Cidades

LEVANTAMENTO

MS é o 10º estado do País com mais crianças na fila da adoção

Dados do Conselho Nacional de Justiça apontam que 69% dos jovens que buscam uma família em Mato Grosso do Sul são pardos e que a maioria tem de 10 a 17 anos

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Com 141 crianças à espera de um lar, Mato Grosso do Sul é o 10º estado do Brasil com mais jovens na fila da adoção. 

De acordo com o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), desse total, 98 pessoas (ou 69%) têm a pele parda e 88 pessoas têm idade entre 10 e 17 anos.

Conforme os dados do SNA, a faixa etária com maior número de crianças à espera de uma família se encontra entre 12 e 14 anos, com 26 jovens. Índice acompanhado por adolescentes acima de 17 anos (que são 21), crianças entre 10 e 12 anos (também 21) e adolescentes entre 14 e 16 anos 
(20 pessoas).

Em contrapartida, há apenas 7 crianças à espera de adoção entre aquelas com idade até 2 anos, 8 crianças com idade entre 2 e 4 anos, 11 crianças com idade entre 4 e 6 anos, 18 entre 6 e 8 anos e 9 com idade entre 
8 e 10 anos. Números que ao todo contemplam 76 meninos e 65 meninas.

Desse total, 98 crianças são pardas, 20 são indígenas, 17 são brancas e outras 6 são pretas, enquanto 30 têm algum tipo de deficiência física ou intelectual e 66% têm apenas um irmão.

Em números gerais, São Paulo, com 1.086 crianças, é o estado que lidera o ranking nacional de jovens disponíveis para a adoção, seguido por Minas Gerais (640), Paraná (529), Rio Grande do Sul (520), Rio de Janeiro (275), Bahia (235), Santa Catarina (212), Ceará (180), Pernambuco (144) e Mato Grosso do Sul (141).

O Estado é o líder na Região Centro-Oeste, à frente de Goiás, com 127 crianças, Distrito Federal, com 65, e Mato Grosso, com 53.

De acordo com o banco de dados do CNJ, neste momento, apenas 57 das 141 crianças disponíveis para adoção em Mato Grosso do Sul estão vinculadas a possíveis pretendentes. Esses números indicam que apenas 4 a cada 10 podem ser adotadas nos próximos meses.

Criado em 2019, o SNA nasceu da união do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA). O Comitê de Apoio ao Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento é o responsável pela gestão do SNA.

NÚMEROS CONSOLIDADOS

Desde a criação do mecanismo, 748 crianças foram adotadas em Mato Grosso do Sul, sendo 349 meninas e 399 meninos. Desse total, os números mostram que foram adotadas 387 crianças pardas, 192 brancas, 41 pretas, 35 amarelas e 26 indígenas.

Titular da Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso de Campo Grande, a juíza de direito Katy Braun do Prado disse que, apesar do número de crianças na fila para adoção, o cenário para Mato Grosso do Sul é bom, se comparado com outros estados do País.

“Baseando-se na relação de acolhidos e aptos para adoção, Mato Grosso do Sul tem um número considerado baixo de crianças e adolescentes disponíveis. Isso demonstra o cuidado e o trabalho que os juízes de MS têm tido na questão do acolhimento, do retorno à família biológica ou da colocação em família substituta”, declarou.

Questionada, ela disse que não há possibilidade de precisar quanto tempo leva para uma criança ser adotada no Estado. No ano passado, ocorreram 106 adoções, o que corresponde a uma média de uma criança adotada a cada três dias.

“Existem casos em que a criança, assim que apta para adoção, encontra logo uma família e seu processo é concluído muito rapidamente. Por outro lado, existem casos em que a criança fica muito tempo procurando uma família e acaba crescendo sob os cuidados do Estado”, disse Katy, que frisou que crianças menores, sem irmãos e sem doenças são as “preferidas” em todo o Brasil.

A juíza disse que vínculos afetivos entre as crianças não pode ser considerado um empecilho no momento da adoção, e, sim, mais uma ferramenta para consolidar a convivência familiar e comunitária.

Quanto “àqueles que ficam”, a juíza disse que as crianças que não encontram pretendentes no SNA são apresentadas ao Aproximando Vidas, programa do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) para estimular, coordenar e facilitar a busca ativa por famílias interessadas na adoção.

“Conseguimos uma adoção de uma menina de 14 anos logo no apagar das luzes de 2024”, completou a juíza.

SAIBA

Gratuito, o processo de adoção deve ser iniciado na Vara de Infância e Juventude mais próxima da residência de quem pretende adotar. A idade mínima para se habilitar à adoção é 18 anos, independentemente do estado civil, desde que seja respeitada a diferença de 16 anos entre quem deseja adotar e a criança a ser acolhida.

 Nas comarcas em que o novo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento tenha sido implementado, é possível realizar um pré-cadastro com a qualificação completa, dados familiares e perfil da criança ou do adolescente desejado.

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Cidades

Segurança passa mal ao inalar gás tóxico em posto de saúde de MS

O vazamento ocorreu na câmara fria da unidade, onde são armazenados os medicamentos

28/07/2025 18h13

Reprodução Governo do Estado

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O Corpo de Bombeiros foi acionado após um segurança inalar gás tóxico proveniente da câmara fria de um posto de saúde, no bairro Cohab, em Ladário, município localizado a 421 km de Campo Grande.

Uma equipe se deslocou para a unidade por volta das 19h21 de domingo (27). O posto fica na rua Nicola Scaffa e o chamado foi feito devido a um vazamento de gás na câmara fria, onde são armazenados os medicamentos da unidade.

Segundo informações levantadas com os profissionais que trabalham no local, o segurança do turno da noite passou mal após inalar o gás tóxico e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro.

A equipe precisou entrar na unidade utilizando equipamentos de proteção respiratória. Os bombeiros abriram todas as portas e janelas para permitir a ventilação natural do ambiente.

Durante a inspeção, os bombeiros constataram que a câmara fria emitia um sinal sonoro, que estava ativado.

Após realizar todo o procedimento de segurança, a equipe repassou as orientações necessárias sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de vazamento de gás tóxico.

O estado de saúde do profissional, assim como a origem exata do vazamento, não foi informado pela assessoria do Corpo de Bombeiros.

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Chamamento público

ONG intermedia obras ambientais de R$ 3,6 milhões em dois municípios de MS

Edital prevê obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento de rios

28/07/2025 18h00

Foto: Divulgação

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Com obras em torno de R$ 3,6 milhões, o Instituto Taquari Vivo abriu processo seletivo para contratação de empresa especializada na readequação de estradas vicinais e construção de terraços nos municípios de Figueirão e Alcinópolis.  A ONG venceu o Edital de Chamamento Público lançado pelo Governo do Estado e intermediará as obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região. 

As intervenções devem beneficiar diretamente áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Os municípios possuem solos arenosos e são fortemente impactados pelas condições precárias das estradas e pelo uso intensivo do solo, o que agrava o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

A contratação prevê a execução de 25 quilômetros de readequação de estradas rurais de leito natural, 375 quilômetros de terraços com camalhão central e 2.460 encabeçamentos nas extremidades dos terraços em cada um dos dois municípios. O objetivo é conter a erosão e impedir que sedimentos continuem impactando negativamente os rios locais.

A empresa vencedora terá até 180 dias para concluir os trabalhos após a emissão da ordem de serviço, com possibilidade de prorrogação mediante justificativa técnica. A fiscalização e a aprovação das obras ficarão sob responsabilidade do próprio Instituto Taquari Vivo.

Ainda segundo o edital, não será permitida subcontratação, e as empresas deverão comprovar experiência prévia na execução de obras similares, além de equipe técnica  para garantir o cumprimento das metas ambientais e estruturais previstas.

Serviço

As empresas interessadas devem encaminhar suas propostas até o dia 14 de agosto de 2025, às 17h30, para o e-mail [contato@taquarivivo.org]. O processo seletivo será conduzido com base no critério de menor preço global. 

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