Cidades

REFLEXO

Obras de R$ 76 milhões são interrompidas por pandemia

Licitação de iluminação pública, reforma de teatro e asfalto são paralisados

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A Prefeitura de Campo Grande foi obrigada a paralisar pelo menos 10 licitações que totalizariam R$ 76 milhões, por conta da necessidade de apresentação de proposta por parte de empresas interessadas. Isso por conta do decreto n° 14.195, instituído pela própria administração municipal, que proibiu atividades presenciais em razão da pandemia do novo coronavírus.  

Com isso, a reforma do Teatro Municipal José Octávio Guizzo, a expansão das lâmpadas de LED em ruas e avenidas e a pavimentação de nove trechos de estradas vicinais estão paralisados aguardando a suspensão do decreto.

Conforme o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, esses processos já haviam sido finalizados internamente pela Diretoria de Compras e Licitações (Dicom), mas com a determinação do município o edital não foi sequer publicado em Diário Oficial.

“Quando a gente publica o edital, já colocamos a previsão de quando essas propostas serão entregues, então preferimos nem publicar e esperar até que esse decreto esteja suspenso”, explicou Fiorese.

Há também outros sete processos licitatórios, de várias áreas, que já tinham sido publicados no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), mas acabaram suspensos por causa da determinação. Entre eles está a contratação de empresa para elaboração de projetos básico, executivo e complementar da piscina olímpica no Parque Ayrton Senna, a contratação de empresa para execução de reforma do Horto Florestal e a contratação de empresa para implantação de sinalização semafórica das ruas Brilhante e Guia Lopes.

“São obras que tiveram seus recursos liberados pela Caixa Econômica Federal entre o fim do ano passado e início deste ano e que agora estão sem previsão para que os processos retornem”, reforçou o secretário.

Já no caso das estradas vicinais, algumas em Anhanduí, distrito da Capital, as obras de manutenção estavam pevistas em quatro trechos e sete ramais.

As obras do Teatro do Paço Municipal José Octávio Guizzo, fechado há 28 anos, consumirão cerca de R$ 700 mil, recurso obtido por meio de emenda parlamentar do então deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) – atual ministro da Saúde. O local está com as portas fechadas para a cultura. Foi reformado algumas vezes para ações pontuais do município, mas permanece inoperante para sua função de origem.  

NOVA CAMPO GRANDE

Além dos processos que já se encontram finalizados, o secretário afirmou que há também outros que já estão com os trâmites internos quase concluídos, mas que não há previsão para saírem do papel. É o caso das obras de drenagem e pavimentação na região do Bairro Nova Campo Grande.

O projeto prevê a execução de 16 quilômetros de drenagem, 20 quilômetros de pavimentação e 9 quilômetros de recapeamento. Estão previstas intervenções em ruas como a Felipe dos Santos, Teófilo Otoni, Avenida 2, Wilson Paes de Barros, Antônio Vieira de Mello, Amaro de Castro Lima e as ruas 25 e 57. Além delas, haverá duplicação e prolongamento da Avenida 7, com quase 2 quilômetros de extensão.

O local contará com a construção de uma ponte de 20 metros sobre o Córrego Imbirussu, orçada em R$ 2 milhões, que será um novo acesso ao Polo Empresarial Oeste. Atualmente, a única alternativa de acesso é pela Avenida Duque Caxias e o seu prolongamento, a Solon Padilha.

O investimento total naquela região seria de aproximadamente R$ 51 milhões, recurso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Pavimentação, com contrapartida do município, em parceria com o governo do Estado.

Fórum Criminal

Adriane doa terreno de R$ 13,4 milhões ao Tribunal de Justiça

Imóvel, de 5,5 mil metros quadrados, está localizado na esquina da rua Barão do Rio Branco com a Bahia, onde funciona o Batalhão de Trânsito

17/12/2025 19h00

Polícia de Trânsito será

Polícia de Trânsito será "despejada" do endereço onde funciona há cerca de duas décadas para dar lugar ao Fórum Criminal Gerson Oliveira

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A prefeitura de Campo Grande oficializou nesta quarta-feira (17) a doação de um terreno de 5,59 mil metros quadrados, avaliado em R$ 13.489.788,28, para o Governo do Estado. No local, esquina das ruas Barão do Rio Branco com a Bahia, será construído o Fórum Criminal. 

No terreno que ainda pertencia à prefeitura funciona, há cerca de duas décadas, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que terá de ser transferido para novo endereço assim que as obras começarem, possivelmente no próximo ano. O novo local ainda não foi definido.

O terreno, onde até o final do século passado estava instalado o Dersul (Agesul), tem 12,22 mil metros quadrados. E como somente parte foi doada, os orgãos da saúde municipal e estadual continuarão no mesmo endereço. 

A aprovação da doação terreno ocorreu no último dia 10, em meio à resistência de parte dos vereadores, já que entendiam que a prefeitura, em crise financeira, deveria vender o imóvel. Porém, a proposta da prefeita Adriane Lopes acabou obtendo o número de votos necessário para a doação.  

Conforme a previsão do Tribunal de Justiça, para o novo prédio serão transferidas as seis varas criminais e as duas do tribunal do júri. Entre as propostas está a construção de auditórios maiores para acomodar a platéia durante estes julgamentos. 

Até a conclusão da obra serão necessários em torno de R$ 100 milhões. Porém, no orçamento do próximo ano o Tribunal de Justiça destinou apenas R$ 1.635.000,00, valor que deve ser suficiente apenas para bancar os trabalhos iniciais de elaboração do projeto executivo do novo prédio, a não ser que o Executivo banque os custos da construção. 

A prioridade do TJ,  por enquanto, é a construção do anexo e refeitório do prédio do gabinete dos desembargadores. Para este projeto estão sendo destinados R$ 8,9 milhões na proposta orçamentária do próximo ano do TJMS.

Um dos argumentos utilizados pelo presidente do Tribunal,  Dorival Renato Pavan, é de que o prédio atual do fórum de Campo Grande, inaugurado no final de 2022, ficou pequeno para abrigar juízes, servidores, advogados e usuários dos serviços do Judiciário. 

Além disso, argumenta o magistrado, é necessário separar as varas cíveis das criminais para garantir maior seguranças às milhares de pessoas que diariamente entram e saem do prédio. 

Para aliviar esta suposta superlotação, já está sendo construído  o Fórum da Mulher, da Criança e do Idoso, ao lado da Casa da Mulher Brasileira, nas imediações do aeroporto internacional de Campo Grande. O investimento inicial é de R$ 10 milhões.

A construção do fórum atual se arrastou ao longo de nove anos, com alguns períodos de interrupção total  dos trabalhos. Ele tem 21,7 mil metros quadrados de área construída substituiu o fórum que antes funcionava na Fernando Corrêa da Costa. 

Conforme a previsão, o novo prédio terá menos da metade do tamano, da ordem de 11 mil metros quadrados. Porém, também não sairá do papel de um dia para o outro. A previsão é de que a obra se arraste por até cinco anos, se houver disponibilidade de recursos. 
 

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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