Cidades

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

Maioria dos internados com Covid-19 estão na Capital

De 277 pessoas hospitalizadas, 203 estão em Campo Grande

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Campo Grande concentra a maioria das internações por Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus) em Mato Grosso do Sul. Dos 277 pacientes em tratamento no Estado, 203 estão da Capital.

“Estivemos verificando que a grande maioria dos pacientes de Campo Grande são mesmo de Campo Grande. Então, não há uma demanda grande do interior para a Capital”, disse o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, durante a transmissão ao vivo do Governo do Estado na rede social Facebook.

A Capital atende 33 municípios da região. Desde o início do mês, o governo vem criando leitos em cidades do interior para desafogar os hospitais dos municípios-sede de macrorregião.

“Estamos ativando seis leitos em Jardim no Hospital Marechal Rondon. E estamos trabalhando para que até sexta-feira para criar leitos na região de Naviraí”, declarou Resende.

DADOS GERAIS

Hoje, Mato Grosso do Sul chegou a 13.934 casos. Entre ontem e hoje, mais 473 casos foram confirmados.  

Desses novos casos, 196 foram registrados em Campo Grande, 43 em São Gabriel do Oeste, 35 em Dourados e 30 em Itaquiraí.

Bataguassu confirmou mais 18 casos, enquanto Iguatemi confirmou 16, Corumbá confirmou 14, Sidrolândia confirmou 12 e Caarapó mais dez.

Naviraí e Três Lagoas registraram mais nove casos cada. Chapadão do Sul  e Fátima do Sul confirmaram novos oito casos.  

Bela Vista e Ivinhema registraram sete casos cada. Aparecida do Taboado confirmou mais seis, enquanto Nova Andradina tem novos cinco casos.

Costa Rica e Rio Verde de Mato Grosso registraram novos quatro casos cada. Jardim e Tacuru confirmaram três casos cada.

Água Clara, Antônio João, Coxim, Terenos, Aquidauana, Bandeirantes e Paranaíba registraram novos dois casos cada.

E Anastácio, Angélica, Bonito, Amambai, Douradina, Glória de Dourados, Vicentina, Ladário, Porto Murtinho, Nioaque, Nova Alvorada do Sul e Cassilândia confirmaram um caso cada.

Mais 189 pessoas se recuperaram da Covid-19, totalizando 9.191. 277 pacientes estão internados, sendo 145 em leitos clínicos e 140 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Portanto, em 24 horas, uma pessoa recebeu alta no Estado.  

Há ainda oito pacientes de outros estados sendo tratados em Mato Grosso do Sul, mas não contabilizados oficialmente pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Dessas 145 pessoas em leitos clínicos, 83 estão em leitos públicos. Outras 61 estão em hospitais privados, e um paulista ocupa vaga em unidade particular.

Entre os 140 internados em UTI, 78 ocupam leitos públicos e 61 pessoas estão em hospitais privados, e um paranaense está internado em uma unidade particular.  

Com isso, a taxa de ocupação de leitos clínicos públicos é de 22% e dos de UTI é de 48%. Não há crianças internadas com Covid-19.

Atualmente, o Estado tem 737 leitos clínicos para adultos e 119 para crianças, além de 225 em UTIs adultas e sete para crianças disponíveis para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Considerando o total geral de leitos e internações por outras doenças, a macrorregião de Campo Grande está com 70% dos leitos ocupados. São 227 unidades, sendo 44% com pessoas com outras doenças, 22% contaminados pelo vírus e 4% com suspeita.

A macrorregião de Corumbá está com 68% da capacidade ocupada. Dos 22 leitos, 45% tem pacientes em tratamento contra outras doenças e 23% foram diagnosticados com Covid-19.

A região de Dourados tem 111 leitos e 55% estão ocupados. E a macrorregião de Três Lagoas tem 49% de leitos ocupados, de um total de 35.

MORTES

Nas últimas 24 horas, foram registradas dez mortes causadas pelo novo coronavírus. É importante ressaltar que esses óbitos ocorreram até mesmo na semana passada, mas só agora foram contabilizadas.

Na sexta-feira (10), um idoso de 86 anos faleceu em Ivinhema. Ele era portador de doença cardiovascular crônica e hipertensão.

Já no sábado (11), uma idosa de 64 anos morreu em Campo Grande. Ela também tinha doença cardiovascular crônica.

No domingo (12), outras duas mortes foram registradas na Capital. A primeira foi de um idoso de 65 anos, portador de doença hepática crônica e diabetes. E a segunda foi um idoso de 75 anos, que tinha doença cardiovascular crônica e diabetes.

Ontem, segunda-feira (13), ocorreram seis mortes. A primeira foi de uma jovem de 26 anos, que era renal crônica e moradora de Anastácio.

Uma idosa de 71 anos faleceu em Três Lagoas e não tinha comorbidades. Em Corumbá, morreu uma idosa de 72 anos, que era diabética e hipertensa.

Os outros três óbitos são de Campo Grande. Um idoso de 83 anos e outra de 60 anos eram portadores de doença cardiovascular crônica. Outra morte foi de um idoso de 67 anos, que era diabético.

O Estado já tem 177 mortes pela doença. Foram 46 óbitos em Dourados (sendo 1 que morreu em Tocantins), 43 em Campo Grande e 14 em Corumbá.

Há ainda 8 mortes em Três Lagoas, 5 em Ponta Porã, 4 em Itaporã, 3 em Itaquiraí, 3 em Fátima do Sul, 3 em Guia Lopes da Laguna, 3 em Batayporã, 3 em Paranaíba, 3 em Sidrolândia, 3 em Rio Brilhante, 3 em Naviraí.

Vicentina tem duas mortes, sendo uma ocorrida no estado de São Paulo. Brasilândia, Amambai, Nova Andradina, Douradina, Costa Rica, Cassilândia, Anastácio e Coxim também tem dois óbitos cada.

E Iguatemi, Glória de Dourados, Deodápolis, Sonora, Alcinópolis, Laguna Carapã, São Gabriel do Oeste, Maracaju, Corguinho, Mundo Novo, Camapuã, Aparecida do Taboado, Jardim e Ivinhema registraram uma morte cada.

Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (28) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Grande parte do estado terá chuva

28/11/2024 04h30

Tempo nublado em Campo Grande

Tempo nublado em Campo Grande Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta segunda-feira (25), a previsão indica tempo com sol e, ao longo da tarde/noite de quinta e durante o próximo final de semana, espera-se aumento de nebulosidade e chuvas de intensidade fraca a moderada.

Pontualmente, podem ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento. Essa situação meteorológica ocorre devido ao intenso transporte de calor e umidade, aliado ao deslocamento de cavados. Além disso, a atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o Paraguai e a aproximação de uma frente fria favorece a formação de instabilidades no estado de Mato Grosso do Sul.

Os ventos atuam do quadrante norte (norte/noroeste) com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 26°C e máxima de 36°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 26°C e 36°C. 
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 28°C e a máxima de 39°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 24°C e máxima de 36°C. Há previsão de chuva.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 24°C e 37°C. Pode chover.
  • Anaurilândia terá mínima de 25°C e máxima de 37°C. Irá chover.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 25°C e máxima de 37°C. Chove.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 25°C e 34°C. Pode chover.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 25°C e máxima de 35°C. H´previsão de chuva.

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Antigo Twitter

Juiz de MS livra empresa de Elon Musk de pagar R$ 190 milhões

Pedido da Adecon-MS para indenizar consumidores pela eliminação da verificação em duas etapas no X não foi aceito por magistrado de Campo Grande

28/11/2024 04h25

Elon Musk comprou o Twitter e mudou de nome para X

Elon Musk comprou o Twitter e mudou de nome para X Arquivo

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O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira, rejeitou o pedido da Associação de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Adecon-MS) que pleiteava uma indenização de R$ 190 milhões do X, antigo Twitter, rede social do bilionário Elon Musk.

A sentença, assinada na terça-feira, veio oito meses após o ajuizamento da ação, que ocorreu em março. O magistrado discordou da Adecon-MS e também do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), entendendo que o fim da autenticação em duas etapas para a verificação do usuário ao conectar na plataforma não deixou os usuários do X desamparados no que se refere à segurança.

Quando Elon Musk adquiriu o Twitter, a autenticação em duas etapas, oferecida gratuitamente na maioria das redes sociais, passou a ser paga. O serviço foi incluído no pacote Twitter Blue, disponível mediante assinatura.

O juiz Marcelo Ivo de Oliveira destacou a existência de métodos alternativos de autenticação.

“Mesmo o requerido [X] tendo passado a cobrar por um serviço, não colocou a segurança dos usuários em risco, uma vez que a rede social ainda permite que os usuários ativem a autenticação de dois fatores [2FA] por outros métodos, tais como aplicativos de autenticação, como Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, Duo Mobile e 1Password, os quais são seguros, gratuitos e simples de serem utilizados”, afirmou o magistrado.

Ainda cabe recurso da decisão do juiz de Campo Grande. Quando o X apresentou sua defesa, em abril, a rede social de Elon Musk ainda não havia fechado seu escritório no Brasil. Em maio, para não cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o X Brasil fechou suas operações no País. Posteriormente, por conta da desobediência à ordem judicial, a plataforma foi retirada do ar no Brasil nos meses de setembro e outubro, até que a decisão fosse cumprida.

Entenda o caso

A Adecon-MS ajuizou a ação civil pública no dia 22 de março. Na ocasião, a associação alegou que a demanda surgiu com a implantação do serviço Twitter Blue (ou X Blue) no Brasil e o fim da verificação em duas etapas oferecida de forma gratuita.

O serviço começou a ser oferecido em 20 de março de 2023, com assinatura mensal de R$ 60. A Adecon-MS e o MPMS entendem que, ao restringir a autenticação em duas etapas apenas para assinantes do Twitter Blue, a rede social viola o direito do consumidor, deixando os usuários não pagantes mais vulneráveis a clonagens e a ataques de hackers.

“O que causa maior revolta na nova política de segurança da requerida é que a citada autenticação sempre foi disponibilizada para todos os usuários do Twitter e agora, apenas quem tiver condições de pagar o plano Blue é que terá a manutenção de sua segurança na plataforma requerida”, argumentou a Adecon-MS na ação.

A associação também afirmou que os custos com a segurança do usuário deveriam ser arcados pela empresa de Elon Musk, e não transferidos ao consumidor.

“A segurança dos consumidores durante o uso da plataforma da requerida [X] é parte típica e essencial do negócio, risco da própria atividade empresarial que visa o lucro e integrante do investimento necessário que deve ser aportado pela requerida”, defendeu a entidade.

A Adecon-MS estimou o valor da indenização por danos morais coletivos em R$ 10 por usuário do X no Brasil. Segundo um relatório divulgado pela empresa no ano passado, a plataforma tem aproximadamente 19 milhões de usuários no País, justificando o pedido de R$ 190 milhões em indenização.

Por se tratar de uma ação civil pública, a associação praticamente não corre risco de arcar com honorários sucumbenciais em caso de derrota, o que contribui para a justificativa do pedido de alto valor.

Em parecer, o MPMS divergiu da defesa do X Brasil, afirmando que a causa envolve direitos difusos e coletivos, por conta da indivisibilidade do interesse e da proteção de consumidores futuros e virtuais.

O promotor de Justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida destacou que, antes da introdução do Twitter Blue, a autenticação de dois fatores era gratuita e incentivada pela empresa, tornando a cobrança por esse serviço uma violação dos direitos do consumidor.

“O dano moral coletivo não precisa ser irrefutavelmente comprovado, pois a lesão decorre imediatamente dos eventos lesivos”, argumentou o promotor, que considerou o pedido de R$ 190 milhões “irrazoável” e sugeriu que a indenização fosse fixada em R$ 10 milhões.

O MPMS também recomendou que, em caso de condenação, a indenização fosse destinada ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos dos Consumidores, e não ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, conforme solicitado pela Adecon-MS. Nenhuma das solicitações foi atendida, e o magistrado rejeitou o pedido. Agora, cabe recurso à segunda instância.
 

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