Cidades

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Nos EUA, em 2009, filantropia chegou a US$ 303 bilhões

Nos EUA, em 2009, filantropia chegou a US$ 303 bilhões

Redação

23/08/2010 - 06h15
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     esafio bem-sucedido dos bilionários Bill Gates e Warren Buffet de convencer seus pares a doar metade de suas fortunas para a benemerência em uma época de vacas magras provocou surpresa até mesmo em uma sociedade na qual a filantropia é um consagrado business.

        Nos primeiros apelos da dupla biliardária, durante jantares organizados desde 2009, pelo menos 40 afortunados aderiram à causa do Compromisso de Dar, como foi batizada a iniciativa. As adoções por cinco deles corresponderam a US$ 2,4 bilhões.

        A proposta de instigar a doação de metade do patrimônio, em vida ou depois da morte, entre os americanos mais ricos surpreendeu por ter sido lançada em um momento em que a atividade econômica apontava recuperação muito modesta, depois da queda de 1,7%, em 2009. Segundo Paul Brest, presidente da Fundação William e Flora Hewlett e autor do livro "Money Well Spent" (Dinheiro Bem Gasto), o movimento liderado pelo dono da Microsoft e pelo consagrado megainvestidor foi motivado por suas convicções pessoais. Mas, completou Brest, terá feito um bem danado a seus negócios.

        "Doar é um grande negócio. Melhora a imagem de empresários diante dos funcionários e da sociedade, traz o reconhecimento da comunidade aos doadores individuais e ainda garante dedução de imposto", afirmou.

        Gates é o segundo homem mais rico do mundo, com um patrimônio de US$ 53 bilhões, segundo ranking da revista Forbes. Presidente do conglomerado americano Berkshire Hathaway, Buffett possui uma fortuna um pouco menor, de US$ 47 bilhões, da qual uma fatia de 85% será destinada à Fundação Bill & Melinda Gates depois de sua morte. Ambos já eram conhecidos como filantropos nos EUA. Agora, essa imagem está consolidada mundo afora.

        "Mas, mesmo com o esforço de Gates e Buffett, as doações continuarão muito aquém do total que poderiam alcançar."

        A cifra "aquém" de seu potencial foi de nada menos que US$ 303,8 bilhões no ano passado, quando a recessão americana provocou uma queda no total de doações de 3,6%, em relação a 2008, segundo a Given USA Foundation. O valor foi equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da Áustria, da Grécia ou das Filipinas. Mas, nas contas de Brest, esse montante representou apenas 8,6% dos gastos públicos do governo federal americano em 2009 e, portanto, poderia ter sido mais graúdo. Neste ano, as expectativas são de crescimento desse valor, graças também à empreitada de Gates e de Buffet.

        Salvação

        A tradição de doar está tão entranhada na sociedade americana quanto a de gerar riqueza. Ambas estão visceralmente ligadas. A raiz vem da cultura religiosa protestante, segundo a qual a salvação depende das obras ? sobretudo, as de caridade. O exemplo mais claro está no feroz modelo tributação do país Regido pelo Internal Revenue Service (IRS), a Receita Federal americana. O sistema dos Estados Unidos favorece as doações ? desde a contribuição para a paróquia local, até a injeção de volumes milionários em fundações e universidades. A grosso modo, ao estimular um volume de doações de US$ 303,8 bilhões, o IRS deixou de arrecadar cerca de US$ 53 bilhões.

        De acordo com as regras do IRS, o contribuinte pode deduzir até 50% do valor doado na base de cálculo do seu Income Tax (o Imposto de Renda federal dos EUA) se sua renda anual individual for superior a US$ 83,4 mil (R$ 141,8 mil). Os requisitos são: o total doado deve ser superior a 20% da renda do contribuinte, e os beneficiários têm de passar pelo crivo do IRS. Ou seja, todo contribuinte americano com renda anual maior que US$ 83,4 mil tem razões para doar mais de US$ 16,7 mil.

        Na outra ponta, esse sistema estimulou a criação de entidades receptoras, geralmente geridas de acordo com padrões éticos e de eficácia, e a formação de profissionais especializados na coleta de recursos e na administração desses "negócios". De acordo com a Given USA Foundation, 1,238 milhão de entidades de caridade estão registradas no IRS, além de mais 350 mil congregações religiosas. Todas estão isentas de tributação. Em 2009, 70,6 mil organizações pediram o registro no IRS. Apenas 472 não o conseguiram.

         

        Doadores

        Nos EUA, há cerca de 75 milhões de doadores individuais ? o equivalente a 24% da população do país. No ano passado, esse grupo foi injetou US$ 227,41 bilhões. Houve ainda mais de 1 milhão de empresas e 77 mil fundações entre os doadores de recursos para entidades de caridade. As doações empresariais alcançaram US$ 14,1 bilhões, com crescimento de 5,5% em relação a 2008. As fundações doaram US$ 38,4 bilhões ? uma queda de 8,9%. Os alvos favoritos são as entidades religiosas, que em 2009 receberam US$ 100,9 bilhões, um terço do total doado no país.

TEMOR

Comitiva de MS pode ser resgatada de Israel via Jordânia

Itamaraty negocia uma viagem por terra até o país vizinho assim que as condições de segurança estiverem melhor, mas ainda não há data

14/06/2025 17h45

Crhistinne Maymone, Marcos Espíndola e Ricardo Senna participavam de um encontro de tecnologia a convite do governo de Israel

Crhistinne Maymone, Marcos Espíndola e Ricardo Senna participavam de um encontro de tecnologia a convite do governo de Israel

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou neste sábado (14) com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para abrir uma rota de retirada das comitivas de políticos brasileiros, entre eles três sul-mato-grossenses, em Israel após o início dos conflitos com o Irã. 

Em nota, o Itamaraty afirmou que tenta uma viagem das autoridades estaduais e municipais por terra até a fronteira com a Jordânia, assim que as condições de segurança em Israel permitirem.

Entre os brasileiros que ficaram retidos em Israel depois do inícios dos combates com o Irã estão a secretária-adjunta da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Christinne Maymone; o responsável pelo setor de tecnologia da SES, Marcos Espíndola, e o secretário executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna. 

“O ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje [sábado] com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira”, informou o Itamaraty em comunicado.

Segundo a pasta, o governo brasileiro tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais brasileiras em Israel, a convite do governo do país. 

O comunicado ressalta que as operações do aeroporto Internacional de Tel Aviv estão suspensas desde o início dos bombardeios como uma das consequências da crise, por causa da interdição do espaço aéreo em Israel, no Iraque e no Irã.

O Itamaraty também confirmou conversas com diplomatas israelenses. Segundo o ministério, a embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações de políticos brasileiros, e o Ministério das Relações Exteriores contatou o Ministério de Relações Exteriores de Israel para que duas comitivas tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem.

“O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre”, destacou o comunicado.

Feira de segurança

As comitivas de políticos brasileiros estavam participando de uma feira de tecnologia e segurança em Israel quando foram surpreendidas pelo início do conflito entre o país e o Irã. As delegações estaduais e municipais estão abrigadas em bunkers subterrâneos para escapar das bombas e dos drones vindos do Irã.

Na sexta-feira (13), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, havia informado, por meio das redes sociais, que a Câmara está atenta para garantir a segurança e o retorno das autoridades que estão em Israel . Entre os políticos nos bunkers subterrâneos, estão o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), e de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas).
 

(Com informações da Agência Brasil)

reajuste do pedágio

CCR reafirma retomada das obras na BR-163 ainda neste mês

Promessa foi feita inicialmente há quase um mês, no leilão da da B3, mas até agora não foram divulgados detalhes sobre os investimentos

14/06/2025 16h38

Pedágio nas nove praças ao longo dos 845 km da BR-163 em MS ficou 5,53% mais caro a partir deste sábado (14)

Pedágio nas nove praças ao longo dos 845 km da BR-163 em MS ficou 5,53% mais caro a partir deste sábado (14)

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No comunicado informando que a partir deste sábado (14) a tarifa do pedágio está 5,53% mais cara nas nove praças de cobrança da BR-163 em Mato Grosso do Sul, a CCR MSVia reafirmou que as obras de melhorias na principal rodovia do Estado recomeçam ainda em junho. 

A promessa já havia sido feita no dia 22 de maio, quando a concessionária foi a única participante do leilão da B3 que estendeu a concessão por mais 29 anos. Naquela data, o vice-presidente de rodovias da Motiva, Eduardo Camargo, já havia anunciado a pretensão de as obras serem reiniciadas em junho. 

Porém, restando duas semanas para o fim do mês, a empresa não divulgou mais nenhum detalhe sobre as primeiras ações que pretende desenvolver a partir dos próximos dias. 

Em seu site a empresa informou que “este reajuste é referente ao contrato anterior à otimização promovida por meio de processo competitivo, realizado em maio deste ano na B3, em São Paulo”. 

Disse, ainda, que “conforme cronograma previsto pela ANTT, a Motiva irá apresentar uma série de documentos exigidos pelo edital do processo de otimização, que serão analisados e validados pelo poder concedente previamente à assinatura do aditivo contratual. A concessionária planeja o início de mobilização das obras para o mês de junho.”
 
“Os investimentos previstos serão aplicados na duplicação de aproximadamente 203 quilômetros de vias, na implantação de 150 km de faixas adicionais em pista simples e 23 km de novas marginais, na construção de novos acessos, contornos urbanos e em obras de infraestrutura viária, entre outras intervenções”, detalhou o comunicado da concessionária.

Desde zero hora deste sábado (14), os valores das tarifas variam de R$ 6,50, em Mundo Novo, a R$ 10,00, em Campo Grande e Rio Verde. Motocicletas pagam a metade. Motorista de carro de passei que percorrer toda a rodovia é obrigado a desembolsar R$ 73,10, O condutor de uma carreta com nove eixos precisa vai pagar R$ 684,90 se for de Mundo Novo a Sonora.

A CCR assumiu a rodovia em 2014 com a promessa de que duplicaria todo o trecho. Porém, depois de duplicar 150 quilômetros e começara a cobrar pedágio, os investimentos praticamente pararam, sob a alegação de que o faturamento não cobria os custos. 

Agora, após anos de negociações, o Governo federal reduziu as exigências e um novo contrato deve ser assinado até agosto. Porém, a promessa é de que os investimentos comecem antes desta data. 
 


 
 

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