Cidades

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O grande conciliador

O grande conciliador

Redação

08/03/2010 - 09h02
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Grande. Grande mesmo: no tamanho, na altura, no peso, mas sobretudo no coração, na alma. Grande em tudo o que fazia. Assim era Elias Chafic Ferzeli, meu irmão, meu amigo, meu parceiro, que nos deixou no último dia 6. Ficou uma sensação de vácuo, de vazio. Que, aos poucos, vai sendo preenchido pelas lembranças boas que ele deixou. Nascido no Líbano, em 1941, em Baalbek, criado em El Karaoun, lugares históricos aqui chegou com seus pais, quando tinha 15 anos. Exerceu muitas atividades, sempre com todo zelo e dedicação, alcançando êxito em todas elas nos ramos do comércio, imóveis e hoteleiro. Foi presidente do Clube Libanês e também seu diretor social, contribuindo para torná-lo um local de encontro da sociedade campo-grandense. Graduado em direito, fortaleceu-se mesmo no ramo imobiliário, com uma visão de futuro como poucos, onde lançou diversos empreendimentos em locais aparentemente sem atrativos e que com o seu toque de Midas se transformaram, com o tempo, em excelentes investimentos, tais como Vila Orsi, Tijuca I e II, Chácaras Moradia do Sol, Jardim Colúmbia, Chácaras dos Poderes, Tayamã Parque e Itanhangá Park, entre outros. Dedicou sua vida a servir aos outros, mas sem descuidar-se de si mesmo. Encarnou com muita fidelidade o espírito de amizade e de solidariedade do libanês. Cultor da alegria de viver, fez da sua vida um hino ao amor. Eu vivi muitos episódios com o Elias. Vou relatar alguns. Quando eu era presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis (1980/1986), compramos do Elias um terreno com 1.500 m² no Itanhangá Park, para construção da sede própria, cujo pagamento foi facilitado ao extremo por ele. Mesmo assim tivemos dificuldades para pagar. Quando a coisa apertou, a saída foi fazer um empréstimo com o sr. Naim Dibo, avalizado por ele, Elias. No primeiro vencimento não pudemos pagar e tivemos que prorrogá-lo. Na prorrogação também não deu. Resumo da ópera: Elias pagou o sr. Naim e o nosso Sindicato levou um tempo enorme para poder cumprir o compromisso com ele. Mas cumprimos. Na sua segunda administração como presidente do sindicato, Dalton de Souza Lima (1995/1998), propôs a denominação da sede própria com o seu nome, o que foi aprovado por unanimidade em assembleia geral, como lá está: Edifício C.I. Elias Chafic Ferzeli. Uma justa homenagem. Realizamos muitos negócios juntos, sem documento escrito, tudo na palavra. Lembro-me quando comprei dele um certo número de áreas das Chácaras dos Poderes. Negócio realizado, pagamento efetuado, faltava a escritura. O que ele fez? Foi ao cartório do 1º ofício outorgando-me procuração de todas as chácaras, ou seja, documentalmente passei a dispor de todas as unidades. Assim era ele comigo. Quando ele vendia alguma chácara quem outorgava a escritura era eu. E isso tudo depois de termos levado um tempo enorme para o honrar o pagamento do terreno do sindicato. Alguns anos depois, Eduardo, seu filho, me ligou perguntando se a procuração poderia ser cancelada e eu lhe disse que bastava lavrar o cancelamento que eu passaria no cartório para assinar, anuindo. Quando ficou pronto, o Joãozinho (João de Oliveira Rodi) me avisou, fui lá e assinei. Mais um episódio com Elias: grande parte das áreas remanescentes das chácaras dos Nakazato foram vendidas por nós para a Uniderp – negociadas com o prof. Pedro Chaves, então reitor –, onde está construída a universidade. Cada negócio era um parto da montanha: de um lado os proprietários pessoas de uma simplicidade total – mas muito desconfiados, temerosos de dispor de um patrimônio a preço baixo –; de outro, o prof. Pedro Chaves. Quem já tentou negociar com ele, sabe como é difícil; mas depois que decidia, cumpria rigorosamente o negociado. Algumas negociações levaram dois, três anos. O Elias se impacientava, queria desistir, e eu dizia: “Calma que a gente chega lá”. E chegamos. Concluímos todos os negócios. O escritório do Elias parecia um centro de romaria, tal a diversidade de pessoas que a gente lá encontrava. E ele recebia a todos. Com a mesma atenção e respeito. Sempre procurando resolver as situações. Daí o título deste artigo: O GRANDE CONCILIADOR. Foi o que ele fez com maestria durante toda a sua vida.

Programa social

Prazo para recadastramento no Energia Social encerra em dezembro

Famílias que não se recadastrarem até o prazo perderão o benefício

21/10/2024 16h29

Beneficiária do

Beneficiária do "Energia Social: Conta de Luz Zero" Arquivo / Agência MS

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Beneficiários do programa "Energia Social: Conta de Luz Zero" têm até o dia 31 de dezembro para realizarem o recadastramento do benefício que garante a gratuidade da conta de energia elétrica de quem se adequa ao critério de baixa renda.

De acordo com a secretária Patrícia Cozzolino, da Sead (Assistência Social e Direitos Humanos), as famílias que não realizarem o recadastramento no prazo estipulado perderão o benefício

"É muito importante que todos os beneficiários do programa Energia Zero, aquele que vem com a conta de luz de energia quitada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, se recadastre, porque, pela lei, aquele que não se recadastrar até o dia 31 de dezembro de 2024 não terá mais a sua conta de energia paga", afirma.

Novos cadastros

Famílias que se enquadram nos critérios de elegibilidade do programa ainda podem se cadastrar.

Através do "Energia Social: Conta de Luz Zero" o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul faz o pagamento da conta de energia de famílias de baixa renda residentes no estado.

Critérios

O programa abrange famílias que se enquadram nos seguintes critérios:

  • habitam em imóveis residenciais urbanos ou rurais que possuem consumo mensal de até 220 kWh
  • o proprietário não possui mais de um imóvel residencial
  • é beneficiário do Programa Tarifa Social de Energia Elétrica do Governo Federal
  • a renda mensal per capita é igual ou inferior a meio salário mínimo
  • a renda familiar mensal total é de até dois salários mínimos

Serviço

Recadastramento ou cadastramento do programa "Energia Social: Conta de Luz Zero"

Prazo: 31 de dezembro

Site: www.energiasocial.ms.gov.br/

Locais: Além do site, é possível realizar a regularização em Cras (Centro de Referência em Assistência Social), em uma sede do Mais Social ou em agências da Sanesul

Crime brutal

Irmãos são presos após golpear a cabeça de homem 15 vezes durante discussão

O crime aconteceu no município de Jardim (MS), durante uma discussão sobre facções criminosas. Os suspeitos fugiram do local após matar a vítima, mas foram encontrados na manhã de hoje (21), quando confessaram o crime

21/10/2024 16h00

Pedaço de madeira usada no crime.

Pedaço de madeira usada no crime. Foto: Jardim MS News

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Os irmãos Willerson de Souza Portilho, de 25 anos, e Jean Carlos Souza Portilho, de 28 anos, confessaram que mataram Celso Augusto Chimenes de Oliveira, de 32 anos, com 15 pauladas na cabeça durante uma briga entre facções criminosas, na madrugada deste domingo em Jardim, a 235 quilômetros de Campo Grande. Os irmãos foram presos horas depois, em um imóvel na região central do município.

Aos policiais, Willerson disse que eles estavam na casa de um colega ingerindo bebidas alcoólicas com a vítima e a namorada, quando iniciaram uma discussão sobre facções criminosas.

Durante o bate-boca, Celso agrediu Willerson com socos, o que aumentou ainda mais a tensão entre os dois. Após as agressões, o autor do crime saiu do local em direção à sua residência, onde encontrou o irmão. Em posse de duas madeiras, eles voltaram ao local em uma motocicleta, onde ocorreu a discussão com Celso.

Aos policiais, Willerson disse que, ao encontrar a vítima novamente, iniciou uma nova discussão e, durante o bate-boca, desferiram 15 golpes na cabeça da vítima, fugindo logo depois do local em uma motocicleta modelo Honda.

Desesperados, os moradores do local acionaram o Corpo de Bombeiros, mas, ao chegarem ao imóvel, encontraram Celso sem vida. 

Equipes da Polícia Civil e da Perícia Técnica estiveram na residência para apurar as circunstâncias do crime.

Diante das informações recebidas no local do homicídio, equipes do Setor de Investigação Geral (SIG) conseguiram prender os irmãos em uma residência na região central do município.

A Polícia Militar, Civil e a Perícia estiveram na residência para apurar o crime de homicídio. Em diligências, o Setor de Investigação Geral (SIG), com o apoio da PM, conseguiu prender os suspeitos em um imóvel na área central. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

O corpo foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será periciado. Apesar da prisão dos irmãos, acusados do crime, o caso segue em investigação para seu fechamento.

 

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