Cidades

APÓS O INCÊNDIO

Moradores do Mandela montam barracos em outra área, com promessa de casas

Medida de realocação dos moradores da comunidade incendiada terá apoio financeiro da Agência Municipal de Habitação

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Após o incêndio ocorrido no dia 16 de novembro deste ano e que destruiu 100 moradias na favela do Mandela, a prefeitura corre contra o tempo para iniciar o processo de regularização fundiária das famílias, que estão vivendo em tendas provisórias desde então.

Casas provisórias serão erguidas para os moradores do local com a ajuda da prefeitura, enquanto eles aguardam a construção de residenciais, que serão feitos no prazo de oito meses, com o apoio do governo do Estado, por meio da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab) e de uma emenda parlamentar de R$ 9 milhões, da senadora Soraya Thronicke (União Brasil).

Na comunidade, 133 famílias têm todos os documentos para o processo de regularização fundiária, o qual já havia sido iniciado no ano passado. As famílias serão encaminhadas para seus lotes de casas, para que seja construída uma residência provisória no fundo do terreno onde as casas “oficiais” serão construídas em parceria do governo com a prefeitura.

Segundo a Prefeitura de Campo Grande, foram definidas quatro áreas em um raio de 3 km próximo à comunidade, para que as famílias comecem a morar nesses bairros. 

Serão alocadas 38 famílias no Bairro José Tavares; 33 no Iguatemi I; 30 no Iguatemi II; e 32 no Bairro Talismã, totalizando 133 famílias do Mandela que terão a regularização fundiária garantida nessas áreas.

O plano emergencial foi realizado no gabinete da prefeitura, no dia 21 de novembro, com a equipe técnica da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), responsável pela construção de parte das residências, sendo 100 casas, além da disponibilização do terreno para que as unidades habitacionais sejam construídas.

A Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul (Agehab) ajudará com a construção de mais de 80 casas e também ficará encarregada de realizar a licitação para contratar a empresa responsável pelas obras das residências.

As concessionárias de energia elétrica e água também vão trabalhar no processo de divisão dos lotes, com a instalação de água e energia elétrica na região traçada pela prefeitura para receber as famílias, que criarão as casas provisórias até a construção definitiva das residências, que ainda será licitada. 

TERRENOS
A reportagem esteve presente em dois dos quatro locais informados pela Emha, onde serão construídas as residências regularizadas para as famílias do Mandela.

No Bairro Iguatemi, o terreno localizado entre as ruas Júlio Baís e Rua José Luiz de Alencar ainda não recebeu nenhum tipo de obra. A área está com mato alto, com terreno desnivelado e com lixo acumulado.

Em outro ponto próximo, no Bairro José Tavares, uma extensa área localizada entre as ruas Rosa Maria Lopes Conto e Alcibíades Barbosa, que era um local de lazer, com campo de futebol, já está recebendo mudanças em sua estrutura.

Um trator e dois carros da companhia da Águas Guariroba estavam no local na tarde de quarta-feira delimitando os lotes das casas que serão construídas para os moradores do Mandela.

O terreno está sendo modificado para que seja passada a tubulação de canos. Conforme observado pela reportagem, o trabalho de estruturação das áreas está sendo iniciado.

De acordo com a Emha, um prazo foi estabelecido para a divisão dos lotes e a instalação de água e energia elétrica nas áreas selecionadas, bem como para a realocação das famílias. 

“No momento, só necessitamos da finalização da instalação dos serviços de energia para que essas famílias sejam realocadas e para que as obras das unidades habitacionais tenham início. Após a instalação de água e energia, o prazo é de oito meses para que todos os imóveis sejam construídos e entregues”, informou a agência em nota.

TENDAS PROVISÓRIAS

Quando ocorreu o incêndio na favela do Mandela, o Exército e a Defesa Civil montaram tendas ao lado da comunidade, para acolher as famílias enquanto elas aguardam as novas moradias.

De acordo com informação da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), são levadas para as tendas cerca de 200 marmitas diariamente e, em um posto de atendimento improvisado pela SAS no local, são servidas três refeições por dia, sendo café da manhã, almoço e janta. Um freezer com água gelada também fica à disposição da comunidade nessa tenda.

A reportagem do Correio do Estado esteve no local e conversou com lideranças da comunidade e com algumas famílias. Roseli Vieira de Oliveira, 50 anos, que trabalha como diarista, informou que os moradores da favela são bem tratados e recebem três refeições por dia nas tendas provisórias.

“Estamos recebendo as três refeições do dia, mais um lanche da tarde, tem banheiro e recebemos roupas de doações. O que aconteceu recentemente foi que mudaram as tendas de lugar, porque choveu e várias coisas dentro delas ficaram molhadas”.

Mudanças no tempo ao longo dos dias vêm causando transtornos para as famílias que estão no local. A chuva provocou deslizamentos de terra, e a moradora Katiane Iarley, 20 anos, precisou realocar a sua tenda durante a chuva, antes que ela se rasgasse ou caísse. 

“Aqui, basicamente são três famílias por tenda. A minha tenda eu acabei mudando de lugar, porque ela estava caindo em um buraco durante a chuva. Para não estragar, tive que tirar ela de onde estava com a ajuda da Defesa Civil”, relatou Katiane.

A secretaria também informou que 150 colchões foram entregues às famílias no local, para que elas pudessem se acomodar nas tendas. E roupas e demais utensílios básicos vêm sendo doados por entidades privadas, que passam diariamente na comunidade.

Há em torno de oito banheiros químicos e tanques instalados para os moradores lavarem roupas e louças. 

Por meio de parceria, a prefeitura conseguiu realizar a entrega de medicação para quem toma remédio controlado, absorventes e fraldas descartáveis.

MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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SAÚDE

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados da gripe K

Casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1)

20/12/2025 12h00

UPA Tiradentes em Campo Grande

UPA Tiradentes em Campo Grande MARCELO VICTOR

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Ministério da Saúde confirmou três casos da gripe K, nesta sexta-feira (19), em Mato Grosso do Sul.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) identificou a presença do vírus e enviou a amostra para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), onde positivou para o subclado K da Influenza A (H3N2).

Os casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1). Os infectados são:

  • bebê de cinco meses, do sexo feminino
  • mulher de 73 anos
  • homem de 77 anos

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), dois pacientes não apresentavam comorbidades, enquanto um possuía histórico de hipertensão e diabetes.

Apenas um dos casos evoluiu para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com necessidade de internação hospitalar. Atualmente, todos já estão bem, já se recuperaram e estão em casa.

Os três pacientes não possuem registro de viagem internacional, contato com viajantes ou relato de deslocamento para outros estados.

Até o momento, quatro casos foram confirmados no Brasil, sendo três em MS e um no Pará. Após a confirmação, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

Veja a nota compartilhada pelo Ministério da Saúde:

"Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância da Influenza A (H3N2), em especial do subclado K, que, na América do Norte, tem sido mais frequente em países como Estados Unidos e Canadá. A medida ocorre em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados a esse vírus, incluindo países da Europa e da Ásia.

No Brasil, até o momento, foram identificados quatro casos do subclado K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem. A amostra do caso do Pará foi analisada pela Fiocruz/RJ, laboratório de referência nacional, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os laboratórios de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância".

Veja a nota compartilhada pela SES-MS:

"A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa que, considerando a Nota do Ministério da Saúde e o Alerta Epidemiológico emitido pelo Estado, foram detectadas três amostras do subclado K da Influenza A (H3N2) em Mato Grosso do Sul. Ressalta-se que não se tratam de casos suspeitos, uma vez que todos já foram confirmados laboratorialmente por meio de vigilância genômica. As amostras foram inicialmente processadas pelo Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública), que identificou a presença do vírus Influenza A. Conforme os protocolos estabelecidos pela vigilância em saúde, as amostras biológicas foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (SP), laboratório de referência nacional, onde foi realizado o sequenciamento genético que permitiu a identificação do subclado K, uma variante do vírus Influenza A (H3N2).

Quanto à existência de casos suspeitos no estado, a SES esclarece que não é possível afirmar com precisão, uma vez que a Influenza A (H3N2) é um vírus que já circula regularmente. Pessoas com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave podem estar infectadas por diferentes vírus respiratórios, como Influenza A (H1N1 ou H3N2), Influenza B, covid-19 ou outros agentes. A identificação do subclado ou da variante do vírus somente é possível por meio do sequenciamento genético, realizado no âmbito da vigilância laboratorial. Diante da confirmação dos casos, a SES, por meio da Coordenadoria de Emergências em Saúde Pública, emitiu Alerta Epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do estado".

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo. 

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