Cidades

Mato Grosso do Sul

Nova etapa de operação inclui devassa em contas e bens de desembargadores

STJ autorizou Polícia Federal a fazer pente-fino nas movimentações dos últimos 10 anos de suspeitos de venda de sentença

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O despacho do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, que autorizou a operação Ultima Ratio, liberou a Polícia Federal para realizar uma completa investigação da vida financeira dos suspeitos no esquema de venda de sentenças que envolve a cúpula do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

Os bancos deverão fornecer, no prazo de 30 dias, informações de todos os investigados na operação, referentes ao período de 1º de janeiro de 2014 a 22 de outubro deste ano.

Segundo o ministro, isso inclui “todas as contas (tais como depósito à vista, de poupança, de investimento, de depósito a prazo e outros bens, direitos e valores e todos os demais tipos de contas) nas quais as pessoas acima citadas tenham qualquer tipo de relação (titulares, co-titulares, representantes, procuradores e quaisquer outros tipos de relação), inclusive na qualidade de procurador”.

Na operação, desencadeada na manhã de quinta-feira (24), o ministro Francisco Falcão determinou o afastamento de cinco desembargadores de suas funções: o presidente da Corte, Sérgio Fernandes Martins; o presidente eleito da Corte, Sideni Soncini Pimentel; o vice-presidente eleito, Vladimir Abreu da Silva; além de Marcos José de Brito Rodrigues e Alexandre Bastos. Todos estão proibidos de se comunicar entre si, de retornar ao TJMS e deverão utilizar tornozeleira eletrônica.

Também foram afastados de seus cargos, com uso de tornozeleira eletrônica e impedidos de se comunicar com outros investigados pela Polícia Federal, o conselheiro do TCE-MS, Osmar Domingues Jeronymo, e seu sobrinho, Danillo Moya Jeronymo, servidor comissionado do TJMS.

No despacho que autorizou a operação, o ministro do STJ deu autonomia ao delegado da Polícia Federal que conduz o inquérito, Marcos André Araújo Damato, para requisitar diretamente às instituições financeiras e ao Banco Central do Brasil quaisquer dados e documentos relacionados às operações financeiras dos investigados no período do afastamento do sigilo.

Isso inclui “documentos de suporte, fitas de caixa, cadastros dos clientes, análises de crédito feitas pelas instituições financeiras, dados de compliance e controles internos, relacionados a cartões de débito e crédito e quaisquer outros dados pertinentes”, segundo o ministro.

O Banco Central também deverá fornecer à Polícia Federal todas as informações sobre remessas de dinheiro dos investigados para o exterior. Entre pessoas físicas e jurídicas, 38 nomes de pessoas e empresas tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados pelo STJ e sofrerão devassa da Polícia Federal. 

QUBRA DE SIGILO

No topo da lista estão os desembargadores Sérgio Martins, Vladimir Abreu da Silva, Sideni Soncini Pimentel, Alexandre Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues. 

A lista inclui ainda advogados, filhos de desembargadores, ex-desembargadores, advogados lobistas, empresários e empresas, tais como:

  • Marcus Vinicius Machado Abreu da Silva
  • Ana Carolina Machado Abreu da Silva
  • Julio Roberto Siqueira Cardoso
  • Natacha Neves de Jonas Bastos
  • Paulo Fernando Garcia Cardoso
  • Gustavo Soares Abrego Gomes
  • Camila Cavalcante Bastos Batoni
  • Pedro Henrique Cavalcante Bastos
  • Rodrigo Gonçalves Pimentel
  • Renata Gonçalves Pimentel
  • Divoncir Schreiner Maran
  • Vanio Cesar Bonadiman Maran
  • Divoncir Schreiner Maran Junior
  • Maria Fernanda Gehlen Maran
  • Rafael Fernando Gehlen Maran
  • Diogo Ferreira Rodrigues
  • Osmar Domingues Jeronymo
  • Felix Jayme Nunes da Cunha
  • Everton Barcellos de Souza
  • Diego Moya Jeronymo
  • Danillo Moya Jeronymo
  • DMJ Logística e Transportes Ltda
  • Percival Henrique de Sousa Fernandes
  • PH Agropastoril Ltda
  • Paulo Afonso de Oliveira
  • Fabio Castro Leandro
  • Andreson de Oliveira Gonçalves
  • Florais Transportes Eireli
  • Flavio Alves de Morais
  • Mauro Boer

BALCÃO DE NEGÓCIOS

As vendas de decisões, conhecidas como vendas de sentenças, ocorriam de diversas formas e em vários processos. 

Um caso emblemático envolve desembargadores do TJMS, que aceitaram decisões baseadas em uma escritura falsa lavrada no estado do Paraná, usada para transferir a propriedade de uma fazenda em Maracaju.

Outro caso envolve o desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, que ajudou um colega do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o procurador de Justiça Marco Antônio Sottoriva, que havia feito um mau negócio na compra de uma fazenda. Sottoriva queria desistir da compra e enfrentava um contencioso de R$ 5 milhões na Justiça com a outra parte.

Brito Rodrigues decidiu sem ler o processo, delegando a seu assessor a elaboração da decisão, e atendeu ao pedido do amigo. Posteriormente, Sottoriva conseguiu um acordo para se livrar de pagar parcelas, aluguéis e lucros cessantes no desfazimento do negócio, agradecendo a Brito pela decisão favorável: “Graças a Deus e ao seu trabalho”.

Há também o caso do ex-prefeito de Bodoquena, Jun Iti Hada, que pediu para parcelar a compra de uma decisão (para rescindir uma sentença em que ele havia sido condenado) em duas vezes, além de decisões favoráveis para soltar traficantes.

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Campo Grande

Motoristas de ônibus prometem paralisação nesta segunda-feira

Com data-base vencida há quase um mês, funcionários pedem aumento de salário e melhorias nos benefícios

21/11/2024 09h17

Paralisação prevista para segunda-feira pode se estender caso Assembleia entre em acordo por greve.

Paralisação prevista para segunda-feira pode se estender caso Assembleia entre em acordo por greve. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Os motoristas do Consórcio Guaicurus programaram uma paralisação nos serviços durante toda a segunda-feira, dia 25 de novembro. Caso a assembleia aprove, há ainda a possibilidade da paralisação se tornar uma greve, e se estender por um período maior.

A medida será tomada porque os funcionários estão insatisfeitos com a falta de posicionamento por parte do Consórcio Guaicurus com relação ao reajuste salarial, que teve data-base vencida no dia 25 de outubro.

Com exclusividade ao Correio do Estado, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, Willian Alves, revelou que já foram realizadas quatro reuniões entre os representantes do sindicato, a agência de regulação e o Consórcio Guaicurus, mas que em nenhuma delas a empresa apresentou alguma proposta aos funcionários.

"Até agora não houve avanço, e a data base já venceu, por isso nós estamos marcando uma paralisação (...) Vamos fazer uma assembleia na segunda-feira, e daí, se não tiver acordo, a greve se estende se a assembleia aprovar. A paralisação é um meio legal que o sindicato tem de fazer. Agora, a greve nós temos que passar pela assembleia", destacou.

Segundo Willian, o Consórcio Guaicurus alega que não recebeu "sinalização" da Prefeitura de Campo Grande, e por isso nenhuma proposta pode ser apresentada aos funcionários.

"Só que o nosso contrato de trabalho é com a empresa, não tem nada a ver com o assunto deles com a prefeitura", acrescentou.

O diretor do sindicato afirmou ainda que não há uma nova reunião marcada, e que a paralisação só poderá ser "cancelada" se o Consórcio Guaicurus apresentar alguma resposta para atender às reivindicações.

Reajuste e melhorias

Os funcionários pedem reajuste de 8% no salário, além de melhorias em demais benefícios, como:

  • Vale gás mensal, já que hoje o benefício é ofertado mês sim, mês não;
  • Aumento de R$ 100 no vale alimentação, que iria de R$ 250 para R$ 350;
  • Reajuste de 2% na Participação nos Lucros, que atualmente é de 9% ao mês, acumulada em seis meses;
  • e ampliação na cobertura da assistência à saúde.

Consórcio passa por perícia

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, uma perícia nas contas do Consórcio Guaicurus foi iniciada na segunda metade de outubro, e a previsão era de que ela durasse 60 dias, ou seja, caso siga o planejamento, deve ficar pronta em dezembro.

A análise faz parte de ação movida pelo Consórcio Guaicurus, que pede que o reajuste tarifário seja feito todos os anos em outubro e também que haja um reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, o que poderia resultar em uma tarifa de R$ 7,79. Hoje, o preço do passe para a população é deR$ 4,75 e o valor da tarifa técnica é de R$ 5,95.

O processo se arrasta desde o ano passado e, em agosto deste ano, o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, decidiu suspender a revisão do contrato de concessão e o reajuste da tarifa até que a perícia fosse realizada.

Lucro 78,5% acima do previsto

No começo do ano passado, o instituto de perícia designado pelo Poder Judiciário indicou que não havia necessidade de reequilíbrio econômico-financeiro no contrato de concessão do transporte coletivo de Campo Grande. 

A empresa Vinícius Coutinho Consultoria e Perícia (VCP), designada pela 1ª Vara de Fazenda Pública da Capital, apontou uma taxa de retorno bem acima da esperada para que o reequilíbrio econômico-financeiro fosse de fato calculado pela Prefeitura Municipal de Campo Grande. 

A alegação foi de que os lucros acima do previsto nos primeiros sete anos deveriam ser usados agora para amortizar o deficit, já que o número de usuários do transporte público sofreu queda significativa de 2019 para cá. 

Essa perícia também mostrou que o lucro acumulado nos sete primeiros anos do contrato estava previsto para ser de R$ 38,6 milhões. Contudo, chegou a R$ 68,9 milhões. Ou seja, o lucro foi 78,5% maior que o previsto. Ao mesmo tempo, o laudo também constatou redução de quase 11% na distância percorrida. Em 2013, foram 38,3 milhões de quilômetros, contra 34,1 milhões de quilômetros ao longo de 2019.

Essa conclusão foi apresentada em fevereiro do ano passado. No mês seguinte, o juiz Paulo Roberto Cavassa de Almeida, da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, acatou argumento do Consórcio Guaicurus de que a perícia feita pela VCP não condizia com a realidade e determinou a realização de nova análise do faturamento da concessionária ao longo dos últimos anos.

Colaborou: Daiany Albuquerque

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INFRAESTRUTURA

Manobra jurídica leva MSVia a sair ganhando ao não cumprir contrato

Novas regras para a repactuação da rodovia criadas pela ANTT permitem que a CCR MSVia introduza uma nova pessoa jurídica que participará do leilão

21/11/2024 09h00

A rodovia é controlada pela empresa desde 2014, quando iniciou os investimentos em asfalto e estruturas de atendimento de urgência

A rodovia é controlada pela empresa desde 2014, quando iniciou os investimentos em asfalto e estruturas de atendimento de urgência Foto: Gerson Oliveira

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Para tentar manter a CCR MSVia na administração da BR-163, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) usou uma manobra burocrática que permitirá a empresa criar uma nova pessoa jurídica – Sociedade de Propósito Específico (SPE) – para participar do processo competitivo, uma espécie de minileilão a ser realizado em no mínimo 100 dias.

Esse procedimento foi considerado oportunista e vantajoso economicamente à concessionária, que poderá deixar de pagar R$ 802 milhões em dívidas com a União ou ver aumentar suas ações na Bolsa de Valores, além de deter informações prévias sobre a rodovia.

As regras do processo competitivo – o leilão que coloca os ativos repactuados em disputa – foram apresentadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) pela ANTT, por meio da proposta de solução consensual aprovada pelo plenário da Corte na semana passada, por seis votos a favor e apenas um contra, do relator da matéria no Supremo, Aroldo Cedraz.

O acórdão do Tribunal permitirá que sejam utilizados critérios considerados vantajosos para a CCR MSVia pelas empresas do mercado financeiro.
Na avaliação do Banco de Investimento do Bradesco (BBI), a decisão é favorável ao Grupo CCR, uma vez que, se perderem esse leilão, a empresa poderá remover R$ 609 milhões de dívida líquida e R$ 193 milhões de Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) negativo nos últimos 12 meses.

Por outro lado, se vencerem o leilão sob esses novos termos, o BBI aumentaria a meta de preço em R$ 1,40 por ação. O banco manteve a recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18, de acordo com informações do ADVFN Brasil, empresa de análise financeira com sede em Londres.
Por sua vez, a XP Investimentos, em seu site, informou que “vemos esse processo de revisão do contrato como uma oportunidade de ‘novo projeto’, com potencial de retorno acretivo, em função ao perfil otimizado do novo plano. 

Por outro lado, observamos um aumento no capex [investimento] e uma pressão no fluxo de caixa de curto prazo em um contexto de compromissos de capex já elevados para o Grupo CCR”.

OBRIGAÇÕES

Embora tenha criado condições para esses retornos financeiros, a ANTT só cobrou que a CCR MSVia duplique 203 km dos 847,2 km de toda a rodovia, enquanto o pedágio vai aumentar em 101% em quatro anos, passando dos atuais R$ 7,52 para R$ 15,13, além de outros aumentos por obras realizadas – de duplicação, 147 km de terceiras faixas, 22,9 km de vias marginais, 467 km de melhoria de acostamentos, entre outros.

Só no caso dos trechos de pista dupla, o aumento será de 30% sobre a tarifa em vigor, fazendo ela chegar a R$ 13,07 no primeiro ano e alcançar 
R$ 19,67 em 48 meses. Nos trechos com terceira faixa, o pedágio será 15% maior, passando de R$ 10,06 para R$ 11,57 
a cada 100 km no primeiro ano, até alcançar R$ 17,40 em quatro anos.

Outros investimentos também vão onerar o pedágio para os usuários, como contornos, que vão provocar elevação do valor do pedágio entre 1% e 1,6% para cada contorno e 5% para a conclusão de todas as demais melhorias (acostamentos, acessos, dispositivos, etc.), segundo o TCU.

BENEFÍCIOS

Além da vantagem econômica, há outro ponto criticado pelas regras definidas no acordo de solução consensual, considerado oportunista pelo ministro relator Aroldo Cedraz, porque a CCR MSVia deixou de cumprir parte do contrato e será a maior beneficiária com o minileilão.

No seu parecer, Cedraz afirmou que “a proposta apresentada resultante da Comissão de Solução Consensual consolida o comportamento oportunista da concessionária. 

Embora o comportamento oportunista seja comumente relacionado a lances irrealistas obtidos na licitação, as contratações sem descontos exagerados também podem levar a esse tipo de comportamento”.

O ministro explicou seu embasamento ao citar que a solução consensual cria “situação privilegiada para que o atual controlador se mantenha operando a rodovia. Portanto, vislumbra-se um efetivo risco de o ‘processo competitivo’ não se prestar à finalidade para o qual foi criado, tendo por vencedor provável a atual controladora da MSVia, considerando que o grupo dispõe de situação privilegiada desde o início do procedimento”.

Outra crítica de Cedraz à solução consensual da CCR MSVia é o reduzido prazo para os eventuais interessados obterem informações sobre as condições da rodovia, se os investimentos são plausíveis e viáveis com a perspectiva de receitas.

“No que tange à aquisição da SPE, ocorreria a absorção da concessionária MSVia por outro grupo econômico em uma operação conhecida como M&A [fusões e aquisições]. Trata-se de um procedimento complexo em diversos aspectos como o financeiro, o legal, o contábil, o operacional 
e o de recursos humanos. Assim, há que se avaliar os processos judiciais, os passivos, as contingências, os contratos em andamento, etc”, argumentou.

“A realização de uma operação de M&A é um processo que usualmente demora meses para se concretizar, envolvendo uma série de verificações a serem realizadas pelo potencial comprador”, disse.

“Entre as etapas de um M&A se destaca o due diligence, que se refere a uma investigação detalhada e uma análise da empresa-alvo realizada pelo comprador, com o objetivo de avaliar diversos aspectos do negócio, identificar riscos potenciais, oportunidades, e garantir que as informações fornecidas pelo vendedor sejam precisas e completas”, adicionou o ministro relator.

Na decisão do TCU, ficou estabelecido que, para a repactuação ser efetivada, será preciso adaptar o processo competitivo envolvendo a concessionária que explora a BR-163. 

Nesse sentido, a CCR criaria uma SPE, fazendo sociedade com outra empresa interessada na exploração da rodovia – e não haveria valor de venda da SPE, “desobrigando eventuais interessados na compra de desembolso significativo e que a atual controladora não necessitaria fazer”.

“Assim, há a redução da assimetria de condições e a remoção de importante barreira de entrada que haveria caso houvesse um valor de compra a ser pago pelo comprador,” avaliou Cedraz.

A determinação é de que o processo tenha um prazo adequado para os competidores, uma vez que a proposta inicial queria reduzir esse tempo de 100 dias para 70 dias, e que haja uma transparência de dados do acordo de repactuação.

Uma consulta pública também deverá ser realizada, a fim de garantir a transparência do acordo e permitir que a sociedade e os usuários da rodovia avaliem os termos. Porém, a data do leilão ainda não foi marcada.

PROCESSO COMPETITIVO 

A ideia central do processo competitivo é possibilitar a transferência do controle da SPE que administra a concessão. Esse leilão garantirá que 
o controle passe para a empresa que apresentar as melhores condições financeiras e técnicas, assegurando a viabilidade do projeto e a qualidade dos serviços.

Na prática, o processo vai envolver a venda de 100% das ações da concessionária, mantendo o contrato de concessão vigente, mas com atualizações necessárias para modernizar a concessão e adaptá-la às novas condições de mercado.

O critério principal de seleção é o deságio sobre a tarifa de pedágio – se o atual grupo controlador da SPE apresentar a melhor proposta durante o leilão público, ele poderá continuar no controle da concessão.

Isso significa que, mesmo após a realização do processo competitivo, o grupo atual poderá seguir à frente da gestão, desde que demonstre ser a opção mais vantajosa para garantir a viabilidade do contrato renegociado e modernizado.

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