Na contramão do fracasso sul-mato-grossense com o leilão da Rota da Celulose no início deste mês, a CCR arrematou, na sede da Bolsa de Valores (B3), o leilão do Lote 3 de rodovias do Paraná nesta quinta-feira (12), disputa com o maior desconto sobre tarifa desde que o Governo Federal adotou o modelo, em 2022. De lá pra cá, foram oito disputas.
A empresa venceu a concessão após oferecer 26,6% de desconto sobre a tarifa estabelecida no edital, que era de R$ 0,14596 por km percorrido.
A concessão é composta pelas BRs-369/373/376/PR e PRs-090/170/323/445, e totaliza 569,7 km de extensão. As rodovias conectam importantes cidades para a região, como Mauá da Serra a Londrina e Sertanópolis, além de interligar o Paraná aos estados de Santa Catarina e São Paulo.
Além do Lote 3, o Governo Federal também leiloou nesta quinta a Rota Verde (BRs 153, 060 e 452/GO), concessão arrematada pelo Consórcio Rota Verde, formado pela Aviva e pela Tecpav Tecnologia e Pavimentação, com desconto de 18,07%.
No último dia 2, nenhuma empresa do setor de logística apresentou propostas ao projeto que previa o investimento de cerca de R$ 9 bilhões nos próximos 10 anos em trechos de duas rodovias federais e três estaduais em MS.
Do valor previsto, R$ 6 bilhões seriam destinados a melhorias em infraestrutura e ampliação de capacidade (Capex) e R$ 3 bilhões a investimentos operacionais. A concessão seria válida por 30 anos.
O leilão previa otimização dos seguintes trechos
- BR-262: de Campo Grande a Três Lagoas
- BR-267: de Bataguassu a Nova Alvorada do Sul
- MS-040: de Campo Grande a Santa Rita do Pardo
- MS-338: de Santa Rita do Pardo a Bataguassu
- MS-395: de Bataguassu ao entroncamento com a BR-267
Os trechos incluem Campo Grande à divisa com o Estado de São Paulo, em Três Lagoas, e Nova Alvorada do Sul até a divisa paulista, em Nova Porto XV, distrito de Bataguassu.
Com informações de Estadão Conteúdo