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Novo teste detecta câncer de próstata com mais precisão

Novo teste detecta câncer de próstata com mais precisão

FOLHA

13/05/2011 - 20h00
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Um novo método para diagnosticar câncer de próstata promete ser mais preciso do que o teste usado hoje, o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês).

Exame periódico para achar tumor divide especialistas

O PSA detecta a elevação de uma proteína produzida pela próstata. É um indicativo de câncer, mas é criticado por dar falsos-positivos.

Uma dosagem alta de PSA pode significar também infecção ou crescimento benigno exagerado da próstata.

O novo teste, chamado de 4PLA, foi desenvolvido pela Universidade Uppsala, na Suécia. O estudo com os resultados do exame foi publicado nesta semana no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences".

O exame detecta, no sangue, a quantidade de prostassomas, microvesículas produzidas na próstata.

Normalmente, essas estruturas são liberadas no sêmen para aumentar a mobilidade dos espermatozoides. Se há câncer, a produção das microvesículas aumenta, e elas caem na corrente sanguínea.

No estudo, o teste detectou níveis até sete vezes maiores dessas estruturas no sangue de 20 pacientes com câncer, em comparação com outras 20 pessoas sem câncer.

O exame conseguiu ainda distinguir a gravidade da doença. A diferença foi vista em 59 pacientes com câncer de próstata com graus de 5 a 9 na escala de Gleason. A graduação vai de 2 a 10 e mostra a agressividade da doença.

A primeira versão do teste foi mais precisa para detectar cânceres de média e alta gravidades do que tumores menos agressivos.

Menos biópsias

Especialistas veem os resultados iniciais do teste como promissores.

"Um teste como esse pode ser de grande utilidade clínica, porque o PSA alto nem sempre significa câncer, e muitos pacientes fazem biópsias desnecessárias", diz o urologista Anuar Ibrahim Mitre, do Hospital Sírio-Libanês.

Hoje, dependendo da dosagem do PSA e do exame de toque, além de fatores como história familiar, o paciente pode ser submetido a uma biópsia para saber se tem ou não câncer de próstata.

O procedimento pode causar sangramento e, mais raramente, infecções, além de angústia, afirma Mitre.

Alto ou baixo risco

Como o novo teste determina a gravidade do câncer, ele também pode ser usado para saber se é necessário ou não fazer o tratamento, de acordo com Gustavo Guimarães, oncologista e diretor do núcleo de urologia do Hospital A.C. Camargo.

"O PSA não faz isso, e esse é o diferencial desse novo marcador", afirma Alexandre Crippa, uro-oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira.

Alguns tumores progridem lentamente, e o tratamento, que pode causar disfunção erétil e incontinência urinária, pode ser substituído por acompanhamento médico.

"Hoje, não conseguimos diferenciar os pacientes que vão ou não morrer de câncer. Por isso se busca algo que mostre se o câncer é de alto risco, para reduzir o número de tratamentos desnecessários", diz Guimarães.

O pesquisador Masood Kamali-Moghaddam, um dos autores do estudo, afirma que o teste precisa de melhorias. Os resultados iniciais devem ser sustentados por uma pesquisa maior, que já começou.

"Ainda pode levar alguns anos até que o exame seja usado de forma rotineira", afirmou à Folha.

Ultrassom 3D

Um novo método, que une ressonância magnética e ultrassom 3D, faz biópsias mais precisas e pode ajudar a distinguir a gravidade do câncer. A tecnologia foi desenvolvido pela Universidade da Califórnia e pode beneficiar quem já fez biópsia e continua com PSA alto e quem faz acompanhamento de tumor de baixo risco.

Para Guimarães, o teste, de alta tecnologia e, portanto, mais caro, pode ser usado de forma complementar ao PSA e indicado para os pacientes que têm resultados alterados.

16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas de 29 de novembro, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus.

O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo, respectivamente.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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