Cidades

CAMPO GRANDE

Mato e ruínas tomam conta de praça e irritam comerciantes

Além de edificações destruídas matagal crescente, problema de vendedores locais é também para com a segurança no trecho

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Localizada na região do Trevo Imbirussu, o ponto que antes era praça com ponto de táxi, hoje trata-se de um espaço em que o mato e as ruínas - e os reflexos que o abandono trazem - têm irritado comerciantes locais que precisam se desdobrar para garantir a conservação e a própria segurança. 

Altair Martins é um desses trabalhadores da região, que se diz incomodado com a falta de cuidado com o ponto que já teve seus momentos de glória. 

Ele lembra que os mototaxistas que mantinham ponto no local, e demais comerciantes do entorno, sempre foram os encarregados pela conservação da praça, que agora está à mercê da vontade do Executivo de Campo Grande. 

"Eles tiraram as motos daí não faz nem um ano, desde então... Tinha uma casinha que eles  tiraram porque quando não havia ninguém os usuários entravam deixando o lugar deplorável. Antes tinha um senhor que estava trabalhando ali, aí dava a limpa, mas também já não faz mais", expõe o trabalhador. 

Hoje, quem passa pelo local vê apenas ruínas do que foi a dita "casinha", escombros da construção que se misturam com móveis quebrados abandonados e lixos, como folhas, latas e pedaços de para-brisas. 

Moradora da região há 20 anos, a aposentada Solange dos Santos lembra com carinho do espaço que, segundo ela, tinha desde guarda até uma série de árvores. 

"A última reforma foi há um ano, mais ou menos. Aqui dá dó. Abandonou, tiraram uma árvore que tinha", lembra a aposentada. 

Segurança

Entre os problemas do abandono do espaço, que ficam evidentes pelo mato alto e acúmulo de escombros, há mais fatores de risco para quem busca extrair do trecho uma fonte de sustento, como no caso de Eugênia Cardenas. 

Ex-moradora da região da Bandeirantes, residindo atualmente no bairro Jardim Zé Pereira, a comerciante abriu seu ponto no canteiro da Avenida Manoel da Costa Lima na quadra debaixo do local que antes era uma praça há cerca de um mês. 

Conhecedora da região, ela relata a insegurança que sente no trecho, evidenciando a necessidade da companhia do marido em horários mais "perigosos". 

"Aqui de manhã meu esposo tem que ficar comigo, porque aqui não tem possibilidade de ficar sozinha…  na conveniência ali há uma aglomeração, que inclusive a dona quer mandar arrumar pois tem intenção de alugar, mas nem sei se ela vai conseguir, porque ali o cheiro está impregnado", expõe. 

Eugênia faz questão de ressaltar que os próprios comerciantes da região estão tendo que se juntar para fazer um mínimo de manutenção, para que o espaço para comércio fique ao menos apresentável. 

Deixando o expediente por volta de 16h, quem assume o ponto de dona Eugênia durante a noite é sua própria filha, mas revela o medo que sente devido ao grande fluxo de usuários de drogas que acabam sendo agressivos para com os comerciantes e clientes. 

Tocando o ponto há cerca de um mês, ela revela que nesse período o seu comércio já foi alvo de invasores. 

“Faz pouco dias. A porta de trás eles estouraram cadeado, só que ele fecha para o lado de dentro. Aí meu genro trocou e colocou a trava… eles arrebentaram. Aí quando veio colocar a fiação, roubaram a fiação da minha filha e a gente já teve prejuízo aqui”, cita. 

O que diz a prefeitura

Em retorno ao Correio do Estado, a Prefeitura afirma, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), que a limpeza da praça é feita "dentro do cronograma de zeladoria" da pasta, sem detalhar quando, de fato, foi feito o último serviço, conforme questionado pela equipe. 

Além disso, o Executivo indica que o atual projeto em execução, do corredor de transporte coletivo urbano da Avenida Marechal Deodoro/Gunter Hans, deve alterar o traçado das vias na região do Trevo Imbirussu.

"Em função disso, a revitalização da Praça do Trevo Imbirussu será definida após a conclusão do corredor de ônibus. Entre os terminais Bandeirantes e Aero Rancho estão sendo construídos quatro terminais de embarque e desembarque", complementa o Executivo. 

Quanto à segurança, a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social aponta que a Guarda Civil Metropolitana realiza rondas com viaturas na região, sendo elaborado um estudo para instalação de base da Guarda Civil Metropolitana no bairro. 

"A população pode acionar as equipes pelo 153. Todavia, é importante lembrar que a GCM atua em colaboração às forças policiais, sendo importante abordar principalmente com a Polícia Militar sobre a questão da segurança", finaliza. 

 

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saúde

MS registra mais 9 casos da gripe K e número chega a 12

9 novos casos encontram-se em investigação epidemiológica, afirmou a SES-MS

23/12/2025 10h40

Átomo H3N2

Átomo H3N2

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Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS) apontam que 9 novos casos da Gripe K foram registrados em Mato Grosso do Sul.

Na semana passada, 3 casos foram confirmados. Com isso, o número chega a 12.

Os casos foram confirmados em Campo Grande, Costa Rica, Nioaque, Ponta Porã e Três Lagoas. Os infectados possuem 3 meses, 5 meses, 1 ano, 3 anos, 5 anos, 6 anos, 11 anos, 20 anos, 73 anos, 77 anos, 82 anos e 87 anos.

De acordo com a SES-MS, todos os nove novos casos confirmados do subclado K da Influenza A (H3N2) encontram-se em investigação epidemiológica. Para subsidiar a análise, foram solicitadas informações complementares aos respectivos municípios de residência dos pacientes.

Após a confirmação dos casos, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo para a doença.

TEMPO

Capital tem o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos

Acumulado até ontem era de 212,4 milímetros, o que já é superior à média climatológica do mês no Município; volume fica abaixo apenas do registrado em 2019

23/12/2025 09h00

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Após anos de seca, Campo Grande viu a chuva voltar com força este ano. Só nos primeiros 22 dias de dezembro, o acumulado já chegou a 212,4 milímetros, o maior volume dos últimos seis anos na cidade.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado até ontem na Capital já é superior à normal climatológica, ou seja, a média para o mês no Município (considerando o período de 1981 a 2010), que é de 206,0 mm.

A última vez que choveu maior volume em Campo Grande foi em dezembro de 2019, quando foram registrados 249 mm, porém, o valor considera o mês inteiro, o que significa que ainda há possibilidade de este volume ser superado neste ano.

Além de ser o dezembro mais chuvoso dos últimos seis anos, este é o mês mais chuvoso deste ano, superando abril, quando foram registrados 204,8 mm.

Este ano também registrou alguns recordes, por exemplo, abril foi o mais chuvoso da história de Campo Grande, enquanto novembro teve o maior acumulado de chuva em 10 anos, conforme matérias do Correio do Estado.

Ao todo, o acumulado deste ano estava em 1.170,8 mm até ontem, conforme dados do Inmet. O volume é quase o dobro do registrado em todo o ano passado, quando foram apenas 780,6 mm, que foi o período com o menor acúmulo de chuvas da história em Campo Grande, de acordo com dados anuais da estação meteorológica do Inmet desde 1981.

ESTRAGOS

A chuva deste ano veio acompanhada de estragos nas ruas da cidade. Em abril, a situação mais crítica foi registrada na região da Chácara dos Poderes, onde a Estrada SE-1 precisou ser interditada em função da abertura de uma cratera na via de terra.

Já em novembro o acumulado de vários dias de chuva forte resultou em carros arrastados pela enxurrada na Praça Itanhangá e asfalto arrancado na rotatória das Avenidas Rachid Neder e Ernesto Geisel, além de dezenas de árvores que caíram sobre fiação de energia elétrica.

PREVISÃO

Para esta semana, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), há possibilidade de chuva no Estado.

Hoje o sol deve ficar entre nuvens em todo MS. Em Campo Grande, há possibilidade de pancadas de chuva, principalmente durante a tarde e à noite. Também pode chover nas regiões, sul, norte e oeste do Estado. Já no leste o sol brilha entre nuvens.

Ontem Campo Grande teve períodos de nebulosidade e de sol forte durante toda a manhã e à tarde - Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

A temperatura deve variar de 23°C a 31°C na Capital e chega à máxima de 36°C em Três Lagoas e Paranaíba.

Na quarta-feira, o dia na Capital deve ser ensolarado, com máxima de 32°C. Há possibilidade de chuva no sul, norte e oeste do Estado.

O dia de Natal deve ser quente em Campo Grande, com máxima de 33°C e sol entre nuvens.

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