Uma megaoperação envolvendo vários órgãos de segurança e da prefeitura de Campo Grande foi deflagrada na tarde desta quarta-feira (29), na área conhecida como Complexo Carandiru, na Mata do Jacinto, em Campo Grande, e terminou com a apreensão de maconha, pasta base de cocaína e diversos outros objetos com suspeita de serem produtos de furto.
De acordo com informações apuradas pelo Correio do Estado, a operação foi desencadeada a partir de denúncias feitas pela comunidade ao vereador André Salineiro (PL), que acionou a polícia.
Durante a tarde, equipes das Polícias Civil, Militar, Guarda Civil Metropolitana, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), Vigilância Sanitárias e as concessionárias de água e energia, Águas Guariroba e Energisa, respectivamente, foram ao local.
De acordo com o responsável pela operação, inspetor da Guarda Civil Metropolitana, Everaldo Ponce Ojeda, a operação foi solicitada pelo vereador através da comunidade, pois a região inteira da Mata do Jacinto estava tendo muitos furtos.
"A gente acabou chegando até este local devido a furtos de energia e, chegando ao local, presenciamos três indivíduos. Foi feita uma varredura e achamos drogas, mas não conseguimos qualificar de quem eram as drogas que foram encontradas", disse Ojeda.
Além disso, foram encontrados veículos com irregularidades no licenciamento, sendo removidos dois carros e uma moto. A motocicleta tinha mais de R$ 20 mil em multas.
Um homem, que não teve a identidade divulgada, foi preso em flagrante por furto de energia elétrica, o chamado gato.
As outras duas pessoas que estavam no local não foram detidas pois, segundo o inspetor, não foi possível materializar que as drogas pertenciam a eles.
Ainda com relação as drogas, a maconha e pasta foram apreendidas e encaminhadas para a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), onde serão pesadas.
O vereador Salineiro disse ao Correio do Estado que há muitas denúncias de diversos crimes no Carandiru por ser um local onde "o Poder Público dificilmente chega".
"Eles aproveitam para esconder produtos de roubos e furtos, receptação, fora o tráfico de drogas que acontece não só para quem frequenta o Carandiru, mas para quem passa para comprar o entorpecente, porque é um ponto de venda, tanto que hoje pegamos produtos possivelmente oriundos de furto, vários entorpecentes, então o Poder Público tem que se fazer presente", disse o vereador.
Ele acrescentou ainda que o objetivo principal foi mostrar que o Carandiru não é "terra sem lei" e, a partir disso, serão analisadas propostas para que os moradores da área sejam encaminhados para outro local.
O Residencial Atena, conhecido como Carandiru, é uma área invadida desde 1994 e disputada na justiça.
O local é conhecido popularmente por ser uma favela dentro de um condomínio e abriga famílias sem condições financeiras de morar em outro local, mas também é moradia de criminosos envolvidos no tráfico de drogas e em outros atos ilegais.
Dois carros e uma moto foram apreendidos na operação (Foto: Paulo Ribas / Correio do Estado)




