São Paulo
O caso Alstom será alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo. O objetivo do procurador do MPF Rodrigo de Grandis, designado para este trabalho, é saber se a empresa de engenharia francesa - que já vem sendo alvo de investigação por autoridades da França e Suíça e pelo Ministério Público Estadual de São Paulo, por suspeição de pagamento de propina para vencer licitações de compra de equipamentos para obras de expansão do Metrô paulista nos anos de 1995 a 2003 - cometeu crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro no Brasil.
De acordo com a assessoria do MPF em São Paulo, o procedimento administrativo sobre o caso Alstom está sob sigilo e o procurador Rodrigo de Grandis deverá se pronunciar apenas quando tiver concluído a investigação. No Ministério Público Estadual paulista, além da investigação sobre o eventual pagamento de propina para as obras de expansão do Metrô, outros contratos da empresa francesa com empresas do Governo paulista, como a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP, privatizada há dois anos), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Eletropaulo e Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), também devem ser investigados.