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CONTRA QUEM?

No 5.º dia de manifestação, atos antidemocráticos afetam de formas diferentes a população

Reunião de pessoas que discordam do resultado das urnas é regada à carne assada e fogos, que alegram uns enquanto prejudica a outros

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Desde que Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito, manifestantes organizam atos antidemocráticos por todo o Brasil, que contestam o resultado das urnas eletrônicas, como exemplo a concentração organizada há quase uma semana na frente do Comando Militar do Oeste, na Av. Duque de Caxias. 

Num primeiro momento, os bolsonaristas trajados em verde e amarelo - que ocupavam inclusive rodovias estaduais e federais -, esperavam um posicionamento de atual presidente da República, que desse força. 

Jair Bolsonaro se manifestou, pedindo que os motoristas desobstruíssem as rodovias, mesmo após ordem direta do Tribunal Superior Eleitoral que não havia sido cumprida. 

Ainda assim, em Campo Grande, a concentração que acontece em frente ao CMO demonstra que está longe de terminar. Bancada pelo "agro", os manifestantes armaram tendas, trouxeram isopôr e têm assado carnes em churrascos diários. 

Para quem observa de fora, mora nas regiões ou transita pelo local, as opiniões divergem, entre aqueles que apoiam o movimento, e outros que já não aguentam mais o sofrimento enfrentado nos horários de pico. 

Esse movimento tem tido diversos desdobramentos, que vão desde a incerteza da duração das manifestações, até quem apoia e financia os acampamentos antidemocráticos. 

Mais recente, inclusive a figura do vereador de Campo Grande, Sandro Benites (Patriota), foi flagrada em cima do carro de som, em discurso que gerou burburinho na presidência da Casa de Leis. 

"É um negócio que você fez como ato pessoal seu, e não pode incluir a Câmara. Um pensamento golpista seu. A Câmara é um poder legislativo que respeita a democracia, se eu estou aí com um mandato é porquê eu fui eleito e os outros respeitaram minha eleição, como respeitaram a sua também", argumentou o presidente da Casa, Carlos Augusto Borges, em áudio direto ao parlamentar envolvido, obtido pela imprensa. 

E o cidadão?

Moradora de Campo Grande, Flávia, de 26 anos, revela momentos de tensão que enfrentou enquanto transitava pelo local da manifestação. 

Logo na segunda-feira (31), ela revela que buscava um amigo no aeroporto, e que não tinha conhecimento da  manifestação, mesmo com o trânsito lento que, até então, tinha sido confundido com um simples horário de pico. 

"Só percebi o caos que estava quando entrei na duque de caxias e nao tinha como sair. A minha cachorrinha estava comigo, ela ta estava agitada por conta de fogos que estavam soltando mas estávamos longe então ta tudo sob controle", revela Flávia. 

Ela explica que, quando entendeu que se tratava de uma manifestação, já não tinha como sair do tumulto, até a simples ida ao aeroporto tornar-se um momento de terror. 

"Minha cachorrinha começou a passar muito mal... os fogos, as pessoas gritando na janela, as buzinas. Tanto eu quanto ela ficamos desesperadas porque eu entrei numa espécie de crise de pânico, porque estava agressivo e eu não conseguia sair de jeito nenhum", comenta.

Nem mesmo a música conseguiu abafar o som das manifestações, com Flavia e sua cadelinha presas no trânsito por mais de meia-hora. 

Seguir uma ambulância ao meio ao caos foi a solução encontrada por Flávia, que perdeu a avó durante a pandemia, uma semana antes que ela pudesse tomar a vacina contra a Covid-19. 

Tremendo, e preocupada que seu animal de estimação perdesse a vida, passando mal no engarrafamento, ela cita que não foi normal ver pessoas gritando ao lado de sua janela fechada. 

Neste meio, entretanto, há quem goste e apoie, como o caso do guardador de carros Vinicius Alexandre, de 25 anos, que viu o fluxo de veículos aumentar com as manifestações.

Morador do Tijuca, próximo ao trevo do Imbirussu, Jeferson Coene, 33 anos, trabalha no comércio de piscinas e diz que não tem o que reclamar, já que fica ali apenas durante seu expediente. 

"O trânsito pega mais no fim da tarde, hora que o pessoal sai do trabalho fica intensa a situação. Durante o dia é isso aí. Tava uma faixa só. Mas se continuar ou não, não afeta em nada a gente. Nosso público é mais exclusivo", expõe. 

Outro trabalhador da região, João Lima, 55 anos, presta serviços de informática, e reafirma que o trânsito fica lento durante o horário de pico. 

"Tá tranquilo, até porquê o benefício disso daí é maior do que o dano que causa", complementa. 

 

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Cidades

Mais Médicos: Saúde anuncia 2,2 mil novas vagas e cadastro reserva

Profissionais irão atender em áreas vulneráveis e de difícil acesso

17/03/2025 21h00

Foto: Divulgação / Agência Brasil

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O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (17) novo edital para a contratação de 2.279 profissionais pelo Programa Mais Médicos. Segundo a pasta, as vagas serão disponibilizadas para 4.771 municípios.

Em entrevista à imprensa, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que, com o preenchimento das novas vagas, o programa passará a contar com mais de 28 mil profissionais.

Os médicos atuam em equipes de Saúde da Família e, quando necessário, encaminham o paciente para um especialista.

“Aumenta muito a capacidade de resolver os problemas de saúde na atenção primária”, avaliou Padilha.

“Evidências e estudos mostram que a presença desse médico reduziu o encaminhamento para a atenção especializada”, completou.

Do total de municípios que vão receber médicos a partir do novo edital, que prioriza regiões de maior vulnerabilidade e áreas de difícil acesso, 1.296 cidades terão vagas imediatas e 3.475 poderão manifestar interesse e ter ampliação de profissionais.

A região da Amazônia Legal será contemplada com 473 vagas em 709 cidades.

Para aderir, gestores de estados e municípios devem se inscrever por meio do sistema e-Gestor até 24 de março, com resultado previsto para 8 de abril.

Estão previstas vagas profissionais negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência.

Prontuário eletrônico
Ainda segundo a pasta, o uso do prontuário eletrônico do Sistema Único de Saúde (SUS), conhecido como e-SUS APS, por profissionais do Mais Médicos deve auxiliar na redução do tempo de espera por atendimento médico especializado.

O documento é gratuito e, de acordo com o ministério, acelera a integração do acesso às informações do paciente entre a atenção primária e a atenção especializada.

“É por meio desse prontuário que o profissional do Mais Médicos sabe se o paciente voltou à unidade para retorno da consulta, se as informações estão completas e se os exames estão em dia, ou seja, um canal rápido e eficiente, tanto para o paciente, como para o profissional.”

Formados no exterior

A pasta recepcionou, também nesta segunda-feira, 402 médicos formados no exterior e inscritos no Mais Médicos, que irão prestar atendimento a partir de abril em 22 estados.

“Esses profissionais estão inicialmente alocados em cerca de 180 municípios e 15 Distritos Sanitários de Saúde Indígena”, destacou o ministério.

A maioria dos médicos, conforme a pasta, nasceu no Brasil, totalizando 397 brasileiros e cinco estrangeiros.

Além disso, 52,7% dos profissionais são mulheres e 57 vão atuar especificamente na saúde indígena.

O chamado Módulo de Acolhimento e Avaliação é realizado em parceria com o Ministério da Educação e segue até 11 de abril, com aulas sobre o SUS e temas prioritários para atendimento de populações vulneráveis na atenção primária.

Dentre os tópicos de destaque estão equidade étnico-racial, saúde mental e o programa Bolsa Família. Ao final do curso, todos os médicos passam por uma avaliação – para ser aprovado, é preciso alcançar média mínima de 50%.

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IFMS firma contrato de 2,4 milhões para construir refeitório com verba do PAC

Projeto também prevê a construção da cozinha, depósito de material de limpeza, despensa, área de triagem, banheiros e vestiários

17/03/2025 17h31

Alunos do IFMS durante agenda ministerial em novembro

Alunos do IFMS durante agenda ministerial em novembro Foto: Marcelo Victor CE

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O Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) assinou nesta segunda-feira (17) o contrato com a empresa vencedora da licitação para a construção do refeitório do Campus Campo Grande.

Serão utilizados R$ 2,4 milhões, neste que será o primeiro de oito refeitórios que serão construídos nos campi, investimento de R$ 19,9 milhões, repasse proveniente do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

Com 682 m² de área construída, o refeitório terá capacidade para atender 250 estudantes. O projeto também prevê a construção da cozinha, camara fria, depósito de material de limpeza, despensa, área de triagem, banheiros e vestiários.A empresa contratada, Domine Engenharia e Serviços Ltda., terá 12 meses para entregar a obra.

Para o diretor-geral do campus, Dejahyr Lopes Júnior, a entrega do 'tão esperado' refeitório será um marco na consolidação da unidade.

“Após dois anos do início da oferta de merenda no Campus Campo Grande, damos hoje um passo importante na consolidação de nossa infraestrutura com a assinatura do contrato para a construção do refeitório”, comemora.

O contrato foi assinado no Câmpus Campo Grande, com a presença da reitora do IFMS, Elaine Cassiano, do diretor-geral, Dejahyr Lopes Júnior, e do representante da Domine Engenharia e Serviços Ltda., Rodrigo Domingues dos Santos.

Após a assinatura do contrato, o grupo fez uma visita à obra do novo laboratório de Mecânica do campus, que também está sendo construído pela Domine Engenharia e Serviços Ltda. Com 610 m² de área construída e investimento de R$ 1,4 milhão, o espaço abrigará maquinários, salas de aula e banheiros, com previsão de entrega em seis meses.

Mais refeitórios serão construídos nos campi Aquidauana, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Ponta Porã e Três Lagoas. Para isso, a instituição prevê investir R$ 6,3 milhões, enquanto R$ 13,6 milhões virão do Novo PAC.

Para a reitora Elaine Cassiano, os refeitórios nos campi são essenciais para oferecer mais conforto e bem-estar à comunidade acadêmica.

“A construção dos refeitórios nos campi do IFMS representa um avanço significativo na expansão e consolidação de nossos espaços institucionais. Estamos investindo na qualidade de vida de nossos estudantes, garantindo infraestrutura adequada para as refeições, e fortalecendo o compromisso do IFMS com a permanência e o êxito estudantil”, reforça.

Os campi Naviraí e Nova Andradina já possuem espaços utilizados como refeitórios.
Dos dez campi, nove ofertam alimentação gratuitamente a estudantes: Aquidauana, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã e Três Lagoas.

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