Cidades

ALTA PROCURA

Mais de mil crianças aguardam vaga em escola cívico-militar

No primeiro dia de aula, pais e alunos aprovaram escola com participação de militares na disciplina

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Começaram ontem (2) as aulas na Escola Estadual Cívico-Militar Alberto Elpídio Ferreira Dias (Prof. Tito), no Jardim Anache, em Campo Grande. A Secretaria de Estado de Educação (SED) de Mato Grosso do Sul precisou aumentar o número de vagas, que foi alta. Mais de mil pessoas tentaram se matricular.

“Tínhamos 360 vagas disponíveis.  Porém, a procura foi tanta que aumentamos para 415”, afirmou a coordenadora do Núcleo de Escolas Cívico-Militares da SED, Eliana Verneque Soares. O diretor da escola, Rudinei Siqueira, também ressalta a grande procura dos pais. “A designação dos alunos foi feita pela central de matrícula. A maioria vem da região, e para alguns bairros próximos”, destacou.

Segundo Eliana, o pré-requisito para escolher onde essas escolas se instalarão são bairros de alta vulnerabilidade social e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) baixo. “O objetivo da escola é a excelência da gestão em educar. Os oficiais também tomaram conta do lado de fora, do entorno da escola, para evitarem brigas, violência e bullying”, explicou.

O diretor comemora a participação ativa e animação dos pais. “Realizamos uma reunião de pais antes das aulas começarem, e recebemos mais de 600 pessoas aqui. Os pais estão presentes, o aproveitamento foi de 90%”. Ele reforça que a família presente está muito além de acompanhar o filho nas aulas. “A família tem que estar presente em todos os momentos. Em casa, na hora do lazer, até os momentos mais importantes e sérios”.

Coordenador militar, o coronel Francisco Carlos da Silva Rojas explica que a escolha dos pais veio por expectativa de um ensino forte e disciplina. “Os pais estão preocupados com a educação em geral no Brasil. Apresentamos uma proposta de qualidade, e eles acreditam que com a metodologia cívica militar, isso acontecerá”, disse.

A proposta da corporação da escola é que o aluno aprenda e tenha condições de ser um aluno protagonista. “O aluno tem que participar efetivamente das aulas, criar hábitos de estudo, realizar as tarefas que serão passadas para realizar em casa. Vamos apresentar uma nova visão de mundo e com certeza conseguiremos mudar o olhar de nossas crianças”, afirmou o coronel.

Rojas afirma que o problema do ensino atual no país, é que muitas vezes, o professor não tem condições de trabalhar, e que ali será diferente. “Vamos acolher e receber esse aluno independente de origem social e econômica dele. Vamos tratar todos como alguém capaz. Aqui não tem filho de médico, filho de gente pobre ou de gente rica”.

Os alunos também mostram muita expectativa por essa nova realidade. A aluna do 6º ano, Isadora Haustein, de 10 anos, contou ao Correio do Estado que a escolha de vir para essa escola foi dela, e que toda família a apoiou. “É uma escola diferente, com mais educação. Eu nunca vi essa disciplina em outros lugares. Estou bem ansiosa, minha sala está lotada”, contou.

ROTINA E NOVIDADE

Os professores, coordenadores e oficiais passaram por uma formação para que os alunos sejam atendidos de forma digna. O horário das aulas é das 6h40 até às 16h30, e antes dos alunos irem para a sala de aula, eles deverão cantar o Hino Nacional Brasileiro. Com três refeições e um total de nove aulas por dia, os oficiais não entrarão em sala de aula e atuarão como monitores.

Apenas neste primeiro dia de aula os oficiais do Corpo de Bombeiros Militar passaram nas salas dando orientações que valem para todo o ano letivo aos alunos. A nova disciplina, Educação e Cidadania, será lecionada por um militar, e terá como foco o entendimento de respeito, valores, projeto de vida, protagonismo e ordem; enquanto como todas as outras matérias seguem com educadores. Os bombeiros atuarão como instrutores, trazendo a parte do civismo, hasteamento da bandeira e importância da uniformização (farda).

PROGRAMA

Além desta unidade no Jardim Anache, a SED também implantou o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), do Ministério da Educação (MEC), na Escola Estadual Marçal de Souza Tupã-Y. Lá, a Polícia Militar dará apoio aos professores. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nomeou três policiais militares e dez bombeiros para atuar nas duas escolas, e a maioria veio da reserva.  

Por decisão da comunidade, a unidade continuará a funcionar em esquemas de turnos, como as outras escolas da Rede Estadual de Ensino (REE). A procura por vagas na escola foi tanta que todas foram preenchidas na primeira semana do processo de pré-matrícula. Na semana passada, professores das duas escolas passaram por formação continuada. Essa capacitação foi parte do planejamento de ações para o início das aulas.

Para o coronel da PM Carlos Hudmax Evangelista Ortiz, que vai atuar na escola do Jardim Los Angeles, o programa já é motivo de orgulho. “Está sendo um grande desafio, MS tem pioneirismo como marca e com o programa não será diferente, estamos nos dedicando para que as escolas cívico-militares alcancem o sucesso e se transformem em modelo para outros estados”, afirmou.

Anunciado em setembro de 2019, o Pecim deve implementar as mudanças em 216 colégios até 2023, começando com 54 neste ano. Em Corumbá, a rede municipal inscreveu uma escola.

Modernização

Polícia Civil de MS usará WhatsApp para intimações

O uso da tecnologia tem como objetivo agilizar as investigações e reduzir os custos com deslocamentos. A mensagem será padronizada e incluirá o brasão da Polícia Civil de MS.

22/11/2024 14h30

Foto ilustração de um boletim de ocorrência

Foto ilustração de um boletim de ocorrência Fotos: PCPR/ Divulgação

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Com o objetivo de reduzir custos com deslocamentos e agilizar investigações, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul passará a enviar notificações via WhatsApp. A medida, que promete mudar a forma de abordagem da instituição, foi publicada nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial do Estado.

De acordo com o texto, a mensagem de notificação deverá conter endereços eletrônicos e números de telefone celular que comprovem o funcionamento do aplicativo.

Para garantir maior credibilidade às notificações, as delegacias deverão informar o número oficial utilizado e adotar uma foto padronizada da unidade policial, contendo o brasão oficial da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

As mensagens enviadas deverão incluir no texto o nome, cargo e matrícula do policial responsável, além do número do Boletim de Ocorrência, a unidade policial, o teor da comunicação e, em caso de necessidade de comparecimento, o endereço, data e horário.

O site oficial da Polícia Civil manterá uma lista das delegacias do estado e seus números de telefone para comunicação via WhatsApp, além de alertar que a PCMS não solicita dados pessoais, bancários ou sigilosos por meio de correio eletrônico, redes sociais ou aplicativos de mensagens.

O cumprimento do ato realizado por WhatsApp será documentado por meio de certidão, que detalhará a data e o meio utilizado para informar o destinatário sobre o teor da intimação.

A norma que entrará em vigor segue o que foi estabelecido no termo de cooperação mútua assinado em 2022 entre o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) e a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública).

A intimação pelo WhatsApp será considerada realizada no momento em que o aplicativo indicar que a mensagem foi lida, ou quando, por qualquer outro meio idôneo, for possível confirmar que a parte tomou ciência da notificação.

Caso o intimado, após ser cientificado do ato, deixe de comparecer à Delegacia de Polícia sem justificativa, será realizada uma nova tentativa de intimação.

 

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AGRO

Ladrões vendiam gado roubado em leilão e acabam presos

126 cabeças de gado furtadas e remarcadas foram avaliadas em aproximadamente R$ 400.000

22/11/2024 13h30

Lote foi apreendido e devolvido à vítima

Lote foi apreendido e devolvido à vítima Foto: Divulgação

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A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Abigeato (DELEAGRO), recuperou nesta sexta-feira (22), um lote de 19 vacas e 8 bezerros proveniente de furto. O gado, que havia sido roubado de uma pequena propriedade rural, foi vendido ilegalmente em um leilão clandestino em Campo Grande, no dia 13 de novembro. 

Segundo a DELEAGRO, os animais foram encontrados no local do leilão ainda com as marcas antigas da vítima, junto das marcar recentes da propriedade que enviou o gado. Após a identificação dos gados, o lote foi apreendido e devolvido à vítima. 

Ainda em investigações sobre furto dos animais, a polícia civil, junto da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), apreenderam outras 92 cabeças de gado remarcadas de forma irregular em uma propriedade em Rio Verde de Mato Grosso. Além destes, a fazenda também possuia 7 animais sem qalquer identificação da propriedade, marcas, ou divisas

Em interrogação ao único funcionário da propriedade presente no local, ele confessou ter remarcado os animais encontrados, sob justificativa de tentar encobrir algumas cabeças de gado que havia "perdido" e não queria que seu patrão descobrisse. 

De acordo com a DELEAGRO, ao todo, as 126 cabeças de gado devolvidas às vítimas estão avaliadas em aproximadamente R$400.000,00.  A Polícia Civil deve continuar as investigações em busca de mais envolvidos ou beneficiários dos leilões. 

Confira: 

 

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