O juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande, marcou para 2 de fevereiro, daqui duas semanas audiência com o ex-presidente da Santa Casa de Campo Grande, Heitor Freire, denunciado pelo Ministério Público Federal por ter supostamente obstruído investigação de assédio moral e discriminação de empregados do maior hospital da cidade.
Primeiro, a denúncia de assédio moral foi protocolada no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 24ª Região, daí o caso foi para as mãos do procurador da República Alexandre Aparizi, que propôs a apelação.
Trecho da denúncia relata que o ex-presidente do hospital teria rejeitado à ideia de repassar ao MPF a relação dos funcionários, seus telefones e endereços.
"Nos termos do art. 78, § 1º, da Lei 9.099/1995, designo audiência de instrução e julgamento para o dia 02/02/2023, às 13h30min, a ser realizada presencialmente na sala de audiências desta 5ª Vara Federal Criminal", é parte da determinação do juiz federal.
O QUE DIZ HEITOR
Em conversa com o Correio do Estado, por telefone, na tarde desta sexta-feira (20) Heitor Freire confirmou ter sido citado para a audiência, mas preferiu "manifestar-se somente nos autos". Disse, ainda, o ex-presidente da Santa Casa que manteria o silêncio para evitar "distorções acerca do caso". Adiantou, apenas, que o inquérito contra ele seria "inadequante".
O HOSPITAL
A Santa Casa de Campo Grande é o maior hospital de MS e, segundo último relatório sobre suas atividades publicado no site, efetua uma média de 1,5 milhão de procedimento anuais entre os quais internações, atendimentos de urgência e emergências, cirurgias e exames.
No lugar de Freire, por meio dos votos dos associados, venceu a eleição e comanda hoje o hospital a advogada Alir Terra Lima, primeira mulher a chefiar o hospital, que funciona já há um século.


