Dyonathan Celestrino, de 24 anos, conhecido como Maníaco da Cruz, ameaçou com um garfo um agente penitenciário no Instituto Penal de Campo Grande, na segunda-feira. Em setembro do ano passado, ele já havia atacada um agente com um cabo de vassoura.
Assessoria de imprensa da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) informou que o episódio foi classificado como ato de indisciplina e que o rapaz passará por nova avaliação psicológica nesta semana, mas que seu comportamento tem se mantido normal.
No presídio, maníaco da cruz faz faculdade a distância de gestão ambiental há mais de um ano e curso de obreiro de uma igreja evangélica desde o dia 8 de junho, com previsão de término para o início de setembro.
Na segunda-feira, Dyonathan tomava banho de sol na quadra de esporte e, quando agente abriu o portão de acesso ao pavilhão para recolhe-lo de volta a cela, ele se aproveitou do tumulto de internos que voltavam dos setores de escola e padaria para se esconder na cantina da unidade, onde não tem permissão para entrar.
Depois de várias ordens para que saísse do local, ele se recusou e munido de um garfo, disse para o agente: “vem para ver se eu não te furo todo”, além de tentar furar o agente quando o mesmo entrou para retirá-lo da cantina.
Agentes imobilizaram e conduziram o interno de volta para a cela. Durante o caminho, ele tentou reagir e acertar os servidores com socos e chutes, além de continuar proferindo ameaças.
Ele teria dito que manda na cadeia, no juiz e promotores, que “dá ibope pra tv” e que mataria o agente quando tivesse oportunidade. Depois do episódio ele foi recolhido para sua cela, onde permanece isolado dos demais internos por sua periculosidade e por ter problemas psicológicos.
MANÍACO
Em 2008, Dyonathan foi apreendido depois de matar três pessoas em Rio Brilhante, a 158 quilômetros de Campo Grande. As vítimas, o pedreiro Catalino Gardena, a frentista Leticia Neves de Oliveira e a jovem Gleice Kelly da Silva, foram assassinadas depois de responder uma série de perguntas e serem consideradas impuras. Os corpos eram colocados com os braços abertos em cemitérios, o que gerou ao rapaz a alcunha de “maníaco da cruz”.
Na época, com 16 anos, o rapaz foi encaminhado para a Unidade Educacional de Internação (Unei) de Ponta Porã. Ele chegou a fugir por pouco mais de um mês, até ser recapturado pela polícia paraguaia no município de Horqueta. Sua transferência para a Capital ocorreu em seguida, tendo sido isolado em ala psiquiátrica da Santa Casa em maio de 2013.
Com laudos que apontavam sua incapacidade de convívio social, o Ministério Público de Ponta Porã solicitou a internação compulsória de Dyonathan que, em julho de 2013, foi internado em ala psiquiátrica do Presídio de Segurança Máxima e, posteriormente, no Instituto Penal onde permanece em cela isolada.


