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"Mais louco do Brasil" apela à Justiça para desbloquer casa

Prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro, classificou reportagem do Correio do Estado como "mídia nojenta e fake news", mas admite que sua casa foi bloqueada em operação contra o tráfico

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Alvo de investigação da Polícia Federal por suposta falsidade na declaração de seu patrimônio à Justiça Eleitoral, o prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro, rompeu o silêncio nesta quinta-feira (3) e garantiu que já recorreu à Justiça para tentar desbloquear sua casa, que foi apreendida durante uma operação da PF para desmantelar uma quadrilha de traficantes. 

Embora classifique reportagem do Correio do Estado publicada nesta quarta-feira (2) como "mídia nojenta e fake news", ele confirma no vídeo (veja a íntegra no final da reportagem) que a casa onde mora com a família foi comprada de Luiz Carlos Honório, preso por narcotráfico, e que até hoje não foi devidamente registrada no cartório, embora tenha a escritura. 

E, por conta disso o imóvel onde ele mora com a família foi apreendido por decisão da Justiça Federal durante operação no último dia 8 de agosto, quando outros sete imóveis também foram apreendidos pela PF em Ivinhema e Angélica, conforme informou a PF no dia 8 de agosto.

Além disso, naquele dia também foram bloqueados em torno de R$ 27 milhões das contas bancárias dos envolvidos. Em seu vídeo no Instagram, onde tem 767 mil seguidores, faz questão de dizer que não está sendo investigado por suposto envolvimento por narcotráfico, mas apenas porque não declarou à Justiça eleitoral a posse de duas caminhonetes. 

Uma delas, uma Silverado de R$ 519 mil, ele também comprou de Luiz Carlos Honório. Conforme seu depoimento na PF e de acordo com declarações no vídeo, o veículo não está em seu nome e por isso não poderia ter declarado. 

O veículo foi comprado no começo de 2024 e o cheque de R$ 380 mil que ele diz ter dado para Luiz Carlos, seria descontado somente em janeiro de 2025. Esta caminhonete, disse o prefeito à PF, foi comprada após ter sido oferecida por um garagista conhecido como Piramboia.

Este comerciante, que tinha uma garagem de veículos de luxo no pequeno povoado de Ipezal, foi apontado pela PF como chefe de uma quadrilha do narcotráfico e conseguiu escapar da operação do dia 8 de agosto, quando duas pessoas foram presas por envolvimento com um carregamento de 3,4 toneladas de maconha apreendido em junho de 2021. 

Em seu vídeo, o prefeito informa que comprou a casa em fevereiro de 2021, antes portando da descoberta deste carregamento. Porém, somente agora, mais de três anos depois, é que a PF chegou as reais proprietários daquela maconha. 

SEM TEMPO

Juliano Ferro, que se autodenomina como o “mais louco do Brasil”, diz que ainda não havia concluído a transferência de sua casa por falta de tempo e por conta da correria do dia-a-dia. Porém, no dia 9 de agosto, um dia após a operação da PF, a mulher dele foi ao cartório para tentar fazer o registro, conforme descobriu a PF. 

O prefeito diz pagou a casa dando um outro imóvel e uma série de carros. Nenhum deles foi registrado tanto pelo vendedor quanto pelo comprador. Ele alega que a vida toda atuou na compra e venda de veículos e por isso não há registro dos carros que usou como pagamento de sua residência. 

Um segundo veículo pelo qual o prefeito digital influencer está sendo investigado é uma Dodge Ram, avaliada em R$ 300 mil. Ela também não estava em seu nome e por isso também não foi declarada à Justiça Eleitoral. 

Nesta declaração, porém, aparecem uma F-1000, um Uno e um Gol como sendo seus veículos, embora ostentasse, segundo a PF, a posse de duas caminhonetes de luxo. Estes três veículos, admitiu em seu depoimento à PF, já foram vendidos há muito tempo. 

Na publicação no Instagram prometeu processar todos os veículos de imprensa que tenham informado o bloqueio de sua casa, apesar de confirmar a apreensão e de já ter acionado seu advogado para tentar liberar o imóvel. 

VERSÃO

Oficialmente o prefeito é investigado por suposto crime eleitoral. Porem, oito dias antes da operação que prendeu Luiz Carlos Honório, agentes da PF foram flagrados pelo próprio fazendo registros fotográficos na prefeitura. 

Além disso, no dia 13 de agosto, durante o depoimento de Luiz Carlos, a Polícia Federal já fez pelo menos duas dezenas de perguntas sobre os negócios que o depoente tinha com o prefeito e sobre a relação que o prefeito tinha com Piramboia, o suposto chefe da quadrilha que estava no centro das investigações sobre o narcotráfico.

Naquela altura a PF nem mesmo cogitava abertura de inquérito sobre suposto crime eleitoral, que somente foi instaurado no dia 26 de agosto, quase duas semanas depois do interrogatório de Luiz Carlos. O prefeito prestou depoimento à PF no dia 3 de setembro.

A reportagem do Correio do Estado tentou falar com o prefeito na terça-feira (01) e na quarta-feira (02), mas ele não atendeu ao celular e também ignorou as mensagens enviadas pelo WhatsApp. 


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Cidades

Helena é o nome mais registrado pelos pais em Mato Grosso do Sul em 2025

Cecília e Miguel aparecem na sequência entre as preferências das famílias sul-mato-grossenses

22/12/2025 19h20

Ao todo, 565 Helenas foram registradas no Estado

Ao todo, 565 Helenas foram registradas no Estado Crédito: Freepik

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O nome Helena foi o mais escolhido pelos pais em Mato Grosso do Sul no ano de 2025, de acordo com a pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais de MS (Arpen-MS). Ao todo, 565 meninas foram registradas com este nome no Estado, garantindo a liderança no ranking dos nomes mais registrados nos Cartórios de Registro Civil sul-mato-grossenses.

Na segunda posição aparece o nome Cecília, com 447 registros, seguido de Miguel, na terceira colocação, com 392, evidenciando a forte preferência por nomes clássicos, curtos e de fácil pronúncia entre as famílias do estado. O ranking também revela equilíbrio entre nomes tradicionais e tendências contemporâneas, com destaque para escolhas femininas consistentes.

Além de Helena, Cecília e Miguel, figuram entre os nomes mais registrados em MS: Maitê (361), Ravi (346), Aurora (337), Gael (328), Heitor (318), Arthur (308) e Alice (280). O ranking estadual também destaca a presença de nomes femininos como Antonella, Heloísa, Laura, Olívia e Valentina, além de nomes masculinos tradicionais como Samuel, Davi, Theo, Bernardo e Noah.

“Quando os pais escolhem um nome, eles carregam expectativas, histórias e sentimentos. O ranking revela que, em Mato Grosso do Sul, há uma preferência clara por nomes que atravessam gerações, mostrando como tradição e afeto continuam presentes nas decisões das famílias.”, disse o presidente da Arpen/MS, Marcus Roza.

Na Capital, a perspectiva é semelhante, com os nomes Helena, Cecíla e Miguel entre os mais escolhidos. Há apenas duas diferenças em relação ao top 10: teve mais Heitor (132) do que Aurora (123); e Gael (97) não figura entre os mais registrados, dando lugar a Arthur, com 119 registros.

Nomes mais registrados em MS

1º Helena – 565
2º Cecília – 447
3º Miguel – 392
4º Maitê – 361
5º Ravi – 346
6º Aurora – 337
7º Gael – 328
8º Heitor – 318
9º Arthur – 308
10º Alice – 280

Nomes mais registrados em Campo Grande

1º Helena – 225
2º Cecília – 189
3º Miguel – 160
4º Maitê – 141
5º Ravi – 140
6º Heitor – 132
7º Aurora – 123
8º Arthur – 119
9º Alice – 114
10º Samuel – 109

Nomes masculinos mais registrados em MS

1º Miguel – 392
2º Ravi – 346
3º Gael – 328
4º Heitor – 318
5º Arthur – 308
6º Samuel – 266
7º Davi – 250
8º Theo – 236
9º Bernardo – 230
10º Noah – 229

Nomes femininos mais registrados em MS

1º Helena – 565
2º Cecília – 447
3º Maitê – 361
4º Aurora – 337
5º Alice – 280
6º Antonella – 276
7º Maria Cecília – 248
8º Heloísa – 193
9º Laura – 183
10º Maria Helena – 179

Arpen-MS

O levantamento integra a base do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil, entidade que congrega os Cartórios de Registro Civil do país e reúne informações sobre nascimentos, casamentos e óbitos registrados em todo o território nacional. A plataforma permite consultas por nomes simples ou compostos, com recortes por estados e municípios, oferecendo um panorama detalhado das tendências regionais.

"Gancho"

Detran-MS suspendeu quase 20 mil habilitações em 2025

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH

22/12/2025 18h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Detran suspendeu quase 20 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025. As penalidades foram aplicadas a motoristas que ultrapassaram o limite de pontos ou cometeram infrações que resultam em suspensão imediata do direito de dirigir.

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH, quando o motorista atinge 40, 30 ou 20 pontos em um período de 12 meses, conforme a quantidade de infrações gravíssimas, outros 5.565 motoristas perderam o direito de dirigir por suspensão direta, aplicada em casos como conduzir o veículo em velocidade superior a 50% do limite permitido, entre outras infrações previstas em lei.

Todos os 19.565 motoristas foram afastados temporariamente das vias e obrigados a realizar o Curso de Reciclagem, exigido para recuperar a habilitação.

Infrações 

Até 16 de dezembro de 2025, o estado registrou 976.157 infrações de trânsito. O excesso de velocidade respondeu por 44,06% das autuações, somando casos de até 20%, de 20% a 50% e acima de 50% do limite permitido.

Outras infrações mais recorrentes em 2025 foram avançar sinal vermelho ou parada obrigatória, não usar cinto de segurança e uso de celular ao volante. Mais de 4.500 motoristas também foram penalizados por recusar o teste do bafômetro.

Cassação

Ao longo dos últimos 12 meses, 2.735 condutores tiveram a CNH cassada por reincidência, principalmente por continuarem dirigindo mesmo após a suspensão. A cassação impede o motorista de dirigir por um período mais longo e exige novo processo de habilitação.

O número de recursos administrativos apresentados de forma digital também aumentou. Em 2025, foram registrados 3.862 recursos online, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, foram 1.032 recursos digitais; em 2023, 1.247; e em 2024, 3.227.

Saiba*

Os serviços podem ser acessados pelo Portal de Serviços, aplicativo Meu Detran MS e atendimento via WhatsApp.

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