Cidades

REGIÃO ENDÊMICA

MS é o único estado que terá vacina da dengue em todos os municípios

Inicialmente, apenas cidades com mais de 100 mil habitantes receberiam doses, mas devido ao alto número de casos, os 79 municípios serão contemplados

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Todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul irão receber doses da vacina contra a dengue, sendo o único estado do País a ter todas as cidades contempladas.

Inicialmente, o Ministério da Saúde informou que as doses seriam destinadas para municípios de grande porte, ou seja, mais de 100 mil habitantes, o que incluía apenas três cidades do Estado: Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

No entanto, ao anunciar a estratégia de vacinação nesta quinta-feira (25), a Pasta incluiu todo o Estado, dividindo em quatro regiões de Saúde, sendo Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá, com distribuição para todos os demais municípios, devido à atender os critérios, como alta transmissão de dengue registrada em 2023 e 2024, e com maior predominância do sorotipo DENV-2.

O Ministério não detalhou quantas doses serão enviadas ao Estado.

Neste ano, conforme boletim epidemiológico divulgado nessa quarta-feira (24) pela Secretaria Estadual de Saúde, Mato Grosso do Sul já registrou 1.019 casos prováveis de dengue, com 146 confirmados e nenhuma morte.

Em todo o ano passado, foram 41.046 casos confirmados e 42 mortes pela doença. 

Além de Mato Grosso do Sul, outros 16 estados e o Distrito Federal têm municípios que preenchem os requisitos para o início da vacinação a partir de 2024.

No Estado, são quatro regiões de Saúde e 79 municípios contempladosNo Estado, são quatro regiões de Saúde e 79 municípios contemplados

Os critérios para a definição dos municípios que irão receber as doses foram definidos em conjunto com o Conass e o Conasms, órgãos representantes de secretarias de Saúde de estados e municípios.

Serão vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalização por dengue, depois das pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A previsão é que a imunização comece em fevereiro.

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.

O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023 e Dourados foi a primeira cidade do País a iniciar a vacinação, no início deste ano, sendo o único município até então. 

Vacinas

No último sábado (20), a primeira remessa com cerca de 757 mil doses da vacina Qdenga —fabricada pelo laboratório Takeda, chegou ao Brasil.

O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro.

Além dessas, o Ministério da Saúde adquiriu o quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024 - 5,2 milhões de doses - que, de acordo com a previsão informada pela empresa, serão entregues ao longo do ano, até novembro.

A remessa ainda irá passar pelo processo de liberação da Alfândega e da Anvisa, em seguida sendo enviada para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

Conforme o Ministério da Saúde, foi solicitada prioridade nestas etapas e a previsão é que todo o desembaraço seja concluído ao longo desta semana.

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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