Cidades

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O parque que não é parque

O parque que não é parque

Redação

26/02/2010 - 06h23
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Tenho visto na imprensa local engenheiros agrônomos, bi- é necessário? ólogos e representantes da categoria rural deste Estado discutir o tema PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BODOQUENA. Fico feliz quando meu Estado é lembrado como um dos poucos deste País gigante possuidor de um Parque Nacional, só que são dois. Esqueceram do Parque Nacional das Emas ou acharam que ele é só de Goiás. Nosso ecoturismo está em franca expansão, servindo para mostrar ao mundo que se pode ter um desenvolvimento sustentável, produzir para a população comprar o que ela quer comer e ainda lucrar com a preservação ambiental. Estamos no começo desta caminhada rumo ao lucro pela preservação ambiental. O Protocolo de Quioto, assinado há mais de 10 anos, fala sobre o pagamento para quem sequestra carbono, mas os produtores rurais que têm sua reserva legal de 20, 35, 50 ou 80% ainda não viram a cor do dinheiro que teriam direito pelo carbono que sequestram, além de mais 17% de áreas de proteção permanente, aquelas que protegem os rios mantendo a proteção vegetal em sua margem, preservando um bem finito que é a água. Estava confiante que na reunião sobre as mudanças climáticas, em Copenhagen, ano passado iríamos começar a ver a remuneração que os países poluidores do mundo fariam aos que conservam o meio ambiente para que todos os cidadãos do mundo tenham um ar mais puro, um clima favorável e uma vida melhor, gerando mais riqueza não só ao produtor rural e a meu Estado, mas a todo esse imenso Brasil, através da distribuição da renda proveniente, pois o desenvolvimento sustentável está fixado sobre o tripé da condição de socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto. Triste decepção, de Copenhagen nada saiu, o Brasil tentou, mas nada veio. O assunto ambiental é apaixonante, traz debates acalorados e às vezes saímos do tema e acabamos entrando em outros, mas voltemos ao nosso Parque que não é parque. Todas as matérias que li, tirando a paixão de um lado e do outro, estão certas. Vale ressaltar que na vontade de puxar a sardinha para o seu lado, ouve omissões da questão jurídica em tela. Quando a Famasul entrou com a ação de declaração de extinção do Parque o Poder Judiciário Federal de Mato Grosso do Sul, através do Exmº. Sr. Juiz Dr. Pedro Pereira dos Santos concedeu a liminar à Famasul e consequentemente aos produtores rurais atingidos pelo decreto expropriatório, a manter sua atividade agropecuária enquanto o Governo Federal não o indenize pelas suas terras, de onde tiram o seu sustento, de sua família e o de seus empregados. Certo o Juiz. O Governo Federal já adquiriu 11% das terras com que pretende constituir o Parque. Lá nada fez. Se nem na área de sua propriedade nada constituiu, imagine no resto. Pelo menos na mão do produtor o fogo não queima o pouco que resta deste ecossistema, o que já aconteceu antes da liminar. Falta gente, falta dinheiro, falta planejamento. Pergunto por que os biólogos, engenheiros agrônomos e pessoas interessadas em manter o Parque não se juntam aos produtores rurais ligados aos sindicatos dos 4 municípios envolvidos no Parque, da Famasul e das Prefeituras Municipais e vão atrás do dinheiro ou de recursos para pagar os produtores e implantar o Parque. Lembro que boa parte das áreas do Parque já eram preservadas pelos produtores rurais que as transformaram em RPPN - Reserva Particular do Patrimônio Natural ou APA – Área de Proteção Ambiental, uma área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. Não se pode afirmar que os produtores envolvidos querem destruir o Parque. Lembro que, à época de sua criação, o SNUC ainda não era Lei, mesmo assim foram feitas as consultas às comunidades envolvidas, mas como a criação era de livre vontade do Presidente da República, o decreto foi publicado e o que a comunidade falou, não teve eco junto ao dirigente Maximo do Brasil. A comunidade queria criar APAs e RPPNs, ambas com maior elasticidade para exploração econômica turística, alem de pesquisas. O Parque é restrito, “tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico” – Art. 11 caput da lei do SNUC. Dentro do que temos hoje e dentro do disposto no SNUC - Lei 9.985/2000 após o Parque constituído, qual seja, a União deve ser a detentora do domínio e da posse da área como diz o Art. 11 e o seu conselho consultivo, Art. 29 da citada lei, só poderá ser criado e aprovar o plano de manejo do parque quando o mesmo existir. Se não existe parque ou se existe parte dele, o plano de manejo não pode ser realizado ou deve ser feito só na área de propriedade da União, isto é, só nos 11%. Certo o Juiz quando da segunda liminar. Vejo como operador do direito que infelizmente as autoridades que poderiam resolver o caso em tela não têm interesse ou não tem recursos para resolver a efetiva constituição do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, trazendo angústia e disputa econômica entre os interessados, quais sejam: os produtores que precisam tocar sua atividade econômico-financeira, os biólogos e outros pesquisadores que querem desenvolver pesquisas na área e manter seu sustento e os próprios servidores federais, estaduais e municipais envolvidos no Parque e que nada podem fazer. Resta ao Poder Judiciário competente colocar as coisas no eixo, dentro do que preceitua o ordenamento jurídico brasileiro.

Serviço de Trânsito

Com 'guichê 60+' agências do Detran atenderam mais de 300 idosos em MS

Com enfoque em atendimento personalizado, pessoas com idade a partir dos 60 anos têm acesso a taxas diferenciadas

22/10/2024 17h00

Fotos: Rachid Waqued

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Com duas agências para atendimento preferencial a pessoas acima dos 60 anos, mais de 300 idosos foram atendidos pelo Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).

Com o intuito de ofertar atendimento humanizado, o modelo de atendimento tem foco na qualidade. Atualmente, são duas agências: uma em Campo Grande e outra em Dourados.

Conforme atualização do Detran-MS, por dia são atendidos em média 27 clientes; apenas nos primeiros dias, resultou em 277 pessoas com atendimento personalizado.

Fotos: Rachid Waqued / Agência Shopping Campo Grande

Capital

Em Campo Grande, o Guichê 60+ funciona na agência do Shopping Campo Grande.

O serviço teve início no dia 7 de outubro; em nove dias, 169 pessoas foram atendidas, com servidores capacitados para oferecer um atendimento empático e único.

No final do processo, o cliente ainda pode avaliar o atendimento dos colaboradores do Detran-MS.

“Na quinta-feira, atendemos um casal, e eles falaram que esse atendimento foi a melhor coisa que o Detran já fez para eles (os idosos). Atendimento rápido, não precisa agendar. E ela disse também que o atendimento da servidora foi extremamente ágil, de uma simpatia e educação, explicando tudo direitinho, com a paciência que eles necessitam”, disse a gerente da Agência do Shopping Campo Grande, Tamie Nadielli.

Dourados

A agência de Dourados foi a primeira a ofertar o serviço personalizado para os idosos e teve um total de 108 atendimentos em sua agência híbrida (entre os dias 3 e 18 de outubro).

“Nessa semana, o Guichê 60+ virou uma sala de aula. Tinham três pessoas para baixar o aplicativo e ter o documento do veículo no celular. A Evelyn atendeu os três juntos. Eles conversaram, fizeram amizade e acharam o máximo. O mais legal é que olhavam para a servidora e falavam: 'Olha o que eu sei fazer!' mostrando para ela como visualizar o documento. Comprovando que tinham aprendido o que ela tinha acabado de ensinar. Isso é gratificante”, compartilhou a gerente Elizangela Ximenes.

Atendimento personalizado

Os Guichês 60+ do Detran-MS representam um serviço inovador na gestão que trabalha tanto com o serviço digital quanto inclusivo.

"O Detran-MS avançou muito em tecnologia, e agora estamos focando também nas melhorias que podem impactar positivamente na vida do cidadão. O Guichê 60+ fortalece a inclusão e a valorização dos idosos na sociedade. Contribui para um envelhecimento mais ativo e saudável, promovendo uma convivência respeitosa entre as gerações”, pontuou o Diretor-Presidente do Detran-MS, Rudel Trindade.

Benefícios

Muito além do atendimento personalizado, pessoas com idade igual ou acima de 60 anos irão usufruir de cobrança de taxas com desconto nos seguintes serviços:

  • Emissão
  • Reemissão ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Segundo a Lei Estadual (n° 4.282, de 14 de dezembro de 2012), que prevê valores das taxas de serviço conforme a emissão da CNH expedida.

“A partir de 60 anos, em que a validade da CNH é de cinco anos, o valor é de 50% da guia; e a partir de 70 anos, em que a validade é de três anos, o valor é de 30% da guia”, explica o Diretor de Habilitação do Detran-MS, Luiz Fernando Ferreira.

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Meio Ambiente

Maior tatu-canastra é capturado no Pantanal de MS

Com a captura, foi possível realizar exames que auxiliarão a entender o processo de reprodução da espécie na natureza

22/10/2024 16h50

Imagem Divulgação

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O Projeto Tatu-Canastra capturou o maior tatu da espécie em 14 anos de trabalho no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Um macho, com 160 cm de comprimento e 36 kg, recebeu o nome de Wolfgang.

O nome faz alusão ao trabalho do presidente do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), Arnaud Desbiez, que, no dia 26 de setembro, recebeu o prêmio The Wolfgang Kiessling International Prize.

A premiação, pelo programa American Humane, veio justamente pela captura e registro do maior tatu-canastra já registrado no Pantanal sul-mato-grossense.

Imagem Divulgação

Avaliação


O animal passou por diversos exames para verificar a condição de saúde, assim como recebeu a instalação de um chip com rádio transmissor VHF.

Também foi feita a coleta de sêmen para estudos sobre a reprodução do tatu-canastra na natureza.

Todo o procedimento foi supervisionado pela médica veterinária e pesquisadora do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) para a coleta do material biológico.

“O principal objetivo do estudo é entender melhor como funcionam a biologia e a fisiologia reprodutiva do tatu-canastra e do tamanduá-bandeira em vida livre”, explica Carolina, que também é mestranda pela UNESP de Botucatu.

A pesquisa é financiada pela Rufford Foundation, do Reino Unido.

Reprodução


A pesquisa está concentrada na análise da qualidade do sêmen e da morfologia espermática, com o objetivo de criar, no futuro, um banco de preservação de diversas espécies

. O estudo proporcionará um maior entendimento sobre a reprodução do tatu-canastra, cujo conhecimento ainda está pouco avançado.

“A validação dessas técnicas para monitoramento da reprodução em vida livre pode contribuir significativamente para a conservação desses dois gigantes da nossa fauna”, acrescenta a médica veterinária.

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