Cidades

Acidente na BR-262

Motorista de ônibus é indiciado por acidente que matou duas pessoas na BR-262

A investigação ouviu o trabalhador da companhia de viagem, que foi indiciado nesta segunda-feira (16) pela 1ª Delegacia de Corumbá

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul concluiu a investigação envolvendo o acidente entre um ônibus de viagem e um caminhão de ferragens, e indiciou o motorista do coletivo, de 54 anos por homicídio culposo.

O acidente aconteceu na madrugada de domingo (15), com um ônibus da empresa Andorinha e um caminhão de minério, nas proximidades do km 673 da BR-262. Duas pessoas morreram, e uma criança de 6 anos ficou gravemente ferida.

A investigação foi feita com o auxílio da 1ª Delegacia de Corumbá, que encerrou parte das apurações nesta segunda-feira (16). Segundo o levantamento, imagens do circuito de segurança do ônibus mostram o momento em que o motorista invade a pista contrária.

Tanto o condutor do caminhão quanto o do ônibus foram ouvidos. Ainda conforme as imagens, que não foram divulgadas pela polícia , é possível ver o momento em que o motorista invade a contramão e colide frontalmente com o caminhão de carga que seguia no sentido oposto.

Após a análise, ele foi indiciado pelos crimes de homicídio culposo na direção de veículo automotor e lesão corporal culposa, ambos previstos no Código de Trânsito Brasileiro, em concurso formal,ou seja, enquanto exercia a atividade de transporte de passageiros.

O agravante de o acidente ter ocorrido durante o exercício da profissão pode resultar na pena máxima, que é de nove anos de prisão, além da suspensão da carteira de motorista ou da proibição de dirigir.

Acidente

Durante a madrugada de domingo (15), na BR-262, no trecho entre Miranda e Corumbá, o ônibus invadiu a pista contrária e colidiu com um caminhão que transportava uma carga de minérios.

Duas pessoas não resistiram: a médica Andrezza das Neves Felski, de 27 anos, e Marcelino Florentino Filho, de 84 anos. O acidente ocorreu no local popularmente conhecido como Buraco das Piranhas.

Morador de Campo Grande, Marcelino seguia para Corumbá com o objetivo de conhecer a neta, que havia nascido há vinte dias.

Andrezza era namorada do delegado Elton Alves de Sá Júnior, que atua na 1ª Delegacia do município. A médica, que trabalhava na rede pública, voltava de fériasEla faz parte de uma família tradicional da Cidade Branca.

Outras três pessoas ficaram gravemente feridas, entre elas uma criança de 6 anos, que precisou ser transferida de helicóptero para a Santa Casa de Corumbá. A menina passou por cirurgia e foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande.

Nota de pesar

A Prefeitura Municipal de Corumbá decretou luto de três dias. Leia a nota na íntegra:

“A Prefeitura Municipal de Corumbá decreta luto oficial de três dias em sinal de respeito e solidariedade às vítimas do trágico acidente ocorrido na manhã deste domingo (15), na BR-262, nas proximidades da região conhecida como Buraco das Piranhas.

O acidente, que envolveu um ônibus intermunicipal e um caminhão, resultou na perda irreparável de vidas e deixou pessoas feridas, causando profunda comoção e tristeza em toda a nossa comunidade. Entre as vítimas fatais, está uma médica da rede pública de saúde de Corumbá — profissional exemplar, dedicada, ética e comprometida com sua missão de cuidar e salvar vidas.

Neste momento de imensa dor, a Prefeitura de Corumbá se solidariza com os familiares, amigos, colegas de trabalho e todos os impactados por essa tragédia. A gestão municipal está mobilizada, por meio de sua rede de serviços e assistência, para prestar todo o suporte necessário às famílias das vítimas e aos feridos.

Reafirmamos nosso compromisso em colaborar com as autoridades competentes, oferecendo todo o apoio necessário neste momento tão difícil para a nossa cidade.”

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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