Em Campo Grande os termômetros devem oscilar entre mínimas de 17 e 18°C e máximas de 30 a 31 graus
Mesmo com o inverno oficialmente iniciado desde 20 de junho, Mato Grosso do Sul abre a semana com predomínio de sol e tempo seco em todas as regiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec-MS), a atuação de um sistema de alta pressão atmosférica continua inibindo a formação de nuvens e chuvas, mantendo o clima estável e ensolarado em todo o Estado.
Essa condição meteorológica favorece o aumento da amplitude térmica — a diferença entre as temperaturas mínimas e máximas ao longo do dia — que pode ultrapassar os 20°C em algumas cidades. A presença de ar seco também reforça o cenário de baixa umidade relativa, principalmente durante as tardes, com índices que podem variar entre 15% e 30%, o que exige atenção com hidratação e cuidados com a saúde.
Mesmo com previsão de temperaturas mais elevadas no período da tarde, as manhãs devem continuar frias em boa parte do Estado.
O Cemtec reforça que, ao menos nos próximos sete dias, não há indicativos de chuvas significativas sobre o Estado. Até o dia 19, pode haver pancadas isoladas, com acumulados que não devem ultrapassar 10 milímetros, principalmente no sudeste do território sul-mato-grossense. Após esse período, os modelos apontam para o início de uma estiagem, ao menos até o fim da primeira quinzena de julho.
Os ventos devem soprar do quadrante leste (sudeste/leste/nordeste), com velocidades entre 30 e 50 km/h, podendo ocorrer rajadas mais fortes em pontos isolados.
Mesmo com a expectativa de um trimestre mais quente que o normal, típica das projeções de inverno influenciadas pelo fenômeno El Niño e suas transições, as massas de ar frio ainda devem provocar dias gelados no Estado ao longo da estação.
Previsão do tempo
Em Campo Grande, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inemet) a semana começa até um pouco mais ensolarada do que o domingo, o tempo continuará firme, com umidade equilibrada e termômetros que oscilam entre mínimas de 17 e 18°C e máximas de 30 a 31 graus.
Na Cidade Branca de Corumbá, as temperaturas durante toda a semana ficam na casa mínima de 15 °C, sem qualquer chance de chuva e com poucas nuvens.
No extremo sul do Estado, Iguatemi terá uma semana com bastante oscilação nas mínimas que variam de 19°C a 14°C na quarta-feira (16).
Já em Porto Murtinho as temperaturas ficam um pouco mais elevadas, batendo máxima de 34°C já na segunda-feira (07), com uma leve tendência de queda no fim da semana onde os termômetros podem registrr 29°C.
Inverno
Apesar da passagem de algumas frentes frias no Estado, temperaturas abaixo da média não são esperadas no período de inverno em Mato Grosso do Sul. A estação começou no dia 20 de junho e segue até 22 de setembro.
Conforme reportagem do Correio do Estado, dos 94 dias de inverno, as massas polares devem ocorrer apenas nos primeiros 30 dias da estação. Nos dois meses restantes (agosto e setembro), o predomínio será de umidade baixa, temperaturas elevadas, estiagens e seca.
Em Mato Grosso do Sul, grande parte do inverno deverá ser marcada pela extensão do tempo ensolarado, ocasionado pela atuação de bloqueios atmosféricos.
De acordo com o meteorologista Natalio Abrahão Filho, esses bloqueios podem se estender por várias semanas, mantendo as condições do tempo estáveis, com dias ensolarados, sem chuva, com baixa umidade do ar, pouca nebulosidade e alta concentração de poluentes.
As probabilidades de chuvas na estação indicam precipitação abaixo da média histórica no sul de Mato Grosso do Sul em junho e julho.
Climatologicamente, em grande parte do Estado, os volumes de chuva em julho e agosto variam entre 50 mm e 200 mm. No extremo-norte do Estado, as chuvas variam entre 25 mm e 50 mm e, no extremo-sul, entre 200 mm e 300 mm.
Em agosto e no início de setembro poderão ocorrer estiagem, calor intenso, umidade baixa e chuvas fracas ocasionais.
As precipitações durante a estação deverão ocorrer no fim da tarde, de forma irregular, mal distribuídas e com baixo volume, mantendo-se próximas às médias históricas.
**Colaborou Leo Ribeiro e Karina Varjão**
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