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Na espera há mais de um ano, guardas municipais reivindicam pagamento do adicional de periculosidade

A classe também pede que a Prefeitura convoque novos guardas, promova servidores e reajuste o salário-base

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Reivindicando melhorias nas condições laborais, os servidores da Guarda Civil Metropolitana foram às ruas nesta segunda-feira (11).

A classe pede o pagamento do adicional de periculosidade, além da convocação de novos guardas, a promoção de servidores e o enquadramento salarial.

O movimento teve início na Praça do Rádio Clube, às 7h30. Depois da concentração, seguiram até o Paço Municipal, onde já se encontram acampados servidores da enfermagem, que também reivindicam melhores condições.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Em entrevista ao Correio do Estado, o presidente do Sindicato dos Guardas Civis Municipais (SindgmCG), Hudson Bonfim, explicou que a "briga" pelo pagamento do adicional de periculosidade se arrasta desde janeiro do ano passado, e que, somado a isso, a Prefeitura deve o enquadramento dos guardas, que deveria ter sido feito no início de 2024.

Ambas as reivindicações já foram ajuízadas.

"A periculosidade estava com liminar, a Prefeitura entrou com embargos e o juiz acatou, mas mandou providenciar o andamento. E nós já estamos com a decisão judicial do enquadramento, e a Prefeitura terá de pagar R$ 500 mil de multa se não fizer em 30 dias, para todos os servidores da Guarda", comentou.

O que motivou a mobilização da classe iniciada nesta manhã foi a falta de atenção da Prefeitura e descaso frente às reivindicações.

"A Prefeitura não nos recebe, não nos atende, não dá um posicionamento, não acata, não cumpre decisão judicial. A gente não sabe que cidade é essa que nós estamos vivendo, que a prefeita não acata nenhuma decisão judicial", desabafou Bonfim.

Além dos dois tópicos mencionados acima, o Sindicato dos Guardas Civis Municipais também pede que sejam convocados os novos guardas que foram aprovados no concurso público e concluíram o curso de formação, uma promessa da Prefeitura que não foi cumprida.

"Nós temos a determinação judicial para demitir vigias, que são uma contratação ilícita, para contratar os guardas que fizeram concurso público, e no processo ela [Prefeitura] respondeu que assim que eles terminassem o curso de formação iria convocar, mas não convocou. Ela renovou o contrato dos vigias, o contrário da decisão judicial", explicou.

A manifestação será mantida em frente ao Paço Municipal até que as demandas sejam atendidas.

"O que nos restou foi fazer o protesto, Uma marcha até a frente do Paço, onde unificamos o acampamento com a enfermagem por tempo indeterminado, até que se cumpra o que está na lei", completou Hudson.

Mesmo com a movimentação, até o momento nenhum representante da Prefeitura apareceu para conversar com a classe.

"Não fomos recebidos por ninguém. Lá esteve presente somente a vereadora Luiza Ribeiro, que garantiu que providências serão adotadas por parte da Câmara Municipal", acrescentou o presidente do SindgmCG.

Também estiveram presentes na manifestação o presidente do Sindicato dos Guardas de Dourados, a Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais e Municipais do Estado de MS (Feserp) e os guardas de Corumbá.

Reposição de inflação, enquadramento e periculosidade

Sobre a defasagem do salario dos servidores, o presidente do Sindicato explicou que, no ano passado, não foi feita reposição de inflação.

"Em 2022 a gente estava na pandemia, e a Lei 173, vedava [a reposição]. Em 2023, que era para ter tido a reposição da inflação, o Governo Federal deu 9%, o Governo Estadual deu 5% e a Prefeitura deu 0%, e não chamou ninguém para conversar. E agora nós estamos em 2024, a inflação está medindo mais ou menos 5%, então 5,5% do ano passado somado com 5,5% deste ano, já são 11% de perda salarial. Não é aumento, é reposição da inflação", destacou Hudson Bonfim.

Outra demanda é a promoção de servidores.

"O salário-base da Guarda é organizado em carreira hierárquica, nós somos divididos em oito classes. Cada mudança de classe aumenta em 20% o salário base", explicou. "Por exemplo, um salário de R$ 3.012,00 da primeira classe iria para R$ 3.614,4 em caso de promoção. Isso impacta diretamente na vida", afirmou.

Além disso, deve ser somado ainda o adicional de periculosidade, de 30% do salário-base.

Convocação de aprovados no concurso

Segundo Hudson Bonfim, o edital inicial do concurso trazia 275 novas vagas para a Guarda Civil Metropolitana. Foram aprovados e capacitados na academia aproximadamente 350 candidatos. No entanto, quando o curso de formação chegou ao fim, a Prefeitura não convocou todos os aprovados necessários para cumprir as vagas.

"A Prefeitura chamou 100, depois mais 100, depois 30, 20. E nesse percurso esses candidatos fizeram outro concurso, e mais de 100 já saíram, foram para a Polícia Militar, para os Bombeiros, para a Polícia Civil de outros estados. E aí essas pessoas que fizeram o curso de formação, que estão aguardando a nomeação, saíram do emprego, têm filhos, vieram de outra cidade", explicou Bonfim.

Além de não convocar todos os que passaram pelo curso de formação, a Prefeitura ainda renovou o contrato com os vigias.

"Para agravar a situação ela [Prefeitura] ainda renovou o contrato dos vigias, que está ilegal, a Justiça já decidiu", acrescentou.

"O enquadramento, a periculosidade, e a reposição da inflação podem ser feitos sem problema nenhum, e a gente não vai sair de lá enquanto não tiver uma resposta", garantiu Hudson Bonfim.

Prefeitura

A reportagem questionou a Prefeitura Municipal de Campo Grande a respeito das reivindicações, e perguntou se já existe um prazo para uma conversa com a classe, no entanto, ainda não obteve resposta.

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Cidades

Frente fria derruba temperaturas e traz tempestades durante a semana

Temperaturas serão menores ao amanhecer, mas sobem ao longo da tarde; há possibilidade de ventos acima de 60 km/h

15/12/2025 18h27

Temperaturas devem ter ligeira queda a partir de quarta-feira e chuva está prevista para toda a semana

Temperaturas devem ter ligeira queda a partir de quarta-feira e chuva está prevista para toda a semana Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

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A semana começou com tempo instável em Mato Grosso do Sul, com variação entre abertura de sol e nebulosidade e chuvas, mas deve ser marcada por chuvas e queda nas temperaturas, devido à passagem de uma frente fria.

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), para esta terça-feira (16), em decorrência do avanço da frente fria, a tendência é de tempo mais fechado, com maior cobertura de nuvens e condições para chuvas.

De forma pontual, podem ocorrer tempestades, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento.

"Essa configuração atmosférica está associada ao intenso transporte de calor e umidade, aliado à atuação de áreas de baixa pressão atmosférica", diz o Cemtec.

Ainda segundo o órgão, o avanço da frente fria, em conjunto com o deslocamento de cavados em médios níveis da atmosfera, favorece a formação de instabilidades sobre o Estado.

São esperados acumulados significativos de chuva, com valores acima de 40 mm em 24 horas, principalmente nas regiões centro-leste do estado.

Em relação à previsão de temperaturas, devem ser registradas por regiões:

  • Regiões Sul, Cone-Sul e Grande Dourados: Mínimas entre 18-22°C e máximas entre 22-32°C.
  • Regiões Pantaneira e Sudoeste: Mínimas entre 21-26°C e máximas entre 25-37°C.
  • Regiões Bolsão, Norte e Leste: Mínimas entre 21-24°C e máximas entre 28-33°C.
  • Campo Grande (Capital): Mínimas entre 22-24°C e máximas entre 25-32°C.

Ao longo da terça-feira, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Frente fria

A partir de quarta-feira (17), a previsão indica tempo mais firme, com predomínio de sol e variação de nebulosidade, em função da atuação de um sistema de alta pressão atmosférica.

No entanto, devido à passagem da frente fria, as temperaturas devem ter queda, ficando mais amenas ao amanhecer, com mínima de 16ºC.

Em Campo Grande, a mínima prevista é de 21°C, enquanto a máxima deve ser de 29°C.

Apesar da tendência de estabilidade, não se descartam pancadas de chuva e tempestades isoladas.

Entre quarta e quinta-feira (18), a previsão de temperaturas é:

  • Regiões Sul, Cone-Sul e Grande Dourados: Mínimas entre 16-19°C e máximas entre 26-28°C.
  • Regiões Pantaneira e Sudoeste: Mínimas entre 20-24°C e máximas entre 30-32°C.
  • Regiões Bolsão, Norte e Leste: Mínimas entre 18-24°C e máximas entre 27-30°C.
  • Campo Grande (Capital): Mínimas entre 21-23°C e máximas entre 27-29°C.

Alerta

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) tem dois alertas de perigo para tempestades, com vigência já a partir desta segunda-feira.

Conforme os alertas, podem ocorrer chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos, entre 60 e 100 km/h.

Por este motivo, há risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

O Inmet orienta que, em caso de rajadas de vento, a população não se abrigue debaixo de árvores e não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda. Se possível, desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.

Em caso de ocorrências relacionadas a tempestades, a orientação é entrar em contato com a Defesa Civil (199) e ao Corpo de Bombeiros (193).

Temperaturas devem ter ligeira queda a partir de quarta-feira e chuva está prevista para toda a semanaMato Grosso do Sul está em alerta para tempestades (Reprodução / Inmet)

Transporte Público

Com greve dos ônibus, viagens por aplicativos ficam 140% mais caras

100% dos ônibus da Capital estão parados e a greve deve permanecer ainda amanhã e sem prazo para terminar

15/12/2025 18h00

Todos os ônibus estão parados desde a meia noite desta segunda-feira (15)

Todos os ônibus estão parados desde a meia noite desta segunda-feira (15) FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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Menos de 18 horas após o início da greve dos motoristas do transporte público de Campo Grande, a cidade já sentiu as consequências, especialmente os trabalhadores que dependiam dos ônibus para deslocamento. 

Entre as alternativas para chegar aos locais de trabalho, o deslocamento através de aplicativos, como Uber e 99, chegou a ficar 140% mais caro. 

É o que contou a diarista Elizaneia Costa de Assis Gonçalves, de 57 anos. Ela se desloca todos os dias do bairro Bosque do Trabalho, onde mora, até o bairro Coophatrabalho, onde atende seus clientes. 

“Eu trabalho aqui há mais de 18 anos e desde a pandemia eu venho pra cá de Uber. O valor normal da viagem é de R$25 reais. Hoje, a mesma viagem estava custando R$60”, disse.

O designer gráfico Antonio Rissato também passou pelo mesmo sufoco. Ele disse que não foi pego de surpresa pela greve e se programou para se deslocar através de aplicativos, mas os preços pesaram no bolso.

“Eu me adiantei pra pedir um motorista de aplicativo, mas os preços já estavam muito inflados, geralmente eu pago de 8 a 10 reais pra vir de moto, mas hoje chegou a bater 30 reais, de carro chegou até 70, fora do normal”, contou. 

A empresa onde ele trabalha não deu opção para os usuários do transporte público, nem flexibilidade para atrasos. Mesmo assim, para ele, a greve é compreensível e reflete problemas gerados e acumulados que impactam tanto os usuários dos ônibus quanto os trabalhadores. 

“O valor do passe está lá em cima, a condição do transporte é vergonhosa e ainda por cima não pagam direito aos servidores, não existe lógica nisso. Claro, gera um atraso nos nossos horários, mas acho que o atraso maior ainda é diariamente a gente ter que ir trabalhar em péssimas condições, sem contar o estresse causado aos motoristas pela falta de pagamento”, desabafou. 

Mas o valor alto não foi o único problema. Com a alta demanda, os usuários também enfrentaram demora na espera para localizar um motorista para a corrida e um trânsito “caótico” nas primeiras horas do dia. 

Vinícius esperou mais de 20 minutos até que um motorista aceitasse sua corrida pelo aplicativo. Às 7h40 ele precisou se deslocar para outra loja filial onde trabalha, mas às 8 horas da manhã, ainda estava esperando. 

“Tudo ficou atrasado, além dos preços que subiram, o que é normal por causa da demanda. Mas complica muito a vida”, relatou. 

Sofia Bento costuma utilizar o transporte coletivo para chegar ao trabalho todos os dias, mas como soube da greve antes, se organizou para ir com o carro da família. Porém, o problema enfrentado por ela e por tantos outros foi o fluxo de carros. 

“Eu saí de casa às 7h20 e cheguei no trabalho às 7h52. Nunca gastei tudo isso para chegar. Até a rua Antônio Maria Coelho, o trânsito fluía. Dali em diante, tudo parado, um ‘fervo’”, contou à reportagem. 

Mesmo que a greve já estivesse avisada aos usuários, a surpresa foi o serviço ter sido paralisado de forma completa, já que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) havia determinado em decisão judicial que apenas 30% dos motoristas poderiam aderir à paralisação, sob multa diária de R$ 20 mil. 

A decisão foi desrespeitada, já que 100% dos motoristas declararam greve na manhã desta segunda-feira (15). 

A audiência de conciliação entre o TRT e o Sindicato será realizada nesta terça-feira (16). 

O lado do Consórcio

O Consórcio Guaicurus, em nota enviada ao Correio do Estado na quinta-feira (18), informou que está sem dinheiro para honrar com:

  • Folha salarial
  • 13º salário
  • Custos Operacionais Básicos (combustível, manutenção da frota e encargos)

Segundo a concessionária, a ameaça de greve é causada pela crise financeira, decorrente da inadimplência nos repasses devidos pelo Poder Público (Prefeitura de Campo Grande). Os repasses abrangem o vale-transporte, subsídios e demais componentes tarifários definidos para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do sistema.

"É crucial destacar que, apesar do acordo estabelecido com a participação e anuência do Poder Concedente (Município), a tarifa não está sendo praticada, pois os repasses necessários não estão sendo efetuados de maneira adequada e nos valores devidos. A falta de regularização imediata desses pagamentos críticos ameaça diretamente a continuidade e a qualidade da prestação dos serviços. Sem o fluxo de caixa necessário, o Consórcio está impossibilitado de honrar obrigações financeiras essenciais com vencimento iminente. O sistema opera atualmente no limite de suas capacidades, e a ausência destes repasses torna a operação inviável a curto prazo. O Consórcio Guaicurus reitera o apelo para que as autoridades competentes ajam com a máxima urgência para regularizar os débitos em atraso. A manutenção da inadimplência nos repasses inviabiliza o cumprimento dos pagamentos salariais. Desta forma, o Consórcio alerta que os trabalhadores poderão interromper legalmente suas atividades em razão do não cumprimento destas obrigações, conforme previsto no Artigo 624 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O não cumprimento destas obrigações contratuais e salariais, que derivam de um compromisso que envolvia o Poder Concedente, pode resultar na interrupção total dos serviços, o que afetará drasticamente a mobilidade urbana e a vida dos cidadãos de Campo Grande".

O lado da Prefeitura

Durante a coletiva de imprensa marcada para a manhã desta segunda-feira, a Prefeitura Municipal de Campo Grande negou que haja qualquer débito entre eles e o Consórcio Guaicurus, responsável pela manutenção do transporte público na Capital. 

Em nota, o Executivo afirmou que na semana passada foram antecipados repasses financeiros ao Consórcio Guaicurus, referentes às subvenções das gratuidades, no valor médio de R$ 3 milhões, valor que só venceria no final do mês, em uma tentativa de evitar que a greve fosse deflagrada.

"Somente este ano, a Prefeitura já repassou mais de R$ 35 milhões ao Consórcio Guaicurus, sendo R$ 19 milhões referentes às gratuidades e mais R$ 15 milhões de vale-transporte dos servidores. Ainda assim, a concessionária, que é uma empresa privada, deixa de honrar os compromissos que têm com seus funcionários e causa prejuízos a toda a população", afirma a nota. 

Segundo dados apresentados, a paralisação afetou cerca de 110 mil usuários do sistema e aproximadamente mil trabalhadores do transporte coletivo.

Manifestações

Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo se manifestaram nas redes sobre a paralisação do transporte público de hoje. 

A vereadora Luiza Ribeiro destacou que é "inadmissível que uma empresa de grande porte, que atua há anos na cidade e recebe antecipadamente recursos do vale-transporte, alegue falta de condições financeiras para honrar compromissos básicos com seus funcionários" e que se tratam de "direitos humanos". 

Ela ressaltou que, como apurado na CPI, o Consórcio Guaicurus faturou cerca de R$1,8 bilhão desde que assumiu o serviço na Capital. Mesmoa assim, acumula reclamações diárias dos usuários, como atrasos, superlotação e condições precárias dos ônibus, com 197 ônibus acima da idade média permitida. 

A vereadora Ana Portella afirmou nas redes socias que o Consórcio Guaicurus "está fazendo isso por simples maldade". 

"Não faz sentido algum a população pagar essa fatura. Uma empresa que teve R$ 165 milhões falar que não tem recurso suficiente é má gestão. Essa empresa não pode mais continuar, esse contrato precisa ser rompido”, afirmou em vídeo.

Maicon Nogueira pediu pela intervenção do contrato de forma imediata.

"Tenho feito denúncias a meses e o Ministério Público não age. A prefeitura segue na inércia. Não tem como negociar com mafiosos. Somos reféns e ninguém faz nada”, relatou o vereador.

 

*Colaborou Naiara Camargo

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