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Aumento da procura por implantes de testosterona para mulheres preocupa médicos

Segundo a entidade, faltam dados sobre eficácia e segurança para uso nesses contextos

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A procura por implantes que contêm testosterona e outros hormônios para mulheres tem preocupado associações médicas e especialistas.

No último dia 8, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) emitiu nota contra o uso de implantes hormonais para contracepção e reposição hormonal não aprovados pela Anvisa. Segundo a entidade, faltam dados sobre eficácia e segurança para uso nesses contextos.

O ginecologista Rogério Bonassi, da Comissão Nacional Especializada de Anticoncepção da Febrasgo, afirmou que a nota foi emitida em resposta ao grande número de dúvidas de ginecologistas sobre o respaldo científico para a prescrição dos dispositivos.

A Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) também emitiu comunicados sobre os riscos da suplementação quando não há deficiência hormonal. 

A entidade também contraindica o uso para fins estéticos.

Segundo especialistas, a busca por emagrecimento e ganho de massa muscular fez com que crescesse a demanda por esses implantes. 

Mulheres na menopausa também procuram hormônios para aliviar sintomas como redução da libido e aumento de peso.

Conhecidos como "chips", os implantes são tubos de silicone com hormônios que são inseridos sob a pele. 

O único registrado pela Anvisa e comercializado no país é o anticoncepcional etonogestrel.

No entanto, outros tipos são produzidos por farmácias de manipulação com receita. 

Últimas notícias

Em resposta à controvérsia sobre a falta de registro, a Elmeco, uma das principais empresas que produzem implantes no país, divulgou comunicado em que afirma que suas fórmulas manipuladas, por não serem industrializadas, "não têm e não podem ter registro". 

A empresa afirma ainda que farmácias de manipulação são regidas por uma legislação específica.

A endocrinologista Dolores Pardini, responsável pelo ambulatório de reposição hormonal da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e ex-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sbem, observou aumento na prescrição de hormônios. "O mercado teve uma expansão violenta desses 'chips'", diz.

Segundo Pardini, mulheres preocupadas com baixos níveis de testosterona buscam a suplementação.

De acordo com posicionamento de entidades internacionais publicado em 2019 no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, a única indicação com evidências para o uso do hormônio em mulheres é o transtorno de desejo sexual hipoativo –distúrbio caracterizado pelo desinteresse por relações sexuais. 

O diagnóstico é feito em mulheres na menopausa e baseado no quadro clínico, não na dosagem do hormônio.

O ginecologista Ricardo Bruno, membro da Febrasgo e chefe do ambulatório de reprodução humana e ginecologia UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), associa o aumento na procura por hormônios à divulgação de promessas estéticas.

"Vemos jovens, de 20 a 30 anos, utilizando esses androgênios. Elas começam a usar e não param mais, porque atingem o corpo que queriam." 

Ele ressalta a falta de pesquisas sobre os efeitos do uso prolongado de testosterona.

Outros médicos, entretanto, prescrevem os dispositivos. O ginecologista Igor Padovesi, membro da Comissão de Comunicação Digital da Febrasgo, afirma que há mulheres que se beneficiam dos implantes. Em alguns casos, "na dose certa, a testosterona é bem-vinda".

Padovesi também prescreve implantes de gestrinona, popularizados sob o nome "chip da beleza", para pacientes com endometriose, por exemplo. 

Segundo ele, a indicação não deve ser estética e o uso inadequado pode trazer riscos como engrossamento da voz e aumento dos pelos corporais.

Maria Janieire Alves, cardiologista do Incor e professora da Universidade de São Paulo, percebeu aumento no número de pacientes com efeitos colaterais como arritmia e hipertensão causados por implantes de testosterona.

"Inicialmente podem existir benefícios estéticos, mas depois de quatro meses os sinais [de excesso do hormônio] surgem, como piora do cansaço e aumento da pressão arterial." Também há maior risco de infarto e derrame, diz Alves.

O caminho para regular a testosterona na menopausa ou conquistar um corpo mais saudável é, de acordo com a cardiologista, velho conhecido: aliar exercícios físicos, em especial a musculação, com alimentação saudável.

OS EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE TESTOSTERONA

Expectativas

  • - Ganho de massa muscular;
  • - Emagrecimento;
  • - Aumento da libido;
  • - Aumento da disposição;

Riscos

  • - Acne;
  • - Aumento dos pelos corporais, inclusive na face;
  • - Queda de cabelos;
  • - Engrossamento da voz;
  • - Crescimento do clitóris;
  • - Aumento do colesterol;

O que dizem os médicos:

  • - A avaliação rotineira de testosterona em mulheres não é indicada;
  • - Valores baixos têm pouco ou nenhum significado clínico;
  • - A dosagem pode ser indicada em situações específicas, para diagnóstico de transtornos.

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INFÂNCIA SEGURA

Perigos das férias escolares; da alimentação a riscos dentro e fora de casa

Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, dá dicas para os pais curtirem o descanso dos filhos em segurança

21/12/2024 18h00

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação

Pedriatra confirma aumento nos atendimentos, já que férias podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação Arquivo/Ilustração

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Período em que os pequenos se vêem livres do ambiente escolar, as férias das crianças costumam deixar os pais de cabelo em pé e, seja por traumas ou outras doenças, os atendimentos pediátricos têm aumento nessa época entre os anos, então por isso é preciso estar atento os perigos que existem dentro e fora de casa. 

Em entrevista ao Correio do Estado, a Dra. Kamilla Moussa, pediatra da Unimed Campo Grande, confirma que é comum observer um aumento nos atendimentos pediátricos durante as férias escolares.

"Isso se deve à maior exposição das crianças a atividades ao ar livre, viagens e mudanças na rotina, que podem resultar em acidentes, infecções ou questões relacionadas à alimentação", afirma a Dra. 

Conforme a pediatra, há uma série de casos mais comuns nesse período de férias, por conta das exposições vividas pelos pequenos, que costumam inclusive ter "endereço certo", como bem alerta a profissional, como por exemplo: 

  • Traumas e fraturas: devido a brincadeiras em parques, atividades esportivas e quedas.
  • Afogamentos: em praias, piscinas ou balneários.
  • Queimaduras: relacionadas ao manuseio de fogos de artifício, churrasqueiras ou líquidos quentes.
  • Viroses: por contato mais frequente com outras crianças ou devido a mudanças alimentares que afetam a imunidade.

Perigos em casa

Com os pequenos mais tempo em casa e, consequentemente, os pais tendo que se desdobrar entre os cuidados com os filhos e a casa, as quedas de móveis; escadas ou andadores costumam ser comum e estar no topo dos acidentes mais comuns do período. 

Entranto, os perigos do lar não se resumem à isso, podendo até mesmo o fogão, ferro, líquidos quentes ou tomadas desprotegidas serem os causadores de queimaduras, por exemplo, além de outros riscos. 

São os casos dos afogamentos ou asfixias, que podem acontecer em baldes, tanques ou banheiras, mesmo com pouca quantidade de água, ou mesmo pela ingestão de objetos, brinquedos inadequados para a idade ou sacos plásticos.

Riscos ao ar livre

Da porta para fora também é preciso ter cuidados, quase que redobrados, já que, para além do já citado perigo de afogamento, ao qual as crianças ficam mais sucetíveis ainda em praias, rios e piscinas, há riscos ligados à picada de instos, por exemplo, ou mesmo acidentes com objetos cortantes ou perfurantes, como pedaços de vidro ou conchas, indica Camilla. 

Por isso, a pediatra alerta que os pais devem permanecer em supervisão constante; usar repelentes e roupas seguras, para evitar alguns desses problemas durante as férias. 

Além do risco de afogamento, a Dra. Camilla aponta demais riscos, bem como as medidas de segurança que os pais podem e/ou devem adotar. 

  • Exposição ao sol| Protetor solar adequado, chapéus e roupas leves são indispensáveis para evitar queimaduras e insolação.
     
  • Desidratação| Garantir hidratação frequente com água ou sucos naturais.
     
  • Infecções de pele| Como micoses devido ao contato prolongado com a umidade.
     
  • Cansaço extremo: Manter pausas regulares durante atividades para evitar exaustão.

Em complemento, ela cita ainda um perigo considerado quase invisível, já que está ligado à alimentação dos pequenos, à qual os pais também precisam estar ligados para não afetar a saúde dos filhos. 

"Sim, exageros com a comida são comuns, as crianças podem consumir: doces e alimentos gordurosos em excesso, levando a problemas digestivos como dor de estômago, vômitos ou diarreia. Bebidas açucaradas em excesso, que agravam quadros de desidratação em dias quentes, ou ainda algum tipo de alimento que pode estar malconservado, aumentando o risco de intoxicação alimentar".

Nesse sentido, durante a visita à praias ou balneários, há também o risco de que o pequeno consumo alguma quantidade de água contaminada, com a pediatra indicando que é preciso evitar justamente a ingestão e contato prolongado com qualquer área do tipo que seja considerada suspeita. 

"Durante as férias, a supervisão constante é essencial. É um período de diversão, mas os riscos aumentam pela maior liberdade nas atividades. Reforçar regras de segurança e manter um kit de primeiros socorros em casa e durante passeios pode evitar complicações", conclui a pediatra.

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TRAGÉDIA | MG

Com 38 mortes, acidente em rodovia federal é o maior desde 2007, diz PRF

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou o acidente rodoviário

21/12/2024 17h30

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

Segundo a PRF, número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços. Reprodução/Corpo de Bombeiros MG

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Ainda nas primeiras horas deste sábado (21), uma batida envolvendo um ônibus e uma carreta, na rodovia BR-116, já é considerado o maior acidente rodoviário, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que pelo menos 38 morreram. 

Com o passar do dia, os números de vítimas fatais foram subindo, sendo inicialmente divulgado a morte de 22 pessoas, que após atualizações do Corpo de Bombeiros subiu para 38. 

Esse acidente foi registrado ainda durante a madrugada, por volta de 03h, na altura da cidade de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. 

Segundo os bombeiros, 37 corpos já foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), sendo que uma 38ª vítima morreu no hospital. Conforme a PRF esse é o maior acidente rodoviário desde 2007.

Mensagem da presidência

Através das redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste sábado (21) o acidente rodoviário que deixou mais de 30 mortos durante a madrugada em Teófilo Otoni (MG).

Entenda

Informações repassadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), indicam que esse acidente foi causado depois que um grande bloco de granito, trasnportado pela carreta em questão, se desprendeu do veículo e bateu em um ônibus de viagem. 

Vindo no sentido contrário, com o impacto da rocha, segundo a PRF, o ônibus se incendiou e um terceiro carro, de passeio, também se chocou contra a carreta e seus três ocupantes ficaram gravemente feridos.

Nas palavras da própria PRF, esse número de mortos pode ser maior, uma vez que o incêndio dificulta a localização de vítimas nos destroços.

 

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