Cidades

PANDEMIA

Mato Grosso do Sul cogita comprar vacina do Butantan para grupo de risco

Governo está em conversas com a gestão paulista e pode selar parceria por doses da Coronavac

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Mato Grosso do Sul não descarta comprar a vacina contra a Covid-19 feita pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. 

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) está em conversa com o chefe do executivo paulista, João Dória, de mesmo partido.

Conforme Resende, o Estado aguarda que o Ministério da Saúde compre também a Coronavac, mas afirmou que, caso isso não ocorra, Mato Grosso do Sul já cogita a compra para uma parcela da população.

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“Não vamos ficar de braços cruzados, o governador já fez uma conversa com o governador Dória, vamos tentar pelo Ministério da Saúde, mas se não vier vamos comprar, nem que seja para a população de maior risco”, declarou o secretário.

Para Resende, ainda há esperança de que o governo federal mude a postura e adquira também esta vacina, que tem previsão para começar a ser aplicada já em janeiro deste ano.

“Não queremos participar do desmoronamento do Programa Nacional de Imunização, queremos manter a linha que o Brasil construiu, mas queremos que o Ministério da Saúde compre as doses”, pede.

Para os estados que aderirem a Coronavac, segundo o coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabardo, as doses deverão começar a ser aplicadas na mesma data que o cronograma paulista.

SÃO PAULO

Ontem, o governador João Dória afirmou que pedirá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) um registro emergencial para vacinação da população de São Paulo.

De acordo com o cronograma lançado pelo governo paulista, a vacinação já se inicia no dia 25 de janeiro para pessoas do grupo de risco, que incluirá idosos, profissionais de saúde, indígenas e quilombolas.  

Outro diferencial é que não apenas pessoas residentes em São Paulo receberão a vacina, mas sim todos que pertencerem a algum dos grupos de risco e que foram ao estado.

A aplicação está condicionada à apresentação dos resultados de eficácia da vacina, o que ainda não ocorreu. O Butantan promete divulgar os dados de eficácia até 15 de dezembro e entrar de imediato com pedido de registro.

Conforme o cronograma de São Paulo, os profissionais de saúde, indígenas e quilombolas, um total de 1,5 milhão de pessoas naquele estado, receberão as primeiras doses, a partir do dia 25 de janeiro. Serão duas doses por pessoa, com intervalo de 21 dias entre elas.

A partir do dia 8 de fevereiro, serão imunizados os idosos com 75 anos ou mais. Na semana seguinte, a partir do dia 15 de fevereiro, será a vez dos idosos entre 70 a 74 anos. A partir de 22 de fevereiro, receberá a imunização a faixa etária de 65 a 69 anos. 

Por fim, no dia 1º março, começarão a ser vacinados os indivíduos de 60 a 64 anos. No grupo de idosos, serão 7,5 milhões de imunizados em São Paulo.  

O governo paulista não informou como será a vacinação dos demais grupos de risco da Covid-19, como portadores de doenças crônicas.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Na semana passada, o Ministério da Saúde divulgou um cronograma preliminar de vacinação contra a Covid-19, em que indica a compra de apenas um imunizante desenvolvido pelo laboratório britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

A Câmara Federal aprovou na quarta-feira (2) a medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a compra, processamento e distribuição de 100 milhões de doses de vacina contra a Covid-19.

O recurso será destinado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que receberá a tecnologia de Oxford para a fabricação.

Esse imunizante, porém, segundo o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, só deverá estar disponível para vacinação a partir de março de 2021, ou seja, dois meses depois que a Coronavac.

O governo federal também tem um acordo multilateral com a Covax Facility, consórcio que envolve vários países e a Organização das Nações Unidas (ONU), no valor de R$ 2,5 bilhões, cujos recursos serão encaminhados por meio de medida provisória. 

Segundo Pazuello, isso possibilitará a produção de vacinas de maneira autônoma no País a partir do segundo semestre de 2021. O imunizante a ser adquirido pelo grupo ainda não foi escolhido.

Apesar de não descartar a compra de outras vacinas em testes no Brasil, como a Coronavac e a da Johnson & Johnson, o Ministério da Saúde ainda não demonstrou que vai adquirir esses outros medicamentos para serem distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

PRIORIDADES

Conforme o Ministério da Saúde, a vacinação, quando ocorrer, deve ser em quatro fases, obedecendo a critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses pelo Programa Nacional de Imunização.  

Na primeira fase devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições como asilos e hospitais psiquiátricos e população indígena.  

Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos.  

A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras).  

A quarta e última fase deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

Não há informação de quando o restante da população, entretanto, receberá o imunizante. 

"Gancho"

Detran-MS suspendeu quase 20 mil habilitações em 2025

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH

22/12/2025 18h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Detran suspendeu quase 20 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025. As penalidades foram aplicadas a motoristas que ultrapassaram o limite de pontos ou cometeram infrações que resultam em suspensão imediata do direito de dirigir.

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH, quando o motorista atinge 40, 30 ou 20 pontos em um período de 12 meses, conforme a quantidade de infrações gravíssimas, outros 5.565 motoristas perderam o direito de dirigir por suspensão direta, aplicada em casos como conduzir o veículo em velocidade superior a 50% do limite permitido, entre outras infrações previstas em lei.

Todos os 19.565 motoristas foram afastados temporariamente das vias e obrigados a realizar o Curso de Reciclagem, exigido para recuperar a habilitação.

Infrações 

Até 16 de dezembro de 2025, o estado registrou 976.157 infrações de trânsito. O excesso de velocidade respondeu por 44,06% das autuações, somando casos de até 20%, de 20% a 50% e acima de 50% do limite permitido.

Outras infrações mais recorrentes em 2025 foram avançar sinal vermelho ou parada obrigatória, não usar cinto de segurança e uso de celular ao volante. Mais de 4.500 motoristas também foram penalizados por recusar o teste do bafômetro.

Cassação

Ao longo dos últimos 12 meses, 2.735 condutores tiveram a CNH cassada por reincidência, principalmente por continuarem dirigindo mesmo após a suspensão. A cassação impede o motorista de dirigir por um período mais longo e exige novo processo de habilitação.

O número de recursos administrativos apresentados de forma digital também aumentou. Em 2025, foram registrados 3.862 recursos online, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, foram 1.032 recursos digitais; em 2023, 1.247; e em 2024, 3.227.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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