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MPMS reabre licitação milionária para aluguel de 760 Iphones

Previsão é de que sejam gastos R$ 15,9 milhões em cinco anos de contrato. Exigência é de que sejam iphones 16 ou 17. A cada dois anos terão de ser trocados

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Duas semanas depois de cancelar o pregão anterior, o Ministério Públco de Mato Grosso do Sul relançou nesta quinta-feira (30) o pregão eletrônico que prevê o aluguel de 760 iphones para serem distribuídos entre, procuradores, promotores e outros servidores da instituição. 

A previsão é de que o custo mensal seja de R$ 265,19 mil e ao final de cinco anos o gasto com os aparelhos, que terão de ser iphone 16 ou uma versão ainda mais atualizada, chegará a R$ 15.911.820,00. E isso sem conbabilizar os reajustes anuais, que terão como base a inflação oficial do setor. 

Além de exigir aparelhos de última geração, o termo de referência do pregão eletrônico, cujas propostas iniciais devem ser abertas no dia 17 de novembro, prevê que os aparelhos sejam trocados a cada dois anos por equipamentos mais modernos. Os "velhos" serão devolvidos à empresa que vencer a licitação. 

Conforme o edital, todos os aparelhos terão de estar habilitados com internet com com capacidade de 80 gigabites e acesso ilimitado a redes sociais. Dos 760 aparelhos, dez terão acesso a pacote de dados internacional.

E, embora os salários mensais dos cerca de 1,2 mil servidores do MPMS varie entre R$ 15 mil e até R$ 200 mil, não existe previsão de que a cedência dos aparelhos seja descontado dos vencimentos. Em setembro a apple lançou a última versão do iphone, o 17, e seu custo médio está entre oito e nove mil reais nas lojas brasileiras. 

O pregão anterior já estava nas fases finais e até com proposta financeira, apresentada pela TIM, que estava disposta a oferecer as linhas e aparelhos por R$ 13,2 milhões.

Porém, no último dia 14 a instituição informou o "desfazimento da licitação", sem dar detalhes sobre as motivações que levaram a isso.

CONTESTAÇÃO

O Ministério Público tem em torno de 250 promotores e procuradores na ativa e o fato de a instituição estar contratando serviço para 760 aparelhos chamou a atenção do advogado Ricardo Feltrin, de Dourados. Ele denunciou a licitação ao Conselho Nacional do Ministério Público exigiu o cancelamento do certame. 

“A escolha por aparelhos de luxo, sem justificativa objetiva, contraria os princípios constitucionais da legalidade, moralidade, eficiência e economicidade. É um ato que fere a confiança da população e a própria missão do Ministério Público, que deve primar pelo zelo com o dinheiro do povo”, escreveu o advogado. 

Para ele, não existe “demonstração clara da necessidade técnica de tais aparelhos por afrontar, em tese, princípios previstos no art. 37 da Constituição Federal”. Este artigo diz que A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 

Porém, até agora ele não tem conhecimento sobre o resultado desta reclamação que fez ao Conselho. "A denúncia no CNMP está parada desde 22 de setembro, quando o MPMS respondeu. E eu não tive acesso a esta resposta porque fiz a denúncia anônima. Cheguei a enviar e-mail ao conselho pedindo acesso, por ser de interesse público, mas negaram acesso", informou o advogado nesta quinta-feira (30).

"Inclusive gostaria que, e possível, como imprensa, vocês tentassem obter acesso, pois a íntegra do processo não está pública no sistema", afirmou o denunciante.

O QUE DIZ O MPMS

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) informa que o novo edital prevê a racionalização do serviço de telefonia móvel, considerando a estrutura funcional, composta por 943 servidores e 256 membros. O quantitativo de aparelhos foi definido para garantir a cobertura mínima necessária aos serviços institucionais, observando critérios de segurança da informação, natureza das atribuições, disponibilidade de plantão, atuação em campo, qualidade dos registros nas investigações e outras exigências técnico-operacionais.

O contrato prevê o comodato de aparelhos celulares sob demanda, de forma que o MPMS pagará apenas pelo que efetivamente utilizar.

A escolha dos aparelhos considerou a diversidade das atribuições do MPMS, que exige constante conectividade para acesso a sistemas institucionais, comunicação com outras entidades e realização de diligências. Dispositivos modernos possibilitam agilidade na comunicação, acesso remoto a informações processuais e administrativas, documentação de evidências com fotos e vídeos de alta qualidade, e segurança da informação. Além disso, apoiarão operações de combate a crimes organizados e à corrupção, garantindo eficácia na produção de elementos probatórios.

A medida visa aprimorar a comunicação institucional, permitindo maior celeridade nas intimações e notificações judiciais e extrajudiciais, e apoiar projetos estratégicos, como o “Alô Maria da Penha”, que fortalece a proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e articula a rede de órgãos de segurança e justiça para respostas ágeis e efetivas.

 

PREVISÃO

Calor extremo e chuva marcam a virada do ano em Campo Grande

No interior, temperaturas devem chegar a 41°C em Corumbá no primeiro dia do ano e se misturam com pancadas de chuva e possível queda de granizo

28/12/2025 17h30

última semana do ano em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas deve ser de calor extremo e chuva

última semana do ano em Campo Grande, Dourados e Três Lagoas deve ser de calor extremo e chuva Foto: Marcelo Victor/Correio do Estado

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Semana da virada do ano em Campo Grande deve ser marcada por temperaturas de até 37°C, pancadas de chuvas e até possibilidade de granizo, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Na segunda-feira (29) são esperadas muitas nuvens com pancadas de chuva, com possibilidade de granizo durante o dia inteiro. As temperaturas devem variar entre 23°C e 36°C.

No dia seguinte, na terça-feira (30), as temperaturas devem cair um pouco, com variação de 24°C e 32°C, enquanto o dia deve ser com muitas nuvens com chuva isolada.

No Réveillon, quarta-feira (31), o termômetro deve atingir 37ºC, com mínima de 24°C, calor que deverá ser acompanhado de pancadas de chuva e possível queda de granizo.

Para começar 2026, o primeiro dia do ano também será com muitas nuvens, pancadas de chuva e trovoadas, e temperatura máxima de 36°C e mínima de 23°C.

A umidade do ar deve ficar entre 40% e 100%, o que é considerado ideal pelos especialistas, enquanto os ventos não devem ser intensos, com nível fraco ou moderado durante a semana.

Interior

Na maior cidade do interior do Estado, Dourados deve ter registros semelhantes ao da Capital, com pancadas de chuva durante a semana e possibilidade de granizo. As temperaturas variam entre 23°C e 35°C, com umidade do ar de 40% a 100% e ventos fracos.

Em seguida, os corumbaenses devem viver o 'auge' do calor extremo no dia 1°, com 41° de máxima prevista. Enquanto isso, no decorrer da semana, Corumbá vai acompanhar Campo Grande e Dourados com pancadas de chuva e possibilidade de granizo, além de trovoadas.

Saiba

Neste sábado (27), Paranaíba, Três Lagoas e Água Clara ficaram entre as 20 cidades mais quentes do País, com registros que passaram dos 37°C. Essa onda de calor em todo o Estado estava prevista desde o dia 23 pelo Inmet e deve durar até a noite desta segunda-feira (29).

Mesmo que o avise termine amanhã, a instituição recomenda atenção redobrada durante a semana, sobretudo nos dias de maior instabilidade, além de cuidados com o calor intenso, como hidratação constante e proteção contra o sol.

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Cidades

OAB-MS diz que adotará medidas após prisão de advogado

A Ordem pontuou as prerrogativas da advocacia na profissão e afirmou que irá garantir que nenhum defensor tenha seus direitos violados

28/12/2025 17h00

Reprodução OAB-MS

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A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul (OAB-MS), informou, por meio de nota, que adotará as medidas cabíveis após a prisão de um advogado durante o exercício da função.

A prisão ocorreu na quinta-feira (25), enquanto o defensor acompanhava um cliente durante um interrogatório.

O episódio gerou uma nota de repúdio da Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul (Adepol-MS), que afirmou que a situação ocorreu porque o advogado teria "elevado o tom de voz".

"O referido advogado compareceu à unidade policial durante o plantão para atuar na 
para atuar na defesa de seu cliente, preso em flagrante pelo crime de estupro de vulnerável, ocasião em que passou a destratar, elevar o tom de voz e gritar com a Autoridade Policial, em razão de discordância quanto ao entendimento jurídico adotado no caso".

"O advogado foi devidamente orientado pelo Delegado de Polícia acerca dos momentos processuais adequados e das formas legais de atuação, bem como advertido de que sua conduta configurava crime de desacato. Ainda assim, persistiu no comportamento ofensivo, razão pela qual foi dada voz de prisão em flagrante e lavrado o respectivo Termo Circunstanciado de Ocorrência.

Ressalte-se que tais atitudes extrapolam completamente os limites do exercício das prerrogativas da advocacia, configurando ofensa à honra funcional e pessoal da Autoridade Policial, além da prática de ilícito penal. Diante da gravidade dos fatos, além das medidas necessárias à devida responsabilização criminal, o caso será encaminhado ao Departamento Jurídico da ADEPOL-MS para a adoção das medidas cíveis cabíveis, inclusive análise de pertinência de propositura de ação indenizatória por danos morais, bem como à Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul, para apuração e aplicação das medidas disciplinares pertinentes.

A ADEPOL-MS reafirma que permanece vigilante e atuante na defesa intransigente das prerrogativas, da honra e da dignidade de seus associados, não admitindo, sob qualquer hipótese, ataques pessoais, institucionais ou tentativas de desmoralização da carreira de Delegado de Polícia. Nenhum de nós está sozinho", diz a nota da Adepol.

A OAB-MS por sua vez, reafirmou o direito dos advogados garantidos por lei, e que não irá admitir que o exercício da profissão seja criminalizado. Para tanto, irão tomar medidas cabíveis.

Leia a nota na íntegra:

"A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul vem a público se manifestar sobre "Nota de Repúdio" lançada pela Adepol MS em relação a situação ocorrida entre Advogado e Delegado plantonista da CEPOL. A OAB/MS reafirma que as prerrogativas da advocacia são garantias legais inegociáveis e que jamais admitirá a criminalização do exercício da Advocacia, como infelizmente ocorreu no caso, sendo inadmissível a violação das prerrogativas de advogado que estava exercendo o seu trabalho.

A OAB MS esteve presente no ato representada pela Comissão de Defesa de Prerrogativas e seguirá sempre defendendo, contra quem quer seja, o exercício pleno e legítimo da Advocacia, sendo certo que adotará as medidas cabíveis para tanto".
 

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