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MS DAY

MS vai receber indústria de colágeno orgânico em Terenos

Acordo foi o primeiro a ser fechado no MS Day, evento que está acontecendo em Nova Iorque (EUA)

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Mato Grosso do Sul vai receber o primeiro empreendimento fruto do MS Day, realizado em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Trata-se de uma indústria de colágeno orgânico que será instalada em Terenos.

A indústria chama-se PeptPure e hoje está sediada em Chicago, mas já tem planta em Jundiaí (SP). Já que o colágeno orgânico é extraído do couro dos animais, a pecuária sustentável e orgânica do Pantanal foram um dos principais motivos para a aposta da empresa no Estado.

"O evento que participamos (MS Day) foi de bastante impacto e, agora, confirmamos nossa transferência, nosso novo investimento", destaca Felipe Chaluppe, presidente da empresa.

Segundo dados da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), 1,48 milhão de cabeças de bovinos foram abatidas no Mato Grosso do Sul, sendo quase 37 mil em Campo Grande, no período de janeiro a abril deste ano. Ao comparar com o mesmo período de 2023, um aumento expressivo de 29% no Estado e de 37% na capital.

Também entre o primeiro e quarto mês de 2024, os suínos ficam um pouco abaixo, com 1,07 milhão de cabeças abatidas, com 48 mil na capital sul-mato-grossense. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 2,5% no Estado, mas uma queda de aproximadamente 1,25% em Campo Grande.

COLÁGENO 

O colágeno é um suplemento alimentar que traz vários benefícios ao corpo humano, como proporcionar firmeza e elasticidade, além de combater a flacidez e o envelhecimento da pele. Ele também contribui para o fortalecimento dos cabelos e unhas.

Geralmente, é indicado para adultos acima dos 25 anos, já que, a partir dessa idade, o corpo passa o produzir menos essa proteína, começando a aparecer as dores nas articulações, rugas e fraqueza nas cartilagens.

MS DAY 

O MS Day deste ano começou no domingo (12), em um jantar com mais de 200 empresários, em Nova Iorque. O evento teve sua primeira edição realizada em São Paulo (SP), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em agosto do ano passado.

O maior objetivo do evento é apresentar os potenciais para empresas investirem no Mato Grosso do Sul. Ao todo, no ano passado, mais de R$ 5,5 bilhões foram investidos no Estado, dentre elas a Inpasa, empresa produtora de etanol de milho, localizada em Sidrolândia.

MAIOR FRIGORÍFICO DA AMÉRICA LATINA

Importante citar que a JBS vai investir R$ 150 milhões no segundo frigorífico de Campo Grande a fim de dobrar o processamento, passando de 2,2 mil para 4,4 mil animais por dia, tornando-se assim o maior da América Latina.

Além do tamanho que será ampliado, obviamente o espaço deve contar com um número maior de colaboradores, passando de 2,3 para 4,6 mil. 

O frigorífico foi uma das 38 habilitadas pelo governo chinês para exportação. A unidade contou com a presença do presidente Lula no dia 12 de abril, marcando assim o primeiro embarque rumo ao país asiático.

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justiça

Pastor que prometia reconstrução de seios e cura de doenças é condenado por estelionato

Ele se promovia nas redes sociais oferecendo cura para diversas enfermidades e foi condenado por receber R$ 4 mil de vítima de MS para livrá-la de cicatriz, o que não ocorreu

09/12/2025 17h14

Pastor se promovia nas redes sociais prometendo curas e deixando telefone de contato

Pastor se promovia nas redes sociais prometendo curas e deixando telefone de contato Foto: Reprodução

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O pastor David Tonelli Mainarte foi condenado a um ano de prisão e 10 dias-multa pelo crime de estelionato, por induzir fiéis a pagarem por falsos tratamentos milagrosos. A decisão é do juiz Marcelo da Silva Cassavara, da 1ª Vara Criminal de Dourados. A pena foi substituída por prestação de serviços comunitários.

De acordo com os autos do processo, o pastor publicava vídeos em redes sociais onde prometia supostos milagres, como fazer dentes nascerem, reconstrução de seios, desaparecimento de cicatrizes, volta da visão a deficientes visuais, entre outros.

No processo onde houve a condenação, uma moradora de Dourados narra que chegou até o pastor em 2016, após ver um vídeo no Youtube, onde o acusado afirmava ter o dom de "curas e maravilhas" e deixava o próprio telefone para que os fiéis entrassem em contato.

Ainda conforme a vítima, por ser muito nova na época e estar abalada emocionalmente em virtude uma cicatriz de queimadura, decorrente de um acidente quando criança, que lhe causava muito incômodo. Ela e um sobrinho de 11, que também tinha uma cicatriz, procuraram o pastor, que teria prometido desaparecer com a marca de ambos.

Ao entrar em contato, o homem informou que morava em São Paulo, mas que realizaria um culto em Mato Grosso do Sul e profetizaria a cura para ela. No entanto, foi pedido que ela custeasse a viagem dele até o Estado, o que gerou um gasto total de cerca de R$ 4 mil com passagens, hotel, alimentação, deslocamento, entre outros.

Durante os cultos em uma igreja de Campo Grande, o pastor também teria arrecadado dinheiro de outros fiéis.

A mulher afirma que ele pregava a fé na igreja e afirmava que, caso as pessoas quisessem a cura, teriam que fazer sacrifícios em nome de Deus, o que lhe garantiu, além de dinheiro, celulares, notebooks e outros bens que lhe foram repassados nos cultos.

A vítima disse ainda que todas às vezes que questionava, o pastor afirmava que havia algo atrapalhando a cura da mulher, dizendo que ela era pecadora e colocando a culpa do não desaparecimento da cicatriz nela, além de expô-la ao ridículo ao ter que mostrar a cicatriz para todas as pessoas que estavam na igreja.

O sobrinho também teve que pagar o pastor para receber a suposta cura, que não ocorreu.

Ao afirmar que a cura teria que ser presenciada por outras pessoas, a mulher participou de cerca de doze cultos em cerca de um mês, onde o pastor arrecadou dinheiro de outras pessoas.

Durante o processo, houve testemunhas que disseram que o acusado pregava de forma gratuita e que já haviam presenciado diversos cultos de cura, incluindo paralíticos que voltaram a andar e uma pessoa sem os dentes que os teve repostos durante um dos cultos, entre outros casos.

Versão do pastor

Interrogado pelo Juízo, o acusado negou a prática dos crimes, afirmou que não postou vídeo nas redes sociais e que a vítima teria chegado até ele por meio de publicações feitas por outros fiéis.

Disse ainda que era pastor itinerante e que tentou vir a Campo Grande, mas não tinha verba para o deslocamento e a vítima teria se oferecido para pagar as despesas dele e da família com o transporte e hospedagem.

Sobre as ofertas dadas no fim dos cultos, alegou que eram levantadas pelos pastores locais e não por ele.

Também afirmou que a vítima não compareceu ao terceiro culto e que deixou de pagar o retorno dele e da família para São Paulo e não o atendeu mais.

Por fim, negou que tenha prometido curar a cicatriz dela, por não ter esse "poder de Deus" e que apenas faz orações, questionando se a vítima teria fé para receber essas orações.

Assim, pediu a absolvição pela ausência do tipo penal de estelionato, qual ser, o ardil, já que afirma que não teria prometido fins médicos ou estéticos, apenas orações em prol da vítima, e que os valores foram repassados a título de colaboração.

Ao final, sustentou que o direito penal não deveria atuar no campo da religiosidade.

Decisão judicial

O juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados considerou que a materialidade e autoria do crime foram corroboradas pelos elementos investigativos colhidos no inquérito policial e provas angariadas durante o processo.

"A despeito da negativa dada pelo acusado, verifica-se que ele se utilizou de sua posição de autoridade religiosa (pastor) para enganar e iludir a vítima, uma fiel, com o objetivo de obter vantagem patrimonial ilícita", diz o juiz na decisão.

Quanto aos vídeos, foi comprovado que foram publicados pela esposa do pastor, indicando número de telefone para que as pessoas entrassem em contato.

O magistrado também afirma na decisão que, mesmo que o pastor argumente que não agiu com intuito de enganar os fieis, os vídeos promocionais de sua imagem deixam clara a existência de promessa indevida, pois em um deles, por exemplo, está escrito: "ele ora e cicatrizes desaparecem".

Com relação à vítima, o juiz afirma que ela era muito jovem e sensibilizada emocionalmente foi induzida ao erro pelos vídeos.

"A promessa de cura por meio de orações e atos religiosos, quando vinculada à exigência de pagamento por serviços ou benefícios advindos de custos financeiros a vítima, caracteriza-se o elemento essencial do estelionato: a fraude", disse o juiz.

O juiz considerou ainda que o pastor agiu com dolo, com plena consciência de que suas promessas de cura das cicatrizes eram falsas e a conduta se enquadra no tipo penal do estelionato.

"Pontuo, por fim, que este Juízo não está a cercear a liberdade religiosa e/ou de culto, prevista como direito constitucional. Entretanto, não há como o Estado-Juiz fechar os olhos para que qualquer pessoa utilize da fé alheia para auferir benefício indevido".

O magistrado acrescenta que as testemunhas que depuseram a favor do pastor não estavam nos cultos onde foi feita a promessa de cura da douradense e que a possibilidade de milagre fica a critério de cada crença, mas que no caso em questão, foi feita uma análise técnico-jurídica exigida de um estado laico, onde se constatou que foi prometido algo à vítima e não foi cumprida, recebendo ainda benefício indevido para tanto.

Desta forma, o pastor foi condenado a um ano de reclusão, em regime aberto, e pagamento de 10 dias-multa.

A pena de reclusão, no entanto, foi substituída por uma restritiva de direito, sendo prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, pelo período de um ano. O caso transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recursos.

 

Cidades

Jovem que sequestrou e agrediu estudante universitário é preso em MS

Durante o crime, a vítima foi mantida no porta-malas de um carro

09/12/2025 15h33

Divulgação PCMS

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A polícia cumpriu um mandado de prisão preventiva contra Ives Morales Dávila, de 19 anos, apontado como um dos autores do sequestro-relâmpago de um estudante universitário, em Dourados.

O estudante, de 22 anos, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no dia 29 de setembro, foi cercado por dois homens e ameaçado a entrar em um carro.

A vítima ficou em poder dos criminosos por oito horas, sendo agredida e, em parte do tempo, chegou a ser colocada no porta-malas do veículo.

Durante esse período, os autores, o segundo foi identificado, mas até o momento não foi localizado, tentaram realizar transações bancárias com o celular do estudante universitário, mas não conseguiram por falha no aplicativo.

A dupla circulou com o veículo até acabar o combustível e abandonou o carro em uma estrada vicinal, levando apenas o celular da vítima.

Conforme divulgado pela Polícia Civil, a identificação dos suspeitos ocorreu a partir da motocicleta em que circularam antes de cercar o estudante. Com isso, a equipe conseguiu levantar provas que levaram aos criminosos.

 

 

 

Equipes da 1ª Delegacia agiram com apoio da Depac na captura de Ives, e as buscas pelo segundo suspeito, que está foragido, continuam.
 

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