Cidades

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Medicamentos irregulares

Medicamentos irregulares

Redação

18/02/2010 - 06h40
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O medicamento é um bem social a serviço da humanidade. O seu fim é manter a saúde e curar a doença das pessoas, o que o associa à vida e lhe confere um sentido de grandeza. Por isso, o medicamento é um produto tão especial, que precisa cercar-se de cuidados, desde a pesquisa que levará à sua criação, até a sua chegada à farmácia, processo que envolve tempo (em torno de 15 anos) e dinheiro (aproximadamente US$ 1 bilhão). De sorte que ele não pode ser maculado, tornando-se objeto da ação de criminosos. Infelizmente, não é o que acontece. Malfeitores estão despejando toneladas de medicamentos irregulares, nas farmácias e drogarias do Brasil. Entenda-se por irregulares os medicamentos falsificados, clandestinos ou sem registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), vencidos e com validade remarcada, roubados etc. Ou pirateados. Seja como for, é obra de uma máfia impiedosa. A irregularidade envolvendo os medicamentos dissemina-se fartamente, no País, deixando um rastro de prejuízos à saúde e à economia. O Ministério da Justiça repassou ao Conselho Federal de Farmácia (CFF) dados estarrecedores sobre o assunto. Os dois órgãos estão se aproximando, com vistas a desenvolver ações conjuntas de combate a esse crime. Mais ousada e criativa, a máfia, que já atuava em outros segmentos, encontrou nos medicamentos um novo nicho. Ora, vejam: se já é um produto que potencialmente oferece riscos, imagine quando é irregular. Os medicamentos irregulares são comercializados, tanto em feiras ou nas ruas por ambulantes, quanto nos estabelecimentos farmacêuticos. A máfia age, atraindo os consumidores pelos baixos preços dos produtos. O custo social da pirataria de qualquer produto é alto. Como a lucratividade da atividade criminosa aumenta, os sacoleiros estão sendo substituídos por redes do crime transnacional organizado. Com o dinheiro rápido que conseguem fazer, as máfias passaram a financiar atividades de maior potencial ofensivo, como o narcotráfico e o contrabando de munições. Prova é que a maioria das apreensões de produtos piratas tem, também, drogas, armas e munições. Vejam como a engrenagem do crime é bem azeitada. A pirataria é um mal, sob todos os aspectos. O medicamento pode não fazer efeito no organismo e, por conseguinte, deixará de recuperar, de manter a saúde do paciente. Do ponto de vista econômico, o Brasil está deixando de arrecadar com a pirataria mais de R$ 30 bilhões, dinheiro que poderia ser revertido em gastos nas áreas da saúde e social e em políticas públicas de geração de emprego e renda. Segundo o Ministério da Justiça, se a pirataria acabasse, hoje, no Brasil, geraria dois milhões de empregos. Só em Goiás, a Decon (Delegacia de Defesa do Consumidor) já apreendeu, nos dois últimos anos, 500 mil unidades de medicamentos e cosméticos irregulares. Muitos, em farmácias, drogarias e indústrias clandestinas ou que produzem medicamentos sem autorização da Anvisa. A Vigilância Sanitária do Estado e de Goiânia, a Anvisa e a Política Federal vêm participando de várias dessas operações. Entre os produtos apreendidos, encontravamse os indicados para o tratamento da dificuldade de ereção (impotência), da obesidade e anabolizantes. Medicamentos para a impotência podem causar intoxicações, hipertensão e arritmia cardíaca e levar à morte. Os medicamentos indicados para a obesidade, quase sempre, contêm ansiolíticos que causam dependências física e psíquica. Já os anabolizantes provocam ginecomastia (crescimento das mamas no homem), falência renal grave, problemas cardíacos, importantes alterações de comportamento e vários tipos de deformação física. Muitos dos produtos apreendidos viriam do Paraguai e entraram, no Brasil, ilegalmente. Ou seja, sem registro junto à Anvisa. Portanto, são medicamentos de origem desconhecida. Sequer se sabe que substâncias há dentro deles. Portanto, tomar um medicamento desses é por a vida em risco. Aqui, eu faço o seguinte apelo à população: procure, sempre, farmácias e drogarias onde está presente o farmacêutico. Ele é a sua segurança contra os medicamentos irregulares. Só o farmacêutico, dentro das farmácias, pode prestar-lhe orientações sobre o medicamento e evitar que um produto irregular chegue àquele estabelecimento. O farmacêutico está cada vez mais preparado, técnica e cientificamente, para servir bem à sociedade. Além do mais, ele conta com o auxílio de programas de controle, como o SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados) e com a própria legislação, que diz que as farmácias somente podem adquirir medicamentos de laboratórios e distribuidoras cadastrados junto à Anvisa. O meu apelo vai, ainda, para os proprietários de farmácia, auxiliares e balconistas: muito cuidado! Não se envolvam com medicamentos irregulares. No caso da falsificação, trata-se de crime hediondo. O medicamento não pode ser objeto da ação de bandidos. A população quer confiar nos produtos que ela está adquirindo. Vender um medicamento que não faz efeito é uma covardia abominável e o autor da ação merece ser penalizado no rigor da lei. Haveremos de vencer esta luta em nome da vida.

Serviço de Trânsito

Com 'guichê 60+' agências do Detran atenderam mais de 300 idosos em MS

Com enfoque em atendimento personalizado, pessoas com idade a partir dos 60 anos têm acesso a taxas diferenciadas

22/10/2024 17h00

Fotos: Rachid Waqued

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Com duas agências para atendimento preferencial a pessoas acima dos 60 anos, mais de 300 idosos foram atendidos pelo Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

Com o intuito de ofertar atendimento humanizado, o modelo de atendimento tem foco na qualidade. Atualmente, são duas agências: uma em Campo Grande e outra em Dourados.

Conforme atualização do Detran-MS, por dia são atendidos em média 27 clientes; apenas nos primeiros dias, resultou em 277 pessoas com atendimento personalizado.

Fotos: Rachid Waqued / Agência Shopping Campo Grande

Capital

Em Campo Grande, o Guichê 60+ funciona na agência do Shopping Campo Grande.

O serviço teve início no dia 7 de outubro; em nove dias, 169 pessoas foram atendidas, com servidores capacitados para oferecer um atendimento empático e único.

No final do processo, o cliente ainda pode avaliar o atendimento dos colaboradores do Detran-MS.

“Na quinta-feira, atendemos um casal, e eles falaram que esse atendimento foi a melhor coisa que o Detran já fez para eles (os idosos). Atendimento rápido, não precisa agendar. E ela disse também que o atendimento da servidora foi extremamente ágil, de uma simpatia e educação, explicando tudo direitinho, com a paciência que eles necessitam”, disse a gerente da Agência do Shopping Campo Grande, Tamie Nadielli.

Dourados

A agência de Dourados foi a primeira a ofertar o serviço personalizado para os idosos e teve um total de 108 atendimentos em sua agência híbrida (entre os dias 3 e 18 de outubro).

“Nessa semana, o Guichê 60+ virou uma sala de aula. Tinham três pessoas para baixar o aplicativo e ter o documento do veículo no celular. A Evelyn atendeu os três juntos. Eles conversaram, fizeram amizade e acharam o máximo. O mais legal é que olhavam para a servidora e falavam: 'Olha o que eu sei fazer!' mostrando para ela como visualizar o documento. Comprovando que tinham aprendido o que ela tinha acabado de ensinar. Isso é gratificante”, compartilhou a gerente Elizangela Ximenes.

Atendimento personalizado

Os Guichês 60+ do Detran-MS representam um serviço inovador na gestão que trabalha tanto com o serviço digital quanto inclusivo.

"O Detran-MS avançou muito em tecnologia, e agora estamos focando também nas melhorias que podem impactar positivamente na vida do cidadão. O Guichê 60+ fortalece a inclusão e a valorização dos idosos na sociedade. Contribui para um envelhecimento mais ativo e saudável, promovendo uma convivência respeitosa entre as gerações”, pontuou o Diretor-Presidente do Detran-MS, Rudel Trindade.

Benefícios

Muito além do atendimento personalizado, pessoas com idade igual ou acima de 60 anos irão usufruir de cobrança de taxas com desconto nos seguintes serviços:

  • Emissão
  • Reemissão ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Segundo a Lei Estadual (n° 4.282, de 14 de dezembro de 2012), que prevê valores das taxas de serviço conforme a emissão da CNH expedida.

“A partir de 60 anos, em que a validade da CNH é de cinco anos, o valor é de 50% da guia; e a partir de 70 anos, em que a validade é de três anos, o valor é de 30% da guia”, explica o Diretor de Habilitação do Detran-MS, Luiz Fernando Ferreira.

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Meio Ambiente

Maior tatu-canastra é capturado no Pantanal de MS

Com a captura, foi possível realizar exames que auxiliarão a entender o processo de reprodução da espécie na natureza

22/10/2024 16h50

Imagem Divulgação

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O Projeto Tatu-Canastra capturou o maior tatu da espécie em 14 anos de trabalho no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Um macho, com 160 cm de comprimento e 36 kg, recebeu o nome de Wolfgang.

O nome faz alusão ao trabalho do presidente do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), Arnaud Desbiez, que, no dia 26 de setembro, recebeu o prêmio The Wolfgang Kiessling International Prize.

A premiação, pelo programa American Humane, veio justamente pela captura e registro do maior tatu-canastra já registrado no Pantanal sul-mato-grossense.

Imagem Divulgação

Avaliação


O animal passou por diversos exames para verificar a condição de saúde, assim como recebeu a instalação de um chip com rádio transmissor VHF.

Também foi feita a coleta de sêmen para estudos sobre a reprodução do tatu-canastra na natureza.

Todo o procedimento foi supervisionado pela médica veterinária e pesquisadora do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) para a coleta do material biológico.

“O principal objetivo do estudo é entender melhor como funcionam a biologia e a fisiologia reprodutiva do tatu-canastra e do tamanduá-bandeira em vida livre”, explica Carolina, que também é mestranda pela UNESP de Botucatu.

A pesquisa é financiada pela Rufford Foundation, do Reino Unido.

Reprodução


A pesquisa está concentrada na análise da qualidade do sêmen e da morfologia espermática, com o objetivo de criar, no futuro, um banco de preservação de diversas espécies

. O estudo proporcionará um maior entendimento sobre a reprodução do tatu-canastra, cujo conhecimento ainda está pouco avançado.

“A validação dessas técnicas para monitoramento da reprodução em vida livre pode contribuir significativamente para a conservação desses dois gigantes da nossa fauna”, acrescenta a médica veterinária.

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