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Mato Grosso do Sul tem quatro cidades em alerta para alagamentos

Aviso foi para Porto Murtinho, Miranda, Aquidauana e Coxim

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As chuvas constantes do mês de janeiro em Mato Grosso do Sul têm feito com que a situação dos rios que passam pelo Estado se agrave. De acordo com boletim desta sexta-feira da Sala de Situação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), quatro cidades que estão às margens desses cursos d’água estão em alerta para risco de inundações.

O boletim traz o alerta da Defesa Civil para Porto Murtinho, Miranda, Aquidauana, Coxim e o distrito aquidauanense de Palmeiras. Nenhuma dessas localidades, entretanto, está classificada na situação de emergência, conforme critério do Imasul.

Segundo o boletim de sexta-feira, a situação mais alarmante é a de Porto Murtinho, onde o Rio Paraguai está com 6,4 metros, valor acima da cota com permanência de 5%. Para chegar em emergência, a cota do rio naquele ponto precisa atingir a marca de 7 metros.

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Já em Miranda, onde o rio transbordou na quinta-feira, a situação apresentava melhora: o curso d’água recuou e estava com 6 metros (o nível para emergência é de 7 metros). Segundo o Imasul, o Rio Miranda bateu a marca de 7,7 metros na quinta-feira, o 6º maior nível registrado em 57 anos.  

Por causa disso, o prefeito Edson Moraes (PSDB) decretou estado de emergência na cidade, já que 25 famílias que moravam próximas às margens do rio foram afetadas com o transbordamento e tiveram de abandonar suas casas.

Dessas pessoas, 12 ficaram desabrigadas e foram acolhidas no Parque de Exposições 16 de Julho, na entrada de Miranda, e outras 13 foram para casas de amigos e parentes.  

Outro local que estava em alerta era Coxim, onde o rio que corta a cidade estava com 4 metros na sexta-feira (o valor considerado de emergência para inundações é de 5 metros).

Conforme a coordenadora da Sala de Situação do Imasul, Elisabeth Arndt, o Rio Miranda é um dos locais onde o risco de aumento das águas continua mais preocupante.

“Estamos monitorando o Rio Miranda, lá em Bonito, no distrito de Águas do Miranda, já transbordou, inundou casas, mas já voltou – apesar de continuar em alerta –, caso chova, pode ocorrer uma nova inundação, e transbordou em Miranda. E monitoramos o Rio Coxim, que também está em alerta, porém, ainda não está com risco de emergência, ou seja, de transbordamento. De qualquer forma, estamos monitorando”, declarou.

Em Aquidauana e Palmeiras, a chance de invasão das águas do rio era mais distante. No caso do município, para haver emergência o Rio Aquidauana precisa atingir 8 metros – na sexta-feira estava com 6 metros. O distrito precisa de um pouco menos para atingir estado de emergência, 6,5 metros – estava com 4,5 metros na sexta.

O acompanhamento dos rios de Mato Grosso do Sul é feito diariamente pelo Imasul e pela Defesa Civil dos municípios.

TEMPO

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), há previsão de chuva para este sábado em todo o Estado durante a tarde e à noite. “Atenção a todas as regiões, pois há risco dessa chuva ser de moderada a forte intensidade em pontos isolados”, informou a coordenadora do Cemtec-MS, Franciane Rodrigues.  

As temperaturas em Mato Grosso do Sul poderão variar entre 19°C e 33°C no sábado. A região do Bolsão deve ser a mais quente no dia. Na Capital, a variação será de 21°C a 28°C.

No domingo, o sol aparece, trazendo ligeiro aumento nas temperaturas, porém, há previsão de pancadas de chuva em todo o Estado ao longo do dia. Os termômetros variam entre 20°C e 34°C em MS. Em Campo Grande, a mínima deve ficar em 22°C e a máxima em 30°C.

Já a segunda-feira deve ser de sol, com aumento das temperaturas em todas as áreas do Estado. Mas, mesmo assim, são esperadas pancadas de chuva em todo o Estado. A máxima chega aos 36°C no Estado e a mínima fica em 21°C. Na Capital, a variação será entre 23°C e 28°C.

Ainda conforme o Cemtec, o início de fevereiro deve ser de ocorrência de pancadas de chuvas em todas as áreas associadas a ventos úmidos e elevadas temperaturas. “Espera-se o acumulado de em torno de 80 milímetros para o Estado, com concentração maior na região sul, onde são esperados até 100 milímetros de chuva. Se comparado a semanas anteriores, teremos uma ligeira redução do acumulado de chuvas”, afirmou a coordenadora.

Do dia 6 até 14 de fevereiro, as áreas de instabilidades diminuem no Estado, sendo esperadas mais horas de sol do que de chuva. “Nesta semana são esperados cerca de 40 milímetros [ de chuva], concentrados nas regiões sul, central e leste do Estado. Nas demais áreas, espera-se cerca de 20 milímetros”, completou.

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Movimento estudantil

Após dois meses de denúncia e alunos comendo no sol, UFMS amplia bolsas de auxílio emergencial

A quantidade de aprovados para o recebimento do auxílio subiu de 160 para 354, um aumento de 194 bolsas oferecidas.

10/04/2025 14h31

Alunos convocam para manifestação nesta quinta-feira (10)

Alunos convocam para manifestação nesta quinta-feira (10) Divulgação

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A diretora da UFMS no câmpus Três Lagoas, juntamente com a diretoria de Assistência Estudantil, no câmpus Três Lagoas convocou uma reunião com os alunos ontem (9) para discutir os problemas denunciados, especificamente sobre o fechamento do Restaurante Universitário, falta de estrutura para alimentação dos estudantes e a falta de professores em vários cursos. 

Na reunião, foi comunicado que seriam disponibilizadas algumas salas específicas para que os alunos pudessem fazer suas refeições. A iniciativa da universidade veio após meses de pedidos, já que o RU encontra-se fechado desde o início das aulas a mando do Ministério Público por cassação da empresa responsável. Ainda não há uma data estipulada para nova licitação e reabertura do restaurante. 

Em primeira resposta aos alunos, em fevereiro, a UFMS abriu um edital com 160 vagas para auxílio emergencial no valor de R$300 para alimentação até a reabertura do restaurante, sendo que, no câmpus Três Lagoas estão matriculados quase 3 mil alunos e grande parte faz uso do restaurante. 

Após a reunião e em novo edital divulgado hoje (10), a quantidade de aprovados para o recebimento do auxílio subiu de 160 para 354, um aumento de 194 bolsas oferecidas.  

“Foram mais de dois meses de alunos comendo no chão, no sol quente e de movimentação dos estudantes para a universidade pensar em alternativas. A gente não pode ficar parado, estamos cansados de promessas vazias”, afirma o estudante Gabriel de Oliveira Dias. 

Segundo o movimento estudantil do câmpus, o ato marcado para acontecer hoje permanece, às 20h30 em frente ao RU e a convocação é para todos os alunos.

“Estamos enfrentando uma série de problemas que afetam diretamente nossa permanência e a qualidade da nossa formação. Por isso, vamos fazer barulho com as seguintes pautas: reabertura do espaço (RU); ampliação das vagas para auxílio alimentação; contratação urgente de professores; e alternativas mais eficazes para lidar com a falta do RU que afeta alunos, professores e técnicos”, diz a convocação e finaliza com o apelo “Nosso futuro não pode esperar!”. 

A diretoria do câmpus afirmou ainda que não tem investigação sobre a investigação da antiga empresa do restaurante, que segue em sigilo e que a estrutura do mesmo só será liberada após a conclusão das investigações. 
 

MEIO AMBIENTE

Por que as magafábricas de celulose estão à beira de grandes rios?

Unidade da Arauco vai cosumir praticamente o mesmo volume de água que é captado para abastecer Campo Grande

10/04/2025 14h27

No pico das obras da fábrica que está sendo erguida às margens do Rio Sucuriú, em Inocência, devem ser gerados 14 mil empregos

No pico das obras da fábrica que está sendo erguida às margens do Rio Sucuriú, em Inocência, devem ser gerados 14 mil empregos

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No lançamento oficial da pedra fundamental da fábrica de celulose da Arauco, em Inocência, nesta quarta-feira (9), o comando da empresa informou que seriam necessários 26 mil litros de água para a produção de cada tonelada de celulose no chamado Projeto Sucuriú. 

Isso equivale a um consumo médio diário de 250 milhões de litros de água, ou 91 bilhões de litros ao longo de um ano, já que a indústria prevê a produção de 3,5 milhões de toneladas anuais de celulose. 

O consumo da indústria praticamente equivale ao volume distribuído pela Águas Guariroba aos cerca de 900 mil de habitantes de Campo Grande, que é da ordem de 280 milhões de litros diários. Em dias de forte calor, a quantidade sobe para 310 milhões de litros captados por dia, segundo a assessoria da concessionária. 

E justamente por conta desta necessidade de água é que todas as indústrias se instalam às margens de algum rio caudaloso. As duas primeiras do setor a se instalarem no Estado, a Suzano (2009) e Eldorado (2012), estão às margens do Rio Paraná, ao sul e ao norte da área urbana de Três Lagoas, respectivamente. 

A terceira unidade, também da Suzano, entrou em operação em julho de 2024 e funciona às margens do Rio Pardo, um dos principais afluentes do Rio Paraná em Mato Grosso do Sul.

O projeto lançado nesta quarta-feira, inclusive com a presença do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, está sendo erguido a 50 quilômetros da área urbana de Inocência, na margem esquerda do Rio Sucuriú, que desemboca no Rio Paraná próximo da cidade de Três Lagoas. 

Isso para evitar que este grande volume de água e de efluentes tenha de ser transportado por grandes distâncias. Segundo a empresa, 90% daquilo que é captado volta para o rio posteriormente.  

“Com diretrizes ambientais rigorosas para preservação dos recursos naturais, o Projeto Sucuriú tem como um de seus pilares a operação com eficiência hídrica: o consumo será de 26 m³ de água por tonelada de celulose produzida – um dos índices mais baixos do setor, com 100% do efluente tratado. O volume de água captado será majoritariamente devolvido ao Rio Sucuriú, com cerca de 90% do volume captado de volta pela operação.”

Em Ribas do Rio Pardo, a Suzano informa que capta á água rio abaixo do local em que despeja os efluentes. Isso, segundo a empresa, é uma forma de demonstrar que as partículas orgânicas e químicas resultantes do processo de produção são filtrados e captados antes do despejo dos efluentes no rio. Em Ribas do Rio Pardo são produzidos 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano. 

Uma quinta fábrica de celulose, que deve ser instalada em Bataguassu pela Bracell, também está sendo projetada para uma região com abundância de água. Ele deve ser instalada às margens do Rio Pardo, já na região onde ele desemboca no lago da hidrelétrica de Porto Primavera. 

PROJETO SUCURIÚ

Conforme a previsão da chilena Arauco, a fábrica está exigindo investimentos da ordem de 4,6 bilhões de dólares e a previsão é de que antes do final de 2027 entre em operação. 

A matéria prima para produzir as 3,5 milhões de toneladas virão de 400 mil hectares de florestas de eucaliptos, sendo que a metade disso já está em crescimento desde 2021. 

No pico das obras devem ser gerados 14  mil empregos e depois da conclusão, 6 mil pessoas terão trabalho na área industrial e nas bases florestais. 

A celulose, praticamente toda destinada à exportação, será despachada por uma ferrovia de 47 quilômetros que a própria Arauco promete instalar a partir da fábrica até a Ferronorte, que corta o município de Inocência mais ao norte. Dali, será levada ao porto de Santos. 

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