Cidades

"CENSURA"

Mesmo após ser preso, prefeito de Terenos tenta calar imprensa

Inquérito civil foi aberto para apurar as notícias divulgadas pelo jornalista Jeferson José, onde afirma que Henrique Wancura era investigado por fraudes e outros crimes

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O prefeito afastado de Terenos, Henrique Wancura Budke (PSDB), fez um boletim de ocorrência contra o jornalista Jeferson José Bezerra, do MGS News, por calúnia e difamação. Com isso, a Delegacia de Polícia Civil do município instaurou um inquérito civil para apurar os fatos.

Henrique acusa Jeferson de ter publicado notícias inverídicas, no dia 12 de março, sobre o seu envolvimento em fraudes em licitação, desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito. Porém, no dia 9 de setembro, o prefeito foi preso em operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra fraude em licitações que teriam causado prejuízo milhões aos cofres públicos.

Jeferson José defende que apenas republicou os conteúdos de um outro portal de notícias, chamado 67 Digital. Além disso, também usa o argumento que vários outros meios de comunicação divulgaram sobre o caso, porém não tiveram inquéritos civis abertos para que prestassem esclarecimentos. Ele entende que esta é um estratégia usada pelo prefeito afastado para tentar calar a imprensa.

"O prefeito, quando foi na primeira operação, eu soltei as matérias sobre o envolvimento da prefeitura, coloquei a matéria, reproduzi ela, ele foi lá e fez um leão na delegacia. Aí, passados os dias, ele foi preso e provou que realmente estava envolvido em todas essas falcatruas".

Henrique Wancura ficou preso por apenas 24 dias, isso porque o ministro Ribeiro Dantas, da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu o habeas corpus no dia 3 de outubro. Budke pediu afastamento do cargo para cuidar da sua defesa. 

Bloqueio de bens

No dia 27 de novembro, o desembargador Jairo Roberto de Quadros, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, determinou o bloqueio de R$ 10 milhões de Henrique Wancura Budke. 

De acordo com o despacho, o magistrado ordenou o sequestro de valores em contas bancárias, planos de previdência e investimentos financeiros. Também determinou a chamada “teimosinha” pelo período de 30 dias, um mecanismo que monitora as contas bancárias para bloquear automaticamente qualquer quantia que nelas entrar.

Caso o valor não seja alcançado por meio das instituições financeiras, o desembargador autorizou o sequestro de imóveis pertencentes a todos os denunciados pelo esquema de desvios na Prefeitura de Terenos.

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Cidades

Condenação de quase 10 anos é anulada por falha em reconhecimento fotográfico

Decisão estava baseada exclusivamente em um reconhecimento irregular, realizado quase três anos após o crime

05/12/2025 17h00

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu um homem que havia sido condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por roubo majorado em Ivinhema, Mato Grosso do Sul, após a constatação de falhas graves no reconhecimento fotográfico utilizado como principal prova.

A decisão, obtida pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, considerou que a condenação estava baseada exclusivamente em um reconhecimento irregular, realizado quase três anos após o crime, sem observar os procedimentos previstos no Código de Processo Penal.

Segundo a defensora pública de 2ª instância Angela Rosseti Chamorro Belli, “nenhum dos procedimentos legais foi seguido. Além disso, a vítima estava encapuzada durante toda a ação criminosa, dificultando qualquer identificação. Além disso, não houve flagrante, apreensão de objetos, imagens ou testemunhas que confirmassem a autoria, e o réu alegou estar preso em outro estado na época dos fatos, informação que não foi investigada”.

O caso

O homem foi identificado pela vítima apenas por meio de uma fotografia apresentada na delegacia. O artigo 226 do Código de Processo Penal determina que, sempre que possível, a pessoa a ser reconhecida deve ser colocada ao lado de outras com características semelhantes, procedimento que não foi adotado. A Defensoria Pública argumentou que, devido a essas irregularidades, a condenação violava garantias processuais básicas e não havia prova suficiente para manter a sentença.

Para a defensora, “a decisão corrige uma condenação que poderia ter mantido o réu preso injustamente por quase uma década”.

No STJ, ficou reconhecido que o reconhecimento fotográfico, quando realizado fora das regras legais e sem confirmação por outras provas, não pode ser usado como base única para condenação. Com isso, o tribunal aplicou o artigo 386, VII, do Código de Processo Penal, que prevê a absolvição quando não há provas suficientes de autoria.

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Infraestrutura

Prefeitura amplia pacotão de obras para recapeamento de Campo Grande

Foram incluídos mais 50 km de rota de recapeamento na Capital e investimento de R$ 42 milhões

05/12/2025 16h45

Até agora, pelo menos 20 mil buracos já foram fechados desde novembro

Até agora, pelo menos 20 mil buracos já foram fechados desde novembro FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Prefeitura de Campo Grande assinou, nesta sexta-feira (5) a autorização que permite o início do processo de licitação das obras de recapeamento da cidade. 

Junto com a assinatura, foi anunciado que a Capital vai receber mais 50 quilômetros de recapeamento em todas as regiões urbanas a partir do primeiro trimestre de 2026. 

O investimento extra previsto é de R$ 42 milhões, que serão destinados à contratação de mão de obra especializada para recuperar o asfalto antigo. Segundo a prefeita Adriane Lopes, o objetivo é substituir o asfalto por um modelo mais eficiente, de forma emergencial 

“O recapeamento previsto tem durabilidade estimada entre cinco e oito anos, o que reduz gastos frequentes com reparos após períodos de chuva e melhora a qualidade do tráfego”, afirma a gestora. 

O documento já está no departamento jurídico da Secretaria Especial de Licitações e Contratos (Selc) e seguirá para análise da Procuradoria-Geral do Município (PGM). Após isso, retorna à Selc para ser publicado no Diário Oficial, que deve acontecer nos próximos dias, dando início ao processo licitatório. 

O novo edital prevê a contratação de empresas para recapeamento nas regiões do Anhanduizinho, Bandeira, Centro, Imbirussu, Lagoa, Prosa e Segredo. O prazo para a execução dos serviços é de 360 dias, distribuídos ao longo de 12 meses. 

Pacotão de obras 

O valor se une ao investimento de R$ 544 milhões anunciado pela Prefeitura no final de novembro, como um pacotão de serviços de drenagem e pavimentação que devem contemplar mais de 20 bairros, que, com as obras já em andamento, devem totalizar 33 locais com vias requalificadas. 

A expectativa, de acordo com o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, é que a licitação deva ser publicada entre janeiro e fevereiro do próximo ano, com início das obras no mês de abril. 

Conforme o secretário, entre os bairros estão lugares como Noroeste, Santa Emília, São Conrado e Los Angeles, regiões com muitas vias sem asfalto.

O pacote de R$ 544 milhões foi conquistado por meio de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal, em decorrência da aprovação do Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF).

Ele será dividido em três, como informou o Correio do Estado na semana passada, com o primeiro no valor de R$ 236 milhões, mas R$ 100 milhões não são provenientes do empréstimo e, sim, de emenda parlamentar do deputado federal Luiz Ovando (PP).

A segunda e a terceira etapa desse projeto, ainda segundo Miglioli, devem ser publicadas quando a primeira etapa estiver quase concluída.

“Assim, as obras não devem parar, terminou um trecho já vai ter licitação para começar o próximo”, promete o secretário.

Miglioli ainda afirmou ao Correio do Estado que bairros como Santa Emília, onde a previsão de investimento para drenagem e pavimentação chega a cerca de R$ 80 milhões, Noroeste, que prevê R$ 70 milhões de investimento, e São Conrado, com R$ 50 milhões, devem ter suas obras diluídas entre a primeira, segunda e terceira etapa.

Tapa-buracos

Após as chuvas fortes que atingiram a Capital no mês de novembro, causando danos na pavimentação em vários pontos da cidade, a Prefeitura retomou o serviço de tapa-buraco. 

O serviço estava paralisado pois a Prefeitura estava em débito com as sete empresas prestadoras do serviço na cidade. Quando parte da dívida foi paga, algumas empreiteiras aceitaram retomar os trabalhos, com a promessa de que os valores serão pagos posteriormente. 

Segundo a titular da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin), Márcia Hokama, foram pagos cerca de R$ 10 milhões para as empresas, o que não quita totalmente a dívida, mas contribuiu para a retomada do serviço.

Até o dia 01 de dezembro, já foram fechados cerca de 20 mil buracos no período de uma semana. A meta diária da operação é de tapar cerca de 3 mil buracos até o final do ano, atingindo de 70 a 80 mil recuperados.

Regiões atendidas

  • Universitário 
  • Parque dos Girassóis
  • Jardim São Conrado
  • Jardim Centro Oeste
  • Coronel Antonino
  • Vila Almeida
  • Centro
  • Parque Novos Estados
  • Jardim Morumbi
  • Vila Carlota 
  • Vila Piratininga
  • Nova Lima
  • Monte Castelo
  • Jardim Panamá
  • Vila Margarida

Próximas ações

  • Tiradentes
  • Vila Santo Eugênio
  • Taveirópolis
  • Lageado
  • Nova Lima
  • Vila Almeida
  • Monte Castelo
  • Parque Novos Estados

 

*Colaborou Daiany Albuquerque

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