Cidades

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Logística reversa: a alma da política de resíduos sólidos

Logística reversa: a alma da política de resíduos sólidos

BRUNA LUCIANER

22/02/2011 - 08h11
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Reduzir a produção de resíduos; reutilizar e reciclar o que for possível; recuperar e tratar adequadamente o que não for passível de reaproveitamento e, só então, encaminhar o que sobrar para um aterro – devidamente preparado para tal fim. Eis o mundo perfeito no tocante ao gerenciamento de resíduos sólidos. Perfeito e distante, bem distante da realidade nacional.

Pelo menos agora, depois de 20 anos de discussões, a Política Nacional de Resíduos Sólidos está regulamentada e, em breve, deverá reestruturar a cadeia produtiva nacional, introduzindo conceitos de produção eficiente, responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e logística reversa dos resíduos.

“Logística reversa” não é um termo bonito só no nome; o ato de assumir a responsabilidade pela destinação final de um produto é tão óbvio e deveria ser tão comum que, o fato de só ser instituída agora denuncia o quanto o Brasil ainda precisa avançar em respeito aos recursos naturais e, consequentemente, ao próprio consumidor. “A logística reversa é a alma da Política Nacional de Resíduos Sólidos; ela corresponde a praticamente 80% da regulamentação e é, sem dúvida, a parte mais importante e mais complicada de toda a Política”, esclarece o engenheiro e professor Paulo Roberto Leite, fundador e presidente do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB).

A regulamentação da PNRS e o crescente apelo do conceito de sustentabilidade junto à mídia têm inspirado empresários e industriais de todo o país em relação à logística reversa. Já é possível perceber as empresas se organizando de alguma forma, aplicando diferentes modelos, seja por iniciativa voluntária ou já pensando no cumprimento da nova legislação.

Como explica o professor Paulo, trata-se de um caminho sem volta: as empresas têm que começar a se adaptar. O primeiro passo é a elaboração dos planos setoriais com as ações a serem tomadas e os compromissos assumidos. Em breve um comitê gerenciado pelo Ministério do Meio Ambiente começará a receber e analisar esses planos, estabelecendo diretrizes para futuras fiscalizações. Se as empresas não entregarem os planos no prazo estipulado, o próprio governo fará o documento, estabelecendo inclusive taxas e penalizações que considerar convenientes.

Atacado ou varejo?

Quem deve assumir o compromisso pelo recolhimento e destinação final dos produtos? De acordo com o professor Paulo, ambos. “Atacado e varejo devem conversar e apresentar um plano de compartilhamento de responsabilidades. As ações de coleta, armazenamento e reprocessamento deverão ser segregadas”, explica.

Na prática, isso significa que você, consumidor, não precisará considerar sua geladeira estragada um verdadeiro “elefante branco” no momento do descarte. As indústrias e revendedoras tratarão de recebê-la, reaproveitar tudo o que puder ser reaproveitado e descartar adequadamente o que não tiver mais utilidade, de maneira que não agrida o meio ambiente.

OPERAÇÃO RENORCRIM

Polícia Civil prende suspeito de contrabando na região na fronteira

Conforme informações da Polícia, o suspeito foi preso diversas vezes por contrabando, e a Justiça, considerando as sequências de flagrantes, converteu sua prisão em preventiva para garantir a ordem pública

26/11/2024 18h30

Policiais do Dracco em operações

Policiais do Dracco em operações Imagens/ Polícia Civil de MS

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Homem de 40 anos é preso nesta terça-feira (26), em Ponta Porã, a 312 quilômetros de Campo Grande, pelos agentes do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), suspeito de praticar crimes de contrabando na região de fronteira com o Paraguai.

De acordo com as investigações, o homem preso, que tinha sua identidade preservada, foi flagrado no dia 5 de setembro, transportando uma grande quantidade de cigarros contrabandeados de forma clandestina no país. Na ocasião, ele foi preso por contrabando, mas recebeu liberdade provisória.

Ainda de acordo com as investigações, o homem foi novamente flagrado no dia 2 de outubro por policiais rodoviários federais, transportando agrotóxicos, e foi preso em flagrante. Durante as oitivas, sua prisão foi novamente condicionada à liberdade.

Durante o processo de documentação, a Justiça de Mato Grosso do Sul constatou que a infração foi presa diversas vezes pelos crimes de contrabando e revogou sua condicional, convertendo-a em prisão preventiva devido à isenção das medidas cautelares diversas da prisão impostas, a fim de garantir a ordem pública.

Neste momento, ele se encontra à disposição da Justiça e segue preso, cumprindo pena em regime fechado.

 

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Mudança climáticas

Estado realiza 2° Fórum de Mudanças Climáticas nesta quarta (27)

Evento irá estudar e promover políticas públicas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas

26/11/2024 18h15

Riedel durante 1° Fórum Estadual de Mudanças Climáticas

Riedel durante 1° Fórum Estadual de Mudanças Climáticas Saul Schramm / Divulgação

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Mato Grosso do Sul sediará o II Fórum de Mudanças Climáticas nesta quarta-feira (27) e quinta-feira (28), no auditório do Sebrae em Campo Grande. O evento reunirá especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil para discutir estratégias de mitigação e adaptação às alterações climáticas.

A abertura do fórum contará com a presença do governador Eduardo Riedel e secretários estaduais. Na sequência, serão empossados os membros do fórum, incluindo o conselho deliberativo, secretaria executiva, plenária e comitê técnico-científico.

O evento tem como metas estudar e promover políticas públicas para mitigação e adaptação às mudanças climáticas, contribuir para atingir o Estado Carbono Neutro até 2030, e debater medidas para redução das emissões de gases do efeito estufa.

A estrutura do fórum inclui uma plenária com 60 membros, distribuídos entre poder público, sociedade civil organizada e academia/instituições de pesquisa. As instituições e entidades que indicarão representantes para a plenária estão listadas no regimento interno do fórum, publicado no Diário Oficial do Estado em 1º de outubro de 2024 (a partir da página 52).

Programação

O primeiro dia terá uma mesa redonda sobre transição energética e mercado de carbono em Mato Grosso do Sul. Dois painéis temáticos estão programados para a tarde: um sobre mercado de carbono e a nova NDC brasileira, e outro sobre soluções para territórios complexos.

No segundo dia, as câmaras técnicas se reunirão para discutir temas como Serra da Bodoquena, Pantanal, impactos climáticos e adaptações urbanas, e recursos hídricos. O objetivo é propor medidas práticas para combater e mitigar os efeitos das mudanças climáticas no estado.

A participação no evento é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo site do Fórum. Serão emitidos certificados aos participantes.

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