Cidades

FEMINICIDA

Noivo que matou jornalista exaltava música gospel e era alvo de ex's por violência doméstica

Músico e produtor musical tem histórico de agressão, violência psicológica, ameaças e perseguição; nas redes sociais, se apresentava como homem de Deus

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Caio Nascimento Pereira, de 35 anos, preso após matar a jornalista e noiva, Vanessa Ricarte, de 42 anos, na noite da última quarta-feira (12), exaltava em suas redes sociais ser um "homem de Deus", e carrega consigo seis pedidos de medida protetiva e sete processos por crimes como ameaça e difamação.

Os boletins de ocorrência contra o músico e produtor musical começaram a ser registrados em 2020. A vítima era uma ex-namorada, que precisou ir para o hospital com queimaduras nos braços e no rosto, que pareciam ter sido causadas por fricção no asfalto.

À época, a filha da vítima revelou que a mãe havia sido agredida pelo ex-namorado, e ido até a casa dela para "fugir" de Caio. O homem então apareceu no local atrás dela, pilotando uma motocicleta. Ele só deixou o local porque a mulher acionou a polícia. Há ainda o relato de que o músico era usuário de drogas.

Em 2023, uma ex-namorada procurou a polícia para registrar boletim de ocorrência por violência psicológica e perseguição. Ela relatou que conviveu com Caio por cerca de 11 anos, e 2 anos e meio após o fim do relacionamento, ele não aceitava o término, mesmo a mulher já estando com outra pessoa.

As agressões verbais eram frequentemente desferidas pelo músico, que dizia que a mulher era doente, manipuladora e que seria uma péssima mãe, além de fazer ameaças.

Uma terceira ex-companheira de Caio registrou boletins contra ele. Um deles foi feito após o término do relacionamento do casal, em 2024. Ela solicitou medida protetiva apontando ser alvo de violência psicológica.

"Homem de Deus"

Através das redes sociais, o agressor de mulher e feminicida ostentava ser um homem de Deus, e utilizava da música gospel para propagar uma imagem que não condiz com as ações registradas por suas vítimas, muito menos com a violência cometida contra a sua noiva.

Em diversos vídeos, Caio aparece tocando piano e cantando música gospel em um supermercado da Capital. Em outro, aparece cantando o salmo "Sonda-me" em um casamento. Na legenda, diz: "O salmo, com sua mensagem profunda, nos convida a abrir o coração a Deus (...) Que possamos continuar sendo instrumentos de Deus através da música".

Vanessa havia recém pedido
medida protetiva

Na noite que antecedeu o crime, Vanessa havia procurado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar o companheiro e solicitar uma medida protetiva contra ele. Horas antes de ser morta, ela havia ido até a delegacia para buscar a documentação da medida protetiva.

Ao chegar em casa, a jornalista se deparou com Caio. Eles discutiram e ele desferiu diversos golpes de faca contra o pescoço, peito e barriga da vítima. Os vizinhos ouviram os gritos e acionaram a polícia.

Viaturas da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militares se deslocaram até o endereço e encontraram a vítima caída no chão ensaguentada e com perfurações pelo corpo.

Na casa, havia Vanessa, o autor e um amigo da jovem. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Caio foi preso e encaminhado à delegacia.

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Trilha de Hermes

Operação investiga grupo criminoso que matou informante da polícia

O homem identificado como colaborador policial era Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que se encontrava sob monitoramento eletrônico

04/12/2025 17h45

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie

A Polícia Civil apreendeu armas, munições, veículos de alto valor, aparelhos celulares e R$ 8 mil em espécie Divulgação: Polícia Civil

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A Operação Trilha de Hermes, deflagrada pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e da Delegacia Regional (DRP) de Naviraí, investiga a morte de Aldevan Pontes de Jesus, de 32 anos, que era monitorado com tornozeleira eletrônica. O homem foi identificado por um grupo criminoso como sendo um informante da polícia.

Por este motivo, Aldevan foi sequestrado pela quadrilha e possivelmente morto, de acordo com a Polícia Civil, perdendo o sinal de seu equipamento na área rural de Itaquiraí, de onde partiram as investigações.

A DEFRON e a DRP de Naviraí identificaram uma estrutura organizacional criminosa armada, com estruturada cadeia de comando e divisão de tarefas. As prisões temporárias e a busca domiciliar em desfavor dos suspeitos ocorreram durante a terça (2) e quarta-feira (3).

A Operação Trilha de Hermes resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão temporária, duas prisões em flagrante, além da apreensão de veículos de alto valor, armas, munições, dinheiro em espécie e diversos outros objetos.

A quadrilha criminosa é investigada pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. As investigações prosseguem para apuração de outros envolvidos e para localização de ativos financeiros que o grupo criminoso auferiu durante sua atividade ilícita.

Balanço

No primeiro dia, foram realizados o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e o cumprimento de 12 mandados de busca domiciliar. A operação ocorreu nas cidade de Itaquiraí, Naviraí e Porto Velho (RO), onde um dos alvos estava no momento da operação.  Duas pessoas foram presas em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo e de munições. 
 
Já na quarta-feira, foram realizadas diligências em áreas rurais, com o cumprimento do mandado de prisão de um dos alvos que se mantém foragido. As autoridade utilizaram os meios de locomoção fluvial e aéreo para esta etapa da operação, com apoio do Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA).
 
Ao todo, a operação resultou no cumprimento da prisão de sete pessoas, entre elas os três líderes do grupo, apreensão de armas, munições, seis veículos de alto valor, dez celulares, R$ 8 mil em espécie e documentos a serem analisados.

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Cidades

Polícia barra contrabando na entrada de Campo Grande

Ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras

04/12/2025 17h30

Foto: Divulgação / Policia Civil

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A Policia Civil por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Dracco) interceptou 4 caixas grandes de óculos, 2 pneus de caminhão, bolas de pneus e 12 caixas de cigarros, fiscalização realizada na  Avenida Gunter Hans, saída para Sidrolândia na manhã desta quarta-feira (3).  

A ação compõe a Operação Protetor das Divisas e das Fronteiras e combate ao contrabando e descaminho no Estado, mercadoria encontrada em uma Fiat/Doblo. 
O material apreendido foi encaminhado diretamente à sede da Polícia Federal de Campo Grande.Dois indivíduos foram conduzidos em flagrante.

A ação faz parte da 3ª etapa da Rede Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), iniciativa nacional de enfrentamento ao crime organizado.

Em todo o país, a organização e preparação da operação envolve ao menos 18 ações estratégicas, que abrangeram desde o encaminhamento de demandas originadas na reunião de alinhamento até a preparação de sistemas e o treinamento de usuários.

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