Cidades

AÇÕES AFIRMATIVAS

Ministério da Mulher destaca necessidade de atendimento especializado para indígenas de MS

Mulheres das etnias Guarani Kaiowá, Terena, Kinikinau e Kadiwéu foram atendidas por equipe ministerial entre quinta e sexta

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Após ações de escuta com indígenas de Amambai, Dourados e Campo Grande, nas quais foram atendidas as etnias Guarani, Kaiowá, Terena, Kinikinau e Kadiwéu, a Coordenadora de Prevenção à Violência Contra Mulher, do Ministério das Mulheres, Pagu Rodrigues, afirmou que Mato Grosso necessita de forma urgente de  ações efetivas para resguardar o direito das mulheres dos povos originários residentes em Mato Grosso do Sul. 

Ao Correio do Estado, a coordenadora informou que as três ações foram muito produtivas e a principal demanda levada para a equipe ministerial foi a criação de políticas públicas para que os casos de violência doméstica e territorial sejam prevenidos nas aldeias, onde os índices aumentam cada dia mais. 

Pagu apontou que o objetivo da visita ministerial ao Estado teve o objetivo de aproximar o governo das questões indígenas e levar para Brasília as demandas que forem de nível federal, mas também buscar auxílio municipal e estadual para solucionar outras questões apresentadas. 

"A primeira ação é entender que a população indígena precisa de um atendimento específico e diferenciado, ou seja, precisamos de uma revisão nos protocolos de atendimentos", explicou a coordenadora. 

Ainda conforme a coordenadora, entre os pedidos apresentados para otimizar o atendimento em órgãos públicos de acolhimento, está a necessidade de capacitação de  intérpretes fluentes nos idiomas originários falados nas aldeias. 

Pagu ainda lembrou que outra possibilidade é instituir a Casa da Mulher Indígena nas aldeias, nos moldes da Casa da Mulher Brasileira, com profissionais capacitados nas especificidades apresentadas por este público. 

Por outro lado, a coordenadora ministerial aponta que enquanto este projeto não for implementado, os profissionais da Casa Mulher Brasileira deverão passar por capacitações para oferecer atendimento especializado para as mulheres indígenas que buscarem pelo atendimento do órgão. 

Além das considerações a respeito do enfrentamento da violência de gênero, Pagu também apontou que a comitiva ministerial levará para Brasília as impressões que tiveram do cenário indígena de forma geral nas três cidades que percorreram. 

"Aqui há violações de direitos e existe a necessidade de demarcação de terras como forma de solucionar os conflitos, além de uma crise humanitária grave no estado", concluiu a coordenadora. 

AMAMBAI, DOURADOS E CAMPO GRANDE 

A visita ministerial aconteceu em Amambai, Dourados e Campo Grande entre quinta-feira (29) e sexta-feira (30). Nas três oportunidades foram realizadas a escuta de mulheres indígenas para entender as principais reivindicações dessa população, especialmente no que diz respeito sobre a violação de direitos e violência de gênero. 

A visita foi solicitada ao Ministério da Mulher, comandado por Cida Gonçalves, durante o Acampamento Terra Vermelha, que foi realizado em abril deste ano, em Brasília. 

De acordo com Jaque Aranduhá Kaiowá, nas três cidades os atendimentos se estenderam às mulheres que moram nas regiões próximas. Na maior parte, as solicitações foram no mesmo sentido: criação de políticas públicas para assegurar o direito das mulheres e combate à violência de gênero. 

"A visita foi produtiva porque a violência nos territórios indígenas é real  e a falta de redes para atender essas mulheres no setor público também. Não tem respaldo e nem retorno quando, por exemplo, o Cras [Centro de Referência de Assistência Social] quando é acionado nesses casos", afirmou a vice-cacique da Aldeia Amambai Aguapoy, Lurdelice Moreira Nelson.

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Concurso

TSE Unificado: divulgados horários das provas em 8 de dezembro

Concurso será realizado nas 27 capitais brasileiras

23/11/2024 22h00

Reprodução/TSE

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Os candidatos do Concurso Unificado da Justiça Eleitoral já podem verificar, por meio de consulta individual, o local de realização das provas objetivas para todos os cargos que serão aplicadas em 8 de dezembro nas capitais dos 26 estados da federação e no Distrito Federal.

A consulta deve ser feita no site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos(Cebraspe), banca responsável pela organização e realização do concurso. O candidato deve clicar em Página de Acompanhamento, e digitar o Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha cadastrados.

As provas objetivas do chamado TSE Unificado serão realizadas em turnos distintos e têm caráter eliminatório e classificatório. O concurso para o cargo de analista judiciário ocorrerá no turno matutino, a partir de 8h30. Já a prova para os cargos de técnico judiciário, a partir das 15h30, no horário de Brasília (DF).

A abertura dos portões dos locais do exame para analista judiciário ocorrerá às 7h e para a prova de técnico judiciário às 14h.

As candidatas e os candidatos ao cargo de analista judiciário terão 4 horas e 30 minutos para concluir o exame. Já os que concorrerem a técnico judiciário terão 3 horas e 30 minutos para finalizar os trabalhos.

A divulgação do resultado final das provas está prevista para junho de 2025 e a nomeação dos aprovados para julho do mesmo ano.

O que levar no dia da prova

O participante do certame deverá comparecer ao local das provas com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, comprovante de inscrição e documento de identidade original com foto.

O Cebraspe alerta os candidatos sobre não portar nenhum dos objetos listados abaixo, sob pena de eliminação do processo seletivo:

·  telefones celulares e demais aparelhos eletrônicos;

·  óculos escuros, protetor auricular, lápis, nem, borracha e demais itens de papelaria;

·  quaisquer acessórios de chapelaria, tais como chapéu, boné, gorro, etc.;

·  qualquer recipiente ou embalagem que não seja fabricado com material transparente, tais como garrafa de água, suco, refrigerante e embalagem de alimentos.

O certame

Ao todo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e 26 tribunais regionais eleitorais (TREs) oferecerão 412 vagas para as carreiras de analista e técnico judiciários, ambos de nível superior de ensino, em diversas especialidades.

A remuneração mensal para analista judiciário é R$ 13.994,78 e para técnico judiciário é de R$ 8.529,65, exceto para o cargo de técnico judiciário, na especialidade de agente da polícia judicial, que é R$ 9.773,56.

A jornada de trabalho será de 20 a 40 horas semanais, conforme o cargo de admissão.

Além da aplicação de provas objetivas para todos os cargos de analista judiciário e de técnico judiciário; haverá prova discursiva somente e avaliação de títulos para os postos de analista judiciário; e teste de aptidão física somente para agente da polícia Judicial.

Distribuição dos cargos

De acordo com o edital do certame, os cargos de analista judiciário e de técnico judiciário serão distribuídos entre os tribunais regionais eleitorais (TRE) participantes de 26 unidades da federação. Apenas a corte eleitoral de Tocantins não participa do concurso unificado, porque ainda há concurso válido na unidade.

As vagas para preenchimento de cargos efetivos dos quadros de pessoal da Justiça Eleitoral, além da formação de cadastro reserva são para diversas especialidades.

No caso de analista judiciário são 126 vagas em áreas como: administrativa, contabilidade, arquitetura, arquivologia, biblioteconomia, enfermagem, engenharia civil, engenharia elétrica, engenharia mecânica, estatística, medicina (clínica médica), medicina (psiquiatria), medicina do trabalho, odontologia, psicologia, serviço social, tecnologia da informação. Há ainda vagas para área judiciária.

Já para os cargos de técnico judiciário são 286 vagas, distribuídas em três especialidades: administrativa, agente da polícia judicial e programação de sistemas.

De acordo com o TSE, o cargo com a maior oferta no número de vagas é o de técnico judiciário – área administrativa, que contabiliza 208 vagas.

Mais informações podem ser obtidas no endereço eletrônico, por e-mail: [email protected]; por telefone (61) 3448-0100; ou na Central de Atendimento ao Candidato do Cebraspe, de segunda a sexta, das 8h30 às 18h30, no endereço da sede do Cebraspe: Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN) Quadra 01, Lotes 1115 a 1145, Brasília.

Investigação

Defesa de Braga Netto ressalta lealdade do general a Bolsonaro

Nota diz que nunca houve plano de assassinar alguém

23/11/2024 21h00

 Bolsonaro e Braga Netto,

Bolsonaro e Braga Netto, Agência Brasil

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A defesa de Walter Souza Braga Netto, general da reserva do Exército, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro, divulgou nota neste sábado (23) dizendo que o general mantém lealdade ao ex-presidente da República. "Durante o governo passado foi um dos poucos, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao presidente Bolsonaro até o final do governo, em dezembro de 2022 e a mantém até os dias atuais, por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis.”

Os advogados Luís Henrique César Prata, Gabriella Leonel Venâncio e Francisco Eslei de Lima, do escritório Prata Advocacia (sediado em Brasília), assinam a nota de Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente da chapa de Bolsonaro, derrotada nas eleições de outubro de 2022.

Braga Netto é um dos 37 indiciados na última quinta-feira (21) pela Polícia Federal no inquérito sobre “associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado". A PF apurou que uma das reuniões para tratar de suposto plano golpista para impedir a posse e matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes (STF) teria sido realizada na casa de Braga Netto em novembro de 2022.

Ao postar a nota em perfil na rede social X, Braga Netto afirma que “nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assinar alguém. Agora parte da imprensa surge com essa tese fantasiosa e absurda de ‘golpe dentro do golpe’. Haja criatividade...”

No dia do indiciamento, a defesa de Braga Netto reclamou da falta de acesso ao relatório entregue pela Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes e criticou o vazamento de informações do documento pela imprensa.

Leia a seguir a íntegra da nota:

A Defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto repudia veementemente a criação de uma tese fantasiosa e absurda em parte da imprensa de que haveria "um golpe dentro do golpe".

Apesar do silêncio de muitos setores institucionais da nossa sociedade, o General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, General de Exército que comandou tropas do Comando Militar do Leste no RJ, a inédita Intervenção Federal na área de Segurança Pública no Estado do RJ e foi Chefe do Estado-Maior do Exército destaca que ao longo de sua trajetória, sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais.

Lembra, ainda que, durante o governo passado foi um dos poucos, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao Presidente Bolsonaro até o final do governo, em dezembro de 2022 e a mantém até os dias atuais, por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis.

A defesa do General Braga Netto acredita que a observância dos ritos do devido processo legal elucidarão a verdade dos fatos e as responsabilidades de cada ente envolvido nos referidos inquéritos, por suas ações e omissões.

Por fim, é vital levantar a questão a quem interessa este tipo de ilação e suposição fora do contexto do inquérito legal, que ainda não foi disponibilizado oficialmente para as defesas dos interessados.

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