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MS tem 6 cidades entre as mais quentes e 4 entre as mais secas do Brasil

Porto Murtinho, que já tem sido destaque nos últimos dias pelas altas temperaturas e baixa umidade, foi novamente líder nos quesitos, com 40,5°C e 15% de umidade do ar nesta segunda-feira (13)

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Com seis cidades entre as mais quentes e quatro entre as mais secas do Brasil, Mato Grosso do Sul é novamente destaque negativo no registro de altas temperaturas e baixas umidades, desta vez na segunda-feira (13).

Segundo dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Porto Murtinho liderou o ranking nos dois quesitos, com 40,5°C e 15% de umidade, considerada baixíssima, entrando no Estado de Alerta (12-20%).

Na lista das 10 mais quentes, ainda aparecem outras cinco cidades sul-mato-grossenses: Amambaí (37,8°C), Aquidauana (36,8°C), Sete Quedas (36,2°C), Miranda (36,1°C) e Corumbá (35,7°C).

Já nas 10 umidades mais baixas, outras três aparecem além de Porto Murtinho, sendo elas: Amambaí (19%), Ponta Porã (20%) e Jardim (24%).

Bolha de calor

O calorão que tem feito em Mato Grosso do Sul deve continuar nesta semana, com máximas ultrapassando os 40°C em algumas regiões, devido à uma bolha de calor que se concentra no Estado.

De acordo com informações da Metsul meteorologia, uma bolha de calor que se concentra no Estado irá ganhar força e fazer com que as temperaturas cheguem a níveis extremos, especialmente em municípios do oeste e centro-sul.

Na última semana, cidades de Mato Grosso do Sul registraram as maiores temperaturas do País por dias seguidos, com destaque para Porto Murtinho, que registrou 41,8°C na sexta-feira (10), sendo a temperatura mais alta registrada no Brasil neste ano pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Para a semana, a bolha de calor continua estacionada no Estado, com ampliação da massa de ar quente. Assim, o calorão deve predominar, com temperaturas acima do normal para a época.

Estados e Cuidados

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), existem três níveis críticos na baixa umidade do ar e cada um deles apresenta cuidados específicos a serem tomados. São eles:

Estado de Atenção (21 a 30%): 

  • Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas;
  • Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins, etc.;
  • Permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas, etc.;
  • Se hidratar bem.

Estado de Alerta (12 a 20%)

  • Observar as recomendações do estado de atenção;
  • Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas;
  • Evitar aglomerações em ambientes fechados;
  • Usar soro fisiológico para olhos e narinas.

Estado de Emergência (abaixo de 12%)

  • Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta;
  • Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência, etc.;
  • Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas, etc., entre 10 e 16 horas;
  • Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais, etc.

Há também riscos para a saúde quando a umidade apresentada está acima dos 70%, como criar uma sensação de ar úmido e abafado, o que pode ser desconfortável e também pode propiciar o crescimento de mofo e bolor em ambientes fechados.

Prognóstico do verão (Jan-Fev-Mar)

O verão em Mato Grosso do Sul será de calor intenso, forte 'mormaço' e chuvas de rápida duração, as famosas "chuvas de verão".

A informação foi divulgada pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), em publicação de prognóstico da estação climática no estado. O verão começou oficialmente em 21 de dezembro e vai até 20 de março.

Ainda segundo o Cemtec, o forte calor deve superar as médias históricas para o período. Este cenário favorece a formação de ondas de calor, nos momentos em que não houver ocorrência de nuvens e chuvas.

As chuvas, contudo, deverão ter rápida duração e ocorrer de maneira irregular. Essa irregularidade pode agravar a recuperação das condições hídricas da região, o que acende um alerta para o setor agropecuário. 

Conforme o Cemtec, mesmo que as chuvas se mantenham dentro da média histórica no próximos meses, isso não será suficiente para reverter o cenário de seca que afeta a região central do país, incluindo o estado de Mato Grosso do Sul. Nesse sentido, para os pesquisadores, o cenário é de incerteza.

Essa tendência incerta está diretamente relacionada ao fenômeno La Niña. O evento climático provoca o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o que impacta na ocorrência irregular das chuvas e na imprevisibilidade do clima no estado.

*Colaborou Lucas Caxito e Glaucea Vaccari

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luto

Missionária de MS morre de malária na África

Ela prestava trabalho volunitário em Angola quando contraiu a doença; Prefeitura de Chapadão do Sul decretou luto oficial de três dias

19/01/2025 16h31

Lucinéia Santos morreu em decorrência da Malária, em Angola

Lucinéia Santos morreu em decorrência da Malária, em Angola Foto: Reprodução / Instagram

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A missionária sul-mato-grossense Lucinéia Santos, 32 anos, morreu neste domingo (19), em Angola, na África, vítima de malária. Ela estava no continente prestando trabalho voluntário.

Lucinéia era de Chapadão do Sul, onde era conhecida pelos trabalhos a comunidade, e a prefeitura do município declarou luto oficial de três dias.

"Nascida em Chapadão do Sul, Lucinéia foi um grande exemplo de fé, dedicação e amor ao próximo, deixando um legado de generosidade e serviço à comunidade", diz a prefeitura, em nota.

"Chapadão do Sul se despede de uma mulher que fez a diferença em nossa cidade e que será eternamente lembrada por sua trajetória de fé e trabalho em prol do próximo", concluiu a nota.

De acordo com o site Jovem Sul News, Lucinéia já havia contraído a doença anteriormente em outra missão que fez no continente africano, mas havia sido curada.

Mesmo diante dos riscos, ela retornou para a Angola e, no sábado (18), a missionária foi internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com o diagnóstico de malária.

Ela chegou a passar por uma hemodiálise na manhã deste domingo, mas sofreu uma parada cardíaca e morreu durante o procedimento.

O corpo deverá ser sepultado na África, conforme ela ela havia informado a família ser o seu desejo.

No Brasil, a missionária também prestava trabalhos voluntários, entre eles no Rio Grande do Sul, no período em que o estado foi atingido por enchentes, em 2024.

Trabalho era orgulho

Nas redes sociais, Lucinéia colecionava postagens sobre o seu trabalho voluntário. Em uma delas, postada há uma semana, ela conta o que a levou até a Angola.

"Em Janeiro de 2024 durante uma madrugada, acordei com a palavra Namíbia ecoando no quarto, orei e disse que se Deus quisesse me levar um dia, eu queria. Em outubro do mesmo ano comecei ter sonhos com uma região que ainda não conhecia, e Deus em poucos dias encaminhou todas as coisas e vim pra Angola", dizia.

Também em uma postagem recente, de 6 de janeiro deste ano, Lucinéia celebrava seu aniversário de 32 anos, também citando seu trabalho na África.

"Hoje completei 32 anos de idade, e o que Deus fez neste dia fica marcado em minha história, ministério de uma forma linda. Deus ao longo dos anos me forjou através de circunstâncias extremamente desafiadoras, nas quais sempre renunciei ao direito de falar, confiando plenamente na sua justiça perfeita e também passando os processos de ser moldada por Ele", celebra.

"Mas hoje Ele encaixou todas as peças do quebra-cabeça que vi ser montado ao longo dos anos. Contemplar a bondade de Deus enche nossa vida de alegria que transborda, e também toca outras pessoas. No dia 06 de Janeiro de 2025, ao pé das montanhas em Angola, vi Deus me presentear com um campo missionário extraordinário, que nem nos meus maiores sonhos imaginava. Isso é sobre acreditar e permanecer mesmo quando tudo diz não, ter fé quando o impossível chega, e depois celebrar de forma abundante a Sua Graça e amor", acrescentou.

tempo

Calorão não dá trégua, mas semana também terá tempestade e vendaval em MS

Semana começa com alerta de perigo para chuvas intensas em todo o Estado, mas temperaturas seguem próximas aos 40°C

19/01/2025 15h00

Previsão indica possibilidade de chuvas fortes em todo o Estado

Previsão indica possibilidade de chuvas fortes em todo o Estado Gerson Oliveira / Arquivo / Correio do Estado

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A chamada bolha de calor que tem feito Mato Grosso do Sul registrar temperaturas recordes continua sobre o Estado durante a semana, mas previsão do tempo indica que também há chances de tempestades, com ventos de até 100 km/h em algumas regiões.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem dois alertas vigentes para esta semana, sendo um de perigo potencial (amarelo) e um de perigo (laranja) para chuvas intensas no Estado, incluindo em Campo Grande.

Conforme o alerta, há possibilidade de chuva entre 30 e 60 mm/h e ventos intensos, entre 60 e 100 km/h. Dessa forma, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Segundo o Metsul Meteorologia, uma área de baixa pressão aliada ao calor proporciona que as condições se tornem propícias para a ocorrência de temporais isolados, com elevados volumes em curto intervalo e vento forte nesta época do ano.

Os temporais podem ocorrer com maior intensidade entre a tarde e noite, " quando se formam nuvens de grande desenvolvimento vertical pelo aquecimento diurno que gera movimentos convectivos (ar ascendente) na atmosfera".

"Quanto mais quente a atmosfera e menor a pressão atmosférica, maior é o potencial para haja a formação de nuvens muito carregadas e mais alta a probabilidade de temporais localizados de maior severidade", diz o instituto. 

Esses temporais, no entanto, ocorrem mais localmente, podendo ser fortes a severos, mas para a maioria das regiões, as chuvas devem ocorrer em pancadas, sem grandes acumulados ou intensidade.

Previsão indica possibilidade de chuvas fortes em todo o EstadoMato Grosso do Sul tem dois alertas de perigo para chuvas intensas

Calorão

Mesmo com os períodos de chuva, a massa de ar quente persiste sobre o Estado e as temperaturas continuam elevadas, com sensação de abafamento.

Em Campo Grande, a máxima pode chegar a 38°C nesta semana, com mínima de 21°C. Há possibilidade de pancadas de chuva isoladas e potencialmente fortes, acompanhadas de trovoadas, em todos os dias da semana.

Já no interior do Estado, o calorão será extremo, principalmente em Porto Murtinho, que tem registrado as maiores temperaturas do País por vários dias seguidos.

Com a temperatura de 42,1°C registrada na última sexta-feira (17), Porto Murtinho estabeleceu o novo recorde de calor no Brasil para o ano de 2025, até o momento. O recorde anterior de maior temperatura no país era de 41,8°C, no dia 10 de janeiro, também em Porto Murtinho.

Para esta semana, a tendência é de ligeira queda, mas as máximas ainda ficam próximas dos 40°C na cidade, que terá predomínio de sol e períodos de pancadas de chuva típicas de verão.

Segundo o Climatempo, a falta de nebulosidade e de chuva fazem com que o Estado tenha muitas horas de sol forte, com o ar que se aquecendo acima do normal e resultando na bolha de calor, responsável pelo calorão das últimas semanas.

Isto porque, ainda segundo o órgão, a chuva e a nebulosidade são importantes reguladores da temperatura diária do ar. 

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