públicos. Sem ele, não é possível haver inscrição para qualquer certame.

Sites falsos têm oferecido inscrições para o concurso, mesmo antes da publicação do edital oficial.

Proteção

De acordo com o ministério, as informações sobre nova edição do CNU serão divulgadas oportunamente, no site oficial do concurso.

Portanto, as pessoas interessadas em participar da disputa devem aguardar a publicação do edital e sempre verificar a autenticidade das informações.

Os cidadãos devem confiar apenas em informações divulgadas pelo MGI nos canais oficiais (site e redes sociais).

“A segurança começa com a informação correta!”, afirmou o ministério.

Como denunciar

O governo federal tem a Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação, o Fala.BR,  para encaminhamento de denúncias sobre tentativa de golpes. O informante deve clicar no ícone de denúncia e preencher online os dados.

serviço virtual está disponível 24 horas, todos os dias da semana e pode ser acessado com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha do portal Gov.br.

Penas

prática de fraudes eletrônicas está sujeita a pena de reclusão (de 4 a 8 anos) e multa, se a fraude é cometida com o uso de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos, envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio de tentar enganar as pessoas com informações falsas.

A pena pode ser aumentada em um terço se é cometido contra idoso ou vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso.

Enem dos Concursos

A primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado, realizado em 2024, teve 2,1 milhões de inscrições confirmadas. Deste total, quase 1 milhão de candidatos compareceram em 18 de agosto, aos dois turnos de provas, aplicadas em 228 cidades de todas as unidades da federação.

Os candidatos disputaram 6.640 vagas do concurso, de 21 órgãos e entidades. O certame ainda tem cerca de 13,2 mil aprovados em banco de candidatos em lista de espera.

A nova edição do concurso, sem data de realização, ainda não tem confirmação dos órgãos que desejam participar.

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Tribunal de Justiça aprova migração para o sistema eProc para dar mais agilidade aos processos

Migração do eSaj, atual sistema, para o eProc, que usa inteligência artificial, já havia sido antecipada pelo Correio do Estado

19/03/2025 18h52

Desembargadores aprovaram a proposta de resolução que substitui o sistema SAJ pelo sistema eProc

Desembargadores aprovaram a proposta de resolução que substitui o sistema SAJ pelo sistema eProc Foto: Divulgação / TJMS

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Os desembargadores do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovaram, nesta quarta-feira (19), por unanimidade, a proposta de resolução que substitui o sistema SAJ pelo sistema eProc como ferramenta eletrônica para a gestão de processos judiciais.

A mudança já havia sido antecipada ao Correio do Estado pelo presidente do TJMS, desembargador Dorival Renato Pavan, em entrevista publicada no último sábado (15).

O magistrado destacou que o novo sistema promete mais agilidade e o fim do que ele chama de “tempo morto” na tramitação de um processo, tornando o trabalho dos magistrados e dos advogados mais eficiente.

"Ele é gratuito e tem acoplado nele a inteligência artificial [IA]. Ele aprende com o próprio andamento do sistema [machine learning] e vai eliminar o que chamamos de 'tempo morto' do processo. Porque o juiz dá o despacho inicial na ação: 'Cite-se, para contestar, querendo, em 15 dias'. Ou seja, um despacho inicial de uma ação comum. O sistema vai fazer com que esta citação seja feita. Feita a citação, imediatamente ele aguarda o tempo da resposta do réu. Tudo isso eletronicamente. Se vier a resposta do réu, ela não volta para o juiz, já vai para o autor contrariar, impugnar a contestação", explicou.

Dessa forma, conforme acrescentou o desembargador, o processo só volta para o juiz quando estiver pronto para sentenciar, ou para promover o julgamento antecipado da lide, ou para deferir provas, ou para realizar uma audiência de instrução e julgamento.

Na apresentação desta quarta, Pavan ressaltou que há a necessidade de se fazer a migração do sistema SAJ, atualmente utilizado em Mato Grosso do Sul, para o sistema eProc, que vem sendo utilizado e aplicado por alguns tribunais do país com um resultado muito positivo, em especial na questão da fluência dos processos.

“É um avanço significativo para o Poder Judiciário do Estado. Esse sistema realmente é um avanço que vem resolver muitos problemas da jurisdição do Brasil”, disse.

A mudança também contempla a troca do atual Sistema de Controle de Documentos e Processos Administrativos (SCDPA) pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

Segundo o TJMS, a ferramenta chamou a atenção da administração do Tribunal pelo desempenho superior que vem apresentando. 

O sistema

O eProc foi desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), já estando em uso também nos tribunais estaduais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins, além do TJM-RS, TJM-MG, TRF2 e TRF6.

O sistema está em processo de implantação nos tribunais de justiça do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Acre.

O eProc é uma ferramenta que possibilita o aumento da produtividade, melhora o controle de prazos, acelera o julgamento de processos e viabiliza a otimização e reestruturação do trabalho.

Trata-se de um sistema online, disponível 24 horas por dia, a partir de qualquer local com acesso à internet.

Dentre as características do funcionamento do sistema eproc, o tribunal destaca a agilidade e eficiência, automação de tarefas repetitivas e integração com outros órgãos, como STF, STJ, Ministério Público, Defensoria Pública e procuradorias públicas. Além disso, permite o acesso pelo celular.

Entre as vantagens, há a possibilidade de automatizar tudo o que não seja decisório, com o intuito de otimizar o “tempo morto” do processo, como ressaltou o presidente do TJMS.

O eProc é um sistema colaborativo, com atualizações de versões em nível nacional, embora seja possível que cada tribunal desenvolva ajustes específicos dentro de suas realidades.

Outro ponto destacado durante a apresentação é que a implementação do novo sistema deve buscar sempre a simplicidade.

Os Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) e do Tocantins (TJTO) serão os tribunais padrinhos da implantação do eproc no Judiciário sul-mato-grossense, fornecendo suporte e orientação para a adoção do sistema.

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