Cidades

MATO GROSSO DO SUL

MPE exige demissão de advogado contratado sem licitação por câmara

Profissional, que recebe cerca de R$ 14.250,00 mensais, foi contratado sem processo licitatório para cargo de assessor jurídico, do qual a Casa de Leis já possui dois

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu inquérito para apurar contratação suspeita de advogado feita sem licitação pela Câmara de Vereadores de Rio Brilhante, município a 161 quilômetros de Campo Grande.

Segundo documentos do órgão fiscalizador, a Casa de Leis contratou por inexigibilidade de licitação "pessoa jurídica especializada em direito público para atuação junto aos procedimentos em tramitação no âmbito do Ministério Público e do Tribunal de Contas, bem como assessoramento jurídico e consultivo ao Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Rio Brilhante/MS em demandas de alta complexidade”.

Diante disso, a sociedade do advogado Igor de Melo Souza foi contratada com salário mensal de R$ 14.250,00 e R$ 171.000,00 anuais. De acordo com o MPMS, não há justificativa para tal admissão sem licitação, já que não há natureza singular no serviço prestado.

Ainda, o órgão ressalta que, recentemente, a Câmara de Rio Brilhante realizou um concurso onde foram aprovados dois Procurados Jurídicos, com salários iniciais de R$ 10.633,91, e um Controlador Interno, com remuneração de R$ 6.587,49. Além disso, a Casa de Leis já possui dois comissionados realizando a função de assessor jurídico, não havendo necessidade da contratação de mais um.

Diante dos fatos apresentados, o MPE recomendou ao Presidente da Câmara Municipal, José Maria Caetano de Souza, que anule a contratação do referido advogado e ressaltou que a Casa de Leis não realize novas admissões de escritórios de advocacia que “não escapem à rotina do órgão contratante e da própria estrutura de advocacia pública que o atende”.

Porém, segundo o presidente da Câmara, em resposta enviada ao inquérito instaurado pelo MPE, disse que não adotará a rescisão do contrato vigente, alegando que a inexigibilidade de licitação atendeu integralmente aos requisitos legais, que não houve recomendação formal ou determinação judicial que imponha a demissão do advogado, e que o assessoramento jurídico especializado é essencial para o bom funcionamento das atividades legislativas.

Continuando a justificativa, José Maria Caetano afirma que a empresa já havia sido contratada em fevereiro de 2022, teve seu contrato prorrogado no ano seguinte dentro dos limites legais e, em dezembro de 2024, teve o contrato rescindido sob determinação do Ministério Público, mesmo "inexistindo qualquer indício de irregularidade".

Em janeiro de 2025, a empresa foi contratada novamente, com "escopo reduzido e mais específico, a fim de delimitar ainda mais a atuação da assessoria jurídica".

Mesmo assim, o órgão fiscalizado abriu Inquérito Civil e, caso a demissão não ocorra no prazo de 10 dias, o Ministério Público irá tomar medidas legais perante tal situação, podendo entrar até com processo judicial contra a Câmara do município.

CAMPO GRANDE

Um caso parecido aconteceu essa semana na Câmara Municipal de Campo Grande. Embora também tenha procuradoria jurídica própria, a Casa de Leis da capital contratou, por R$ 300 mil, o escritório Bastos, Claro & Duailibi Adogados Associados para prestação de serviços técnicos profissionais.

A contratação foi feita sem licitação sob o argumento de que se trata de escritório especializado em “assessoria jurídica relativa ao Direito Público, de natureza complexa, em licitações e contratos, bem como assessoria jurídica em todos os atos relacionados ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul e aos interesses da Câmara Municipal atinentes ao artigo 168 da Constituição de 1988”.

O extrato publicado nesta segunda-feira não informa o prazo de validade do contrato, mas supondo que seja por um ano, o escritório que vai receber R$ 25 mil mensais.

Ele “ficou famoso” durante a operação Ultima Ratio, desencadeada  pela Polícia Federal em 24 de outubro do ano passado e que até agora mantém afastados quatro desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

Umas das sócias é Camila Cavalcante Bastos, filha do desembargador afastado Alexandre Aguiar Bastos. Por conta de seu envolvimento no escândalo, ela renunciou ao cargo de vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) e nem mesmo participou da chapa que venceu a disputa no fim do ano passado. 

Mas o escritório contratado pelo presidente da Câmara, Epaminondas Neto (PSDB), mais conhecido como Papy, tem outra sócia ilustre. Trata-se de Katia Regina Bernardo Claro, que vem a ser esposa do presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP). 

Tanto Bastos quanto Claro eram sócios do escritório de advocacia, mas por conta de seus cargos públicos passaram suas participações para a filha e a esposa, respectivamente. Porém, conforme a investigação da Ultima Ratio, boa parcela do dinheiro faturado pelo escritório continuava indo para a conta pessoal do desembargador.

Quatro dias depois dessa contratação suspeita, na quinta-feira (27), a Câmara realizou contratação da empresa Pedro Garcia Advogados Associados, novamente sem licitação, no valor de R$ 180.000,00.

*Colaborou Neri Kaspary

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Secretaria do Meio Ambiente

Governo estabelece a implementação de sistema para divulgação de informações geográficas do estado

O "MS em Mapas" tem como objetivo consolidar as informações geoespacializados nos municípios de Mato Grosso do Sul em uma ferramenta interativa.

01/04/2025 17h41

Governo estabelece a implementação de sistema para divulgação de informações geográficas do estado.

Governo estabelece a implementação de sistema para divulgação de informações geográficas do estado. ResearchGate

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A Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) estabeleceu a implementação de um sistema para divulgação de informações para referências geográficas de Mato Grosso do Sul, o “MS em Mapas”. A implementação do sistema foi oficializada no Diário Oficial desta terça-feira (1º). 

A necessidade da implementação desse sistema acontece considerando a importância de divulgar dados socioeconômicos, de infraestrutura, meio ambiente, da indústria e do agronegócio de modo a fomentar um ambiente propício a investimentos e iniciativas inovadoras no Estado, além de promover a acessibilidade e a transparência das informações geoespaciais para investidores, gestores e a sociedade em geral através de um aplicativo centralizado e interativo. 

De acordo com o Diário, o “MS em Mapas” tem como objetivo “consolidar as informações geoespacializados nos municípios de Mato Grosso do Sul em uma ferramenta interativa de apoio a investidores, empreendedores e demais interessados em oportunidades no estado”. 

O responsável pela gestão estratégica do sistema será a SEMADESC, sendo responsável por definir as diretrizes para seleção, apresentação e atualização das informações a serem disponibilizadas no sistema, fomentar a interação entre o "MS em Mapas" com outros portais de informação do Governo do Estado, além de supervisionar o cumprimento das políticas de gestão de dados e de segurança da informação aplicáveis ao sistema. 

A utilização do "MS em Mapas" será útil para oferecer suporte à tomada de decisões para empreendedores e público geral que queira investir no Estado, promover análises baseadas em dados, facilitando o acesso e análise comparativa entre diferentes municípios e também disponibilizar informações integradas sobre demografia, socioeconomia, infraestrutura, agricultura e indústria, atraindo investimentos para o desenvolvimento sustentável da nossa região. 

Ainda segundo a publicação no Diário Oficial, “o sistema MS em Mapas integrará informações geoespaciais, promovendo maior precisão e agilidade na comparação de dados, no desenvolvimento econômico sustentável e no apoio à perspectivas de investimentos no Estado de Mato Grosso do Sul”. 
 

PARALISAÇÃO

Entregador ignora greve dos motoboys e é agredido em Campo Grande

O trabalhador decidiu continuar as entregas e foi impedido por outros entregadores

01/04/2025 17h25

Paralização reuniu aproximadamente 50 entregadores na Capital

Paralização reuniu aproximadamente 50 entregadores na Capital FOTO: Gerson Oliveira

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Nesta terça-feira (1º), um entregador foi agredido no estacionamento do Shopping Norte Sul Plaza, em Campo Grande.

Conforme vídeos divulgados nas redes sociais, o trabalhador decidiu não acompanhar os colegas na paralisação, e seguiu trabalhando normalmente, porém foi impedido.

O vídeo divulgado no Instagram mostra um outro entregador inconformado com o fato de o colega continuar as entregas mesmo com a greve.

Ele pega o pacote que seria entregue da mão do motoboy, empurra o colega ao chão, e o trabalhador passa a ser alvo de chacota por outros manifestantes, além de ser impedido de realizar a entrega e trabalhar.

Veja o vídeo:

Para a imprensa, o Norte Sul Plaza afirmou que condena qualquer tipo de violência e está à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações, caso necessário, mas ressaltou que o incidente ocorreu fora das dependências do shopping.

PARALISAÇÃO

Conforme divulgado na segunda-feira (31), pelo Correio do Estado, aproximadamente 50 moto entregadores realizaram uma motociata pedindo melhores condições de trabalho nas principais plataformas de serviço de delivery, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega.

O movimento "Breque Nacional dos Apps 2025" foi convocado por trabalhadores de aplicativos de entregas em diversas cidades do país. Entre as principais pautas estão:

  • Aumento da taxa mínima de entrega para R$ 10,00;
  • Reajuste do valor por quilômetro rodado de R$1,50 para R$ 2,50;
  • Limitação das rotas de bicicleta a um máximo de 3 km;
  • Pagamento integral da taxa por entrega, sem redução em pedidos agrupados.

Esse movimento também busca dar continuidade às pautas e discussões entre as plataformas digitais e os representantes dos trabalhadores no ano de 2024, mas que não avançaram para resoluções que agradassem os entregadores.

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