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Nos próximos anos

MS deve investir R$ 26,1 bilhões em infraestrutura de rodovias

Além de recursos próprios, financiamentos com o Bird e o BNDES e concessões formam o montante

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Mato Grosso do Sul deverá ter um salto de qualidade rodoviária nos próximos anos, quando todos os investimentos na qualificação de rodovias estiverem em andamento.

Contabilizando os recursos próprios já investidos, financiamentos com bancos e concessões previstas, a expectativa é de que R$ 26,1 bilhões sejam destinados à qualificação das estradas.

Segundo o governo de MS, entre 2023 e setembro deste ano, o Executivo estadual já investiu – entre obras entregues, finalizadas e em execução – aproximadamente R$ 1,6 bilhão em melhorias na infraestrutura rodoviária.

Esse valor foi destinado à implantação e à pavimentação de rodovias, à restauração de estradas e à construção e à recuperação de pontes, totalizando cerca de 2 mil km de obras.

“O objetivo é promover uma trafegabilidade mais segura, com uma visão voltada para o futuro, garantindo o desenvolvimento sustentável e o bem-estar de todos os sul-mato-grossenses”, afirma nota da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog) ao Correio do Estado.

“Com um total de aproximadamente 1,6 mil quilômetros de novas obras em rodovias, o governo estadual tem planejado investimentos robustos e estruturantes para garantir a melhoria da infraestrutura viária”, continua a Pasta.

Entre esses investimentos está o financiamento feito pelo governo do Estado com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) no valor de US$ 200 milhões (cotado hoje em R$ 1,116 bilhão), destinados à restauração completa de 10 rodovias.

Em março, foi publicada no Diário Oficial da União uma resolução da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), do Ministério do Planejamento e Orçamento, que autorizou a operação de crédito entre Mato Grosso do Sul e o governo federal com financiamento do Bird.

A estimativa é de que o acordo com o banco seja assinado até março de 2025. O governo estadual ainda trabalha na escolha das rodovias que serão contempladas com obras frutos desse financiamento.

O Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) e a Seilog são os responsáveis pelo programa. O valor máximo a ser contratado é de US$ 200 milhões, com contrapartida de no mínimo 20% do total à União.

“O objetivo é garantir acesso sustentável e seguro, por meio de metodologia preventiva na gestão da infraestrutura rodoviária, incluindo modelo de contratos baseados em produção e desempenho e parceria público-privada [PPP]”, frisa o governo do Estado.

R$ 12 bilhões
Investimentos previstos só na BR-163

Dos R$ 26,1 bilhões previstos para serem investidos nas rodovias em Mato Grosso do Sul nos próximos anos, quase a metade é refente à BR-163, com R$ 12 bilhões em 35 anos.

Outro projeto previsto é o financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na ordem de R$ 2,3 bilhões e mais R$ 300 milhões de contrapartida do governo de Mato Grosso do Sul, totalizando R$ 2,6 bilhões voltados às novas pavimentações e às restaurações de outras 14 rodovias.

O recurso do BNDES será empregado na pavimentação de 540 km e na restauração de outros 250 km em vias estaduais. O acordo, assinado no fim do mês passado com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está no âmbito do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

Entre as rodovias que receberão investimentos está a MS-320, na qual o governo do Estado pretende concluir a pavimentação entre Três Lagoas e a MS-377.

Além dela, haverá a pavimentação da MS-134, ligando a BR-267 até a MS-040 e encurtando a distância entre Nova Andradina e Santa Rita do Pardo. Sobre as outras rodovias, a Seilog informa que ainda está “em fase de alinhamento das demais”.

Concessões

Os maiores investimentos, porém, devem ser feitos com as novas concessões previstas para serem destravadas em 2025. O maior deles é a retomada das obras na BR-163, que corta Mato Grosso do Sul de norte a sul. A previsão é de que o novo contrato entre o governo federal e a CCR MSVia deve injetar mais R$ 12 bilhões em melhorias na rodovia.

Entre as especificações do projeto está a implantação de mais 190 km de duplicação – além dos 150 km já existentes – e mais 170 km de terceira faixa. Ainda, haverá outras melhorias.

A nova previsão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é de que até junho de 2025 o Tribunal de Contas da União (TCU) termine de analisar o novo contrato e, em caso de aprovação e passado os trâmites burocráticos, de que os investimentos da rodovia sejam retomadas no segundo semestre de 2025.

A segunda concessão é referente à Rota da Celulose, compostas por trechos das rodovias BR-262, BR-267 e também das estradas estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, que estão localizadas na região leste de Mato Grosso do Sul e formam as principais rotas para o estado de São Paulo.

Nesse pacote de rodovias estão previstos investimentos de R$ 8,8 bilhões ao longo de 30 anos de contrato. O leilão dessas rodovias está previsto para ocorrer no dia 5 de dezembro, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

 

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Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024

05/12/2025 19h00

Foto: Emerson Nogueira/Futura Press/Estadão Conteúdo

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Em crise, os Correios decidiram não renovar este ano um benefício de vale-natal de R$ 2,5 mil aos seus funcionários, valor que foi pago em 2024, após Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa comunicou seus funcionários sobre o não pagamento na noite de quarta-feira. Ao mesmo tempo, a estatal espera a avaliação da equipe econômica sobre os próximos passos nas negociações com os bancos.

O benefício de vale-natal faz parte do ACT firmado pela empresa e os trabalhadores da estatal, em 2024. Ele vem sendo renovado, enquanto a atual direção negocia novos termos, mas o benefício de Natal foi cancelado em função da crise e da necessidade de cortes de custos. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão.

Em paralelo, a empresa aguarda avaliação do Tesouro Nacional sobre o plano de recuperação, para poder voltar a negociar com os bancos um empréstimo na casa dos R$ 20 bilhões. A expectativa era de que isso fosse concluído ainda esta semana, mas o desfecho dessa análise deve ficar para a semana que vem.

Na terça-feira, o Tesouro informou à estatal que não dará aval a um empréstimo de R$ 20 bilhões caso as taxas de juros estejam acima de 120% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A proposta dos bancos, segundo apurou o Estadão, foi de 136% do CDI. Ou seja: com essa taxa, a proposta foi recusada, dando início a uma nova rodada de negociação.

A equipe econômica estuda uma forma de dar um fôlego de curto prazo para a companhia, para que ela não negocie com os bancos sob forte pressão. Mas o desenho dessa ajuda ainda não foi definido.

Nesta quinta-feira, 4, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que se isso ocorrer com aportes do Tesouro, será dentro das regras fiscais.

Rombo bilionário

Os Correios correm para conseguir a liberação do empréstimo para lidar com uma crise financeira sem precedentes. De janeiro a setembro deste ano, a empresa teve prejuízo de R$ 6,05 bilhões, em uma combinação de queda de receitas com aumento de despesas.

Com o empréstimo, a empresa pretende quitar uma dívida de R$ 1,8 bilhão, além de financiar um programa de desligamento voluntário (PDV) e fazer investimentos para tentar recuperar espaço no mercado de encomendas e elaborar novas fontes de receitas.

A estatal também precisa regularizar pendências com fornecedores Isso é visto como crucial pela atual gestão para que a empresa recupere a performance no setor de entregas, a confiança de clientes e tenha aumento de receitas.

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Prefeita sanciona lei que dificulta emissão de atestado médico em Campo Grande

Lei pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestado

05/12/2025 18h45

Foto: Reprodução

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A prefeita Adriane Lopes (PP) sancionou a o Projeto de Lei que endurece e dificulta o acesso a atestado médico aos pacientes da rede municipal de Saúde em Campo Grande.

O texto foi aprovado em regime de urgência e única discussão instituindo o Programa Atestado Responsável, com a finalidade de endurecer a emissão de atestados, proposta  dos vereadores Rafael Tavares e André Salineiro.

Segundo o texto aprovado, a emissão de atestados deverá ocorrer de forma criteriosa e ética, sendo prerrogativa exclusiva do médico, que decidirá sobre a necessidade e o período de afastamento do paciente.

Quando não houver justificativa médica para afastamento, poderá ser emitida apenas uma declaração de comparecimento, comprovando a presença do paciente na unidade de saúde. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica sobre a apresentação deste documento para abonar  a falta no trabalho, ou seja, a empresa não tem a obrigação de pagar o salário do dia.

Conforme a lei, o programa “Atestado Responsável” tem objetivo de promover a emissão de atestados médicos de forma responsável e ética, priorizando as reais necessidades clínicas dos pacientes, contribuir para a redução da sobrecarga de atendimentos nas UPA’s e Postos de Saúde, direcionando os recursos para os casos de maior urgência e gravidade. 

Além disso, pretende desestimular o uso indevido e fraudulento de atestados para fins de justificação de ausências sem real necessidade de afastamento laboral, fortalecer a autonomia, a segurança e a responsabilidade do profissional médico na tomada de decisão clínica sobre a necessidade de afastamento do trabalho.

Conforme o texto, o intuito do programa é implementar medidas de controle, registro e transparência na emissão de atestados médicos incluindo o monitoramento da quantidade de documentos emitidos, identificação de padrões de uso e eventuais fraudes, de modo a permitir a avaliação contínua da política pública e seus ajustes futuros.

O que diz as regras da CLT?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não especifica a declaração de comparecimento, exceto em situações específicas, prevista no Artigo 473, em que o trabalhador pode se ausentar sem prejuízo do salário para acompanhar a esposa ou companheira durante a gravidez até dois dias para consultas médicas e exames, ou para acompanhar um filho de até 6 anos em consulta médica, uma vez por ano.

Para outros tipos de consultas e exames, o abono de faltas não é previsto na lei e a aceitação do documento depende da política interna da empresa ou de acordos coletivos.

 

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