Aos 94 anos, Hormínio Antunes de Souza morreu nesta sexta-feira (15), em São Paulo, de causas naturais. Conhecido por ser uma figura marcante na história de Bonito, o fazendeiro da região foi imortalizado no nome da antiga “Ponte do Hormínio”, sobre o Rio Formoso.
Na década de 1980, Hormínio era empreendedor visionário, madeireiro e proprietário da Fazenda Rio Formoso, com 2.500 hectares. A ponte que cortava sua propriedade, oferecendo vista para uma belíssima cachoeira e sendo cenário de milhares de fotos e banhos de turistas, acabou ficando conhecida como “Ponte do Hormínio”.
Em março de 2024, após intensa discussão na Câmara Municipal e um abaixo-assinado de moradores, o prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues (PSDB), sancionou leis que alteraram os nomes das duas pontes.
A sobre o Rio Formoso, antes “Ponte do Hormínio”, passou a se chamar “Ponte Rosita Ovando Rodrigues”, homenageando a vizinha de propriedade e também pioneira do turismo. Já a ponte sobre o Córrego Bonito, antes “Ponte do Mateus”, foi renomeada “Ponte Professor Waldemar Martins”.
Ponte do Hormínio que hoje é nomeada por Ponte Dona RositAs homenagens, propostas pelo vereador Ilson Casanova (União Brasil), reconheceram figuras fundamentais no desenvolvimento do turismo local. Pela legislação, não é possível batizar logradouros com o nome de pessoas vivas, razão pela qual Hormínio não foi oficialmente homenageado na ocasião.
Para o jornalista e cidadão bonitense Bosco Martins, Hormínio merece reconhecimento equivalente:
“Ele era uma figura correta e ao mesmo tempo exótica. Lembro-me de quando o conheci, só ouvia histórias sobre aquele homem de 1,90m de altura, cabelos compridos até a cintura, que logo se tornou grande amigo meu e de meu pai, Waldemar. Bonito deve a ele muito do que é hoje. Hormínio Antunes parte, mas a correnteza do Rio Formoso seguirá levando sua história adiante. Hormínio permanecerá vivo na memória e no coração de Bonito", finalizou Bosco Martins.


