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Justiça afasta diretoria de sindicato após denúncia do MPT por desvios e irregularidades

A Justiça do Trabalho decidiu afastar imediatamente a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado (SINTTEL/MS), após indícios de irregularidades na gestão de recursos

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Após pedido do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS), a Justiça do Trabalho decidiu afastar imediatamente a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado (SINTTEL/MS), após indícios de irregularidades na gestão de recursos. 

Segundo o MPT, há provas sobre a apropriação indevida por parte do atual presidente, Jefferson Borges Silveira, do ex-presidente do sindicato, Rafael Gonzales, e de outros dois diretores, Adão Farias Alves e João Batista da Silva. 

A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens dos diretores e da empresa Arena Garden que, segundo os autos, é vinculada a João Batista da Silva. 

A decisão liminar acolheu integralmente os pedidos formulados pelo MPT em uma ação pública julgada no dia 1º de abril, subscrita pelo Procurador do Trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes. 

A juíza do Trabalho substituta Ana Paola Emanuelli Balsanelli concedeu a liminar considerando haver "elementos que, neste momento processual, sugerem que o montante de R$6.842.018,24, decorrente de sentença coletiva, foi integralmente recebido pelo sindicato por meio de seu advogado constituído e repassado a contas pessoais dos dirigentes sindicais, à margem de qualquer controle institucional ou prestação de contas transparente". 

Desvios e ilegitimidade

O MPT denunciou que, do valor que ultrapassa R$6 milhões, 70% designados a trabalhadores substituídos não teriam sido repassados ou teriam sido entregues com deduções não justificadas, acompanhadas de orientação do sindicato para que os beneficiários omitisse o recebimento ao Fisco.

Foram constatados, também, transferências indevidas dos 30% restantes que, conforme previsto na assembleia dos trabalhadores, deveriam ser revertidos para o fortalecimento do sindicato. 

Porém, parte do recurso teria sido transferido diretamente aos próprios dirigentes e à empresa Arena Garden, o que indica forte indício de desvio dos recursos e má-fé na condução da entidade. 

Para Ana Paola, foi evidenciado o abuso do poder sindical por parte do SINTTEL/MS, considerando que a mesma diretoria se mantém no comando da entidade por mais de 20 anos, "alternando cargos e blindando práticas antidemocráticas", finalizou a magistrada. 

Vale destacar que o sindicato encontra-se com cadastro inativo junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, revelando ilegitimidade representativa e o não cumprimento de obrigações mínimas para o exercício da atividade sindical.  
 

MORTE DO PAPA

Nas redes sociais, políticos de MS lamentam morte de Papa Francisco

O governador Eduardo Riedel afirmou que recebeu com tristeza a notícia do falecimento do Santo Padre

21/04/2025 11h30

Papa Francisco

Papa Francisco FOTO: Divulgação

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A morte do Papa Francisco, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (21), impactou pessoas de todo o mundo, entre religiosos, políticos, representantes de igrejas católicas e adoradores. Diante disso, diversas figuras políticas lamentarem o falecimento nas redes sociais.

Em Mato Grosso do Sul, o governado Eduardo Riedel (PSDB), publicou nota em suas redes sociais, na manhã de hoje (21), lamentando a morte do Papa Francisco e destacou o exemplo deixado pelo pontífice.

Em nota, Riedel afirmou que recebeu com tristeza a notícia do falecimento do Santo Padre, o Papa Francisco. Segundo ele, seu pontificado foi marcado pela humildade, simplicidade e compromisso com as causas sociais. “Como primeiro papa latino-americano e jesuíta, deixou um legado de fé, amor ao próximo e busca por uma igreja mais inclusiva. Que seu exemplo continue a nos inspirar a viver os ensinamentos de Cristo”, disse.

Nas redes sociais, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também se manifestou lamentando o falecimento. “Que os senhores da guerra se sensibilizem ante o aceno pacificador do Papa Francisco, que de todos os telhados de poder saia uma fumaça branca e que à janela anunciem, finalmente: HABEMUS PAZ! Amém!”, escreveu ela.

A deputada federal, Camila Jara postou um vídeo nas redes sociais, relembrando a última mensagem do Papa Francisco ao mundo, quando ele foi questionado sobre ‘o que acontece após a morte?’. Na ocasião, o pontífice respondeu: Não podemos estacionar nossos corações nas ilusões deste mundo, nem fechá-lo na tristeza; temos de correr, cheios de alegria”, disse.

No post, Camila lamentou o falecimento do Papa e afirmou que seus ensinamentos sobre justiça social e bom humor acompanharão todos que lutam por um mundo mais humano e menos desigual. “Descanse em Paz, Santo Padre”, finalizou.

Colega de partido de Jara, o deputado estadual Pedro Kemp também lamentou a morte, e afirmou que, ao longo da caminhada de fé, o Papa deixou um legado de humildade fé e esperança. Veja o texto:

Lamento profundamente a morte do querido Papa Francisco, um pontífice de hábitos simples, profeta da esperança, que se empenhou em favor da dignidade dos mais pobres e rejeitados da sociedade, promoveu mudanças significativas na Igreja para aproximá-la mais do Evangelho, denunciou as injustiças do modelo econômico excludente e exortou pela preservação do meio ambiente, nossa casa comum. Gratidão Francisco! Siga na paz do Ressuscitado!

Com tristeza, Gleice Jane, deputada estadual de Mato Grosso do Sul também se despediu, e desejou que os ensinamentos de Francisco sejam inspiração. “. Uma voz firme em defesa dos povos indígenas, da dignidade humana e da justiça social. Seu legado ecoa nas lutas que também carregamos: cuidar de quem mais precisa e construir um mundo mais justo para todas e todos. Que sua mensagem continue a nos inspirar”.

O também deputado estadual Coronel David, afirmou que o mundo amanheceu silencioso e com tristeza se despediu de um exemplo de santidade. Leia:

Um pastor humilde, servo dos servos de Deus, que com coragem, ternura e fé nos guiou pelo caminho do Evangelho. Seu exemplo de amor aos pobres, compromisso com a paz e defesa da dignidade humana jamais será esquecido. Como disse Jesus a Pedro, o primeiro Papa: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mateus 16,18) Que o Espírito Santo o acolha na eternidade, e que sua vida continue a inspirar a Igreja a ser cada vez mais viva, misericordiosa e fiel a Cristo. Descanse em paz, Santo Padre.

Nas redes sociais, a senadora Tereza Cristina destacou o legado espiritual do padre e salientou a partida logo após o domingo de Páscoa. “O primeiro líder latino-americano da Igreja Católica, sempre conectado ao mundo atual, pregou a tolerância, o fim dos conflitos e desigualdades, sem esquecer do cuidado com o planeta. Seu legado espiritual é imenso para todos os povos e religiões! O momento da sua partida, em plena Páscoa, é digno de nota e conforta nossa tristeza”, escreveu.

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Morte do Papa

Saiba como vai funcionar o funeral do Papa Francisco

Ritos após a morte do papa podem levar até 6 dias e são seguidos por 9 dias de luto

21/04/2025 11h15

Papa Francisco

Papa Francisco

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O falecimento do papa Francisco, ocorrido na manhã desta segunda-feira (21), marca o início de um dos ritos mais solenes e simbólicos da Igreja Católica.

O funeral do papa, no entanto, será diferente dos anteriores: em 2024 Francisco determinou mudanças profundas no protocolo, priorizando a simplicidade e rompendo tradições seculares.

Saiba como vai funcionar:

Início dos ritos

O ritos que dão início ao velório do papa Francisco começam ainda nesta segunda-feira.

Às 14h (horário de Brasília), ocorre a missa de sufrágio do papa, que será realizado pelo cardeal Baldo Reina na Basílica de São João Latrão, em Roma.

Em seguida, às 14h30, o Vaticano rezará o terço por Francisco na Praça de São Pedro.

Já às 15h, será realizado o rito de constatação da morte e deposição do corpo de Francisco no caixão. A cerimônia ocorrerá na capela privada do papa, na Capela de Santa Marta, e será presidida pelo camerlengo Farrell.

Constatação da morte

O processo começa a partir da confirmação oficial da morte pelo camerlengo, cardeal responsável por administrar a Igreja durante o período de Sé Vacante.

O camerlengo chama o papa pelo nome três vezes; sem resposta, a morte é declarada oficialmente. Em seguida, o Anel do Pescador, símbolo do papado, é destruído para marcar o fim do pontificado.

Velório público

A partir da manhã de quarta-feira (23), o corpo será levado em procissão até a Basílica de São Pedro.

Diferente dos papas anteriores, o corpo não passará pelo Palácio Apostólico e ficará exposto em um caixão simples de madeira revestido de zinco, diretamente sobre o solo da Basílica — não em uma plataforma elevada.

O caixão permanecerá aberto até a véspera do funeral, permitindo que fiéis se aproximem e prestem suas homenagens.

Durante três dias, a Basílica estará aberta para visitação pública, com orações e celebrações litúrgicas constantes. 

Missa de exéquias e sepultamento

A missa de exéquias, ou missa de corpo presente, será celebrada na Praça de São Pedro, ao ar livre, presidida pelo cardeal decano do Colégio dos Cardeais.

A cerimônia contará com a presença de líderes religiosos, autoridades e multidão de fiéis.

A data da cerimônia ainda será definida pelo Colégio dos Cardeais, mas deve ocorrer entre o quarto (24) e o sexto (26) dia a contar da morte do cardial.

Ao final da missa, o caixão será levado em procissão para a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, local escolhido pessoalmente por Francisco para seu sepultamento — rompendo uma tradição de mais de um século, já que papas costumavam ser enterrados nas criptas da Basílica de São Pedro.

O túmulo ficará acessível ao público para visitas e orações.

Novendiales

Após o sepultamento, a Igreja Católica observa o período de novendiales: nove dias consecutivos de missas e orações em sufrágio pela alma do papa, tanto no Vaticano quanto em dioceses do mundo inteiro, incluindo o Brasil.

Transmissão no Brasil

O funeral do papa Francisco será acompanhado por transmissões ao vivo na TV Aparecida, com cobertura em tempo real pela internet.

A missa de exéquias, em especial, será transmitida para todo o país, permitindo que milhões de fiéis brasileiros participem à distância desse momento histórico.

Conclave

O conclave, que é o processo de eleição do novo papa, deve começar entre 15 e 20 dias após a morte do papa.

Esse intervalo foi estabelecido para permitir que todos os cardeais eleitores — aqueles com menos de 80 anos — tenham tempo suficiente para chegar a Roma, vindos de diferentes partes do mundo.

Durante esse período, a Igreja Católica passa por uma fase chamada sé vacante, em que o Vaticano é administrado temporariamente pelo camerlengo e pelo Colégio dos Cardeais, enquanto são realizados os ritos fúnebres e o funeral do papa falecido. 

Somente após esses ritos e a chegada dos cardeais é que o conclave é iniciado, dentro do prazo de 15 a 20 dias, conforme determinam as normas vigentes da Igreja Católica.

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