A candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, Marina Silva, voltou a criticar na noite de hoje (23) as mudanças no Código Florestal, cujo relator é o deputado federal Aldo Rebelo (PCB-SP). Segundo Marina, as mudanças "são um retrocesso".
"Aldo é homem de esquerda, que sempre militou nesse campo em que estou. E de repente ele faz coro com o que há de mais atrasado do ruralismo", disse. Segundo Marina, o Brasil precisa apostar no aumento da produtividade, mas aproveitando a tecnologia brasileira. "Se a gente pegar as tecnologias da Embrapa, a gente dobra a nossa produção na pecuária e ainda libera cerca de 100 milhões de hectares para outros cultivares", afirmou.
Ao falar do seu passado humilde, Marina se colocou hoje como uma alternativa ao que chama de plebiscito a disputa entre os candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). A candidata do PV disse que já promoveu algumas reviravoltas na campanha, fazendo com que alguns temas considerados secundários passassem a fazer parte da pauta."Quem pautou a questão da educação como prioridade estratégica fui eu. Sem falar na questão ambiental", afirmou.
Para Marina, os demais candidatos tentam colocar o eleitor no anonimato, estabelecendo as candidaturas de oposição e de situação, mas sem definir um diálogo com o eleitor. "Eu entrei [na campanha] e já temos três candidatos competitivos. Eu vou falar com o povo brasileiro, de forma respeitosa, honesta, fazendo críticas duras quando tiverem que ser feita", disse.