Cidades

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O valor do jornalismo

O valor do jornalismo

Redação

24/02/2010 - 06h41
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Dois estudos norte-americanos recentes fornecem elementos importantes para a compreensão da dinâmica da mudança em curso no mercado de comunicação social, provocada pela revolução digital. O primeiro é um levantamento do instituto Pew Research Center, que demonstrou serem os jornais responsáveis por cerca de metade da produção de conteúdo jornalístico novo. As demais mídias tradicionais juntas (tv, rádio e outros) produzem quase todo o restante, e só 4% das informações inovadoras originam-se nas novas mídias (plataformas de busca, agregadores, blogs etc). O segundo levantamento, feito pelo Fair Syndication Consortium, atestou que cada matéria de jornal é reproduzida sem licença em média 4,4 vezes na Internet, chegando a 15 vezes nos casos dos títulos de maior credibilidade. O papel das novas mídias tem sido, em geral, o de simples replicadoras em escala exponencial dos conteúdos originais, produzidos principalmente pelos jornais. Não se discute a capacidade da Internet no que se refere ao compartilhamento imediato e global das chamadas hard news, entendidas como a apresentação simples de acontecimentos, por meio de textos, áudio e/ou imagens, muitas vezes feitas por amadores. Aliás, neste aspecto, o da disseminação instantânea de notícias, o rádio e a tv já haviam ocupado, com eficiência, o espaço inaugurado pelo jornal, a mais antiga das mídias. Referimo-nos ao papel mais importante do jornalismo: o de produzir informações e análises inovadoras, sob a responsabilidade de empresas jornalísticas sérias, que exigem de seus profissionais – jornalistas altamente qualificados – o uso de técnicas de apuração e o compromisso com princípios editoriais transparentes. Tudo isso, a cada dia do ano – o que torna necessária a contratação de centenas de profissionais, no caso dos jornais de maior porte. Conclusão óbvia: produzir informação inovadora e de qualidade – aquela que contribui de forma relevante para que os cidadãos possam refletir e ter opiniões próprias num país democrático – custa caro. O modelo ideal de empresa jornalística é a que se sustenta por meio da venda dos exemplares e também, necessariamente, pela receita publicitária oriunda de uma carteira ampla e diversificada de anunciantes. Somente empresas jornalísticas financeiramente sólidas podem manter a desejável independência editorial em relação a governos ou a interesses privados, o que lhes permite eleger como prioridade absoluta o direito dos cidadãos de acesso às informações, e assim garantir a publicação de notícias e análises que podem contrariar interesses políticos e econômicos. Não há dúvida de que o jornal Washington Post prestou um serviço à sociedade norte-americana, em 1974, com a divulgação de reportagens sobre o Caso Watergate, estopim de investigação que resultou na queda do presidente Richard Nixon. A democracia da América não foi abalada. Ao contrário, se fortaleceu. Tudo isso coloca em debate uma questão fundamental para o futuro da comunicação nesse admirável mundo novo em que vivemos. Utilizando-se de mecanismos de busca na Internet, grandes empresas da nova fronteira tecnológica se apropriam das informações jornalísticas, sem autorização dos detentores dos direitos sobre elas e sem qualquer remuneração. Tais empresas estão hoje entre as maiores e mais lucrativas do planeta. A persistir esse modelo de apropriação e uso gratuito na Internet das informações jornalísticas, elas tenderão a perder qualidade e, em última instância, a desaparecer. Sem a remuneração devida, como poderão os jornais produzir as informações que pautam os grandes debates, que ajudam na formação da opinião, que orientam os cidadãos? Jornais são a mais antiga, tradicional e consistente das mídias, a que teve função mais relevante nas transformações sociais, econômicas e políticas nos últimos 500 anos, razão pela qual se tornaram símbolos da própria democracia. Não é o caso de discursos retrógrados – de resto, inócuos. As novas mídias vieram para ficar, e devemos entendê-las como avanços que podem significar a melhoria do nível geral de informação, especialmente entre os jovens e em sociedades menos favorecidas. A questão está em encontrar um modelo saudável, que permita a continuidade dos padrões anteriores de qualidade na produção de informação e apuração de notícias. Caso contrário, perde a indústria jornalística, responsável pelos mais de 539 milhões de exemplares que circulam diariamente no mundo. Mas, muito pior, perde a democracia um dos seus maiores guardiões.

Programa social

Prazo para recadastramento no Energia Social encerra em dezembro

Famílias que não se recadastrarem até o prazo perderão o benefício

21/10/2024 16h29

Beneficiária do

Beneficiária do "Energia Social: Conta de Luz Zero" Arquivo / Agência MS

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Beneficiários do programa "Energia Social: Conta de Luz Zero" têm até o dia 31 de dezembro para realizarem o recadastramento do benefício que garante a gratuidade da conta de energia elétrica de quem se adequa ao critério de baixa renda.

De acordo com a secretária Patrícia Cozzolino, da Sead (Assistência Social e Direitos Humanos), as famílias que não realizarem o recadastramento no prazo estipulado perderão o benefício

"É muito importante que todos os beneficiários do programa Energia Zero, aquele que vem com a conta de luz de energia quitada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, se recadastre, porque, pela lei, aquele que não se recadastrar até o dia 31 de dezembro de 2024 não terá mais a sua conta de energia paga", afirma.

Novos cadastros

Famílias que se enquadram nos critérios de elegibilidade do programa ainda podem se cadastrar.

Através do "Energia Social: Conta de Luz Zero" o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul faz o pagamento da conta de energia de famílias de baixa renda residentes no estado.

Critérios

O programa abrange famílias que se enquadram nos seguintes critérios:

  • habitam em imóveis residenciais urbanos ou rurais que possuem consumo mensal de até 220 kWh
  • o proprietário não possui mais de um imóvel residencial
  • é beneficiário do Programa Tarifa Social de Energia Elétrica do Governo Federal
  • a renda mensal per capita é igual ou inferior a meio salário mínimo
  • a renda familiar mensal total é de até dois salários mínimos

Serviço

Recadastramento ou cadastramento do programa "Energia Social: Conta de Luz Zero"

Prazo: 31 de dezembro

Site: www.energiasocial.ms.gov.br/

Locais: Além do site, é possível realizar a regularização em Cras (Centro de Referência em Assistência Social), em uma sede do Mais Social ou em agências da Sanesul

Crime brutal

Irmãos são presos após golpear a cabeça de homem 15 vezes durante discussão

O crime aconteceu no município de Jardim (MS), durante uma discussão sobre facções criminosas. Os suspeitos fugiram do local após matar a vítima, mas foram encontrados na manhã de hoje (21), quando confessaram o crime

21/10/2024 16h00

Pedaço de madeira usada no crime.

Pedaço de madeira usada no crime. Foto: Jardim MS News

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Os irmãos Willerson de Souza Portilho, de 25 anos, e Jean Carlos Souza Portilho, de 28 anos, confessaram que mataram Celso Augusto Chimenes de Oliveira, de 32 anos, com 15 pauladas na cabeça durante uma briga entre facções criminosas, na madrugada deste domingo em Jardim, a 235 quilômetros de Campo Grande. Os irmãos foram presos horas depois, em um imóvel na região central do município.

Aos policiais, Willerson disse que eles estavam na casa de um colega ingerindo bebidas alcoólicas com a vítima e a namorada, quando iniciaram uma discussão sobre facções criminosas.

Durante o bate-boca, Celso agrediu Willerson com socos, o que aumentou ainda mais a tensão entre os dois. Após as agressões, o autor do crime saiu do local em direção à sua residência, onde encontrou o irmão. Em posse de duas madeiras, eles voltaram ao local em uma motocicleta, onde ocorreu a discussão com Celso.

Aos policiais, Willerson disse que, ao encontrar a vítima novamente, iniciou uma nova discussão e, durante o bate-boca, desferiram 15 golpes na cabeça da vítima, fugindo logo depois do local em uma motocicleta modelo Honda.

Desesperados, os moradores do local acionaram o Corpo de Bombeiros, mas, ao chegarem ao imóvel, encontraram Celso sem vida. 

Equipes da Polícia Civil e da Perícia Técnica estiveram na residência para apurar as circunstâncias do crime.

Diante das informações recebidas no local do homicídio, equipes do Setor de Investigação Geral (SIG) conseguiram prender os irmãos em uma residência na região central do município.

A Polícia Militar, Civil e a Perícia estiveram na residência para apurar o crime de homicídio. Em diligências, o Setor de Investigação Geral (SIG), com o apoio da PM, conseguiu prender os suspeitos em um imóvel na área central. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

O corpo foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será periciado. Apesar da prisão dos irmãos, acusados do crime, o caso segue em investigação para seu fechamento.

 

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